SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS

COMO MONTAR UMA SEQUÊNCIA 

DIDÁTICA?

Definição de SD 

►Conjunto de sequências de atividades progressivas, planificadas, guiadas por um tema, um objetivo geral ou uma produção.
►Conjunto de atividades didáticas organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito. (Schneuwly e Dolz, 2004).


SOBRE AS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
►Surge em Genebra a expressão “sequência didática para o ensino de gênero”, que vem posteriormente para o Brasil.
►Porém, essa expressão é problemática, pois leva a crer que estamos ensinando “só” o gênero X. No entanto, é muito mais que isso: estamos, na verdade, ensinando um conjunto de atividades planificadas para uma classe de alunos específicos, com o objetivo de ensinar um determinado gênero;
Estamos também desenvolvendo três grandes tipos decapacidades de linguagem envolvidas na produção e/ou leitura de textos. Foi essa concepção que exerceu profunda influência sobre os PCN para Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. 

São colocados diferentes artefatos para mediar a atividade do professor: as finalidades do ensino, as concepções sobre ensino-aprendizagem, os conteúdos, os procedimentos de ensino, a disposição das disciplinas etc. Dentre esses artefatos, podemos considerar as prescrições dos PCN para Língua Portuguesa, ou seja o ensino de produção e leitura com foco em gêneros textuais na forma de sequências.

Sequências de atividades ou sequências didáticas de atividades são
organizadas para trabalhar determinado conteúdo, quer seja discursivo,
textual ou gramatical: 

-   sequências planejadas para se estudar
-   as características de um determinado gênero textual;
- os recursos linguísticos e estéticos utilizados pelo autor, para a
apresentação do cenário em que se desenvolve um conto; 
-   certas características de personagens;
-   desenvolvimento do conflito até o desfecho.

Portanto, são conjuntos de oficinas práticas, cada uma abordando um aspecto do gênero textual que se quer ensinar: leitura de exemplares do gênero, sua situação de produção, sua organização textual típica, elementos gramaticais e, finalmente, escrita de um texto que se aproxime do gênero estudado; são atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa e são organizadas ade acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para aprendizagem de seus alunos e envolvendo sempre  atividades de aprendizagem e avaliação.

As capacidades de linguagem

CAPACIDADES DE AÇÃO
Mobilização de representações sobre o contexto e sobre os conteúdos.

CAPACIDADES DIRCURSIVA
Infraestrutura geral: plano global, tipos de discurso e sequências.

CAPACIDADES LINGUÍSTICO-DISCURSIVAS
Conexão, coesão verbal e nominal; mecanismos de inserção de vozes e modalizações.





ETAPAS DE UMA SD
►Apresentação da situação
►Produção inicial
►Módulo 1
►Módulo 2
►Módulo n
►Produção final
(DolzNoverraz & Schneuwly, 2004) 






Leia Ensinar O quê? Como? De Na ponta do lápis no. 5 pág 8-9 e anote quais são as etapas de uma SD e o objetivo de cada uma delas.
Por que fazer uma produção inicial? Leia Conceito de ZPD deVygotski (SD artigo de opinião pg. 54).
Leia O que se ensina e o que se aprende de Na Ponta do Lápis  no. 5 pág. 16 e enumere as ações da professora ao trabalhar com a SD de memórias.


TIPOS DE SDs

►No geral, quatro tipos de atividade com a linguagem podem ser desenvolvidas, de acordo com as capacidades a serem desenvolvidas pelos alunos:

►1. a construção de representações sobre o contexto de produção  no qual o texto vai ser produzido;
►2. a elaboração dos conteúdos;
►3. a organização de conjunto do texto;
►4. os recursos linguísticos necessários para a  produção de um texto pertencente a um determinado gênero.



           


CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO


A construção do modelo didático permite:
-conhecer as características do gênero;
-delimitar os objetivos a serem atingidos em relação a essas diferentes capacidades;
-construir atividades necessárias para isso;
-identificar as capacidades que os alunos já desenvolveram e as que precisam ser desenvolvidas;
-construir instrumentos de avaliação e de auto-avaliação;
-avaliar diferentes materiais didáticos disponíveis para o ensino desse gênero.

Passos para elaboração do modelo didático de gênero

1.Escolha do gênero;
2.Seleção de vários textos do mesmo gênero;
3.Consulta a experts do gênero;
4.Consulta a teorias desenvolvidas sobre o gênero;
5.Observação das práticas sociais sobre o gênero;
6.Elaboração do modelo didático.



O contexto e o folhado textual (ISD)

►Contexto de produção;
Infraestrutura textual: tipos de discurso e sequências;
►Mecanismos de textualização;
►Mecanismos enunciativos.

CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Físico
Emissor
►Receptor
►Lugar físico
►Quando 

Sociosubjetivo
►Enunciador (papel social)
►Destinatário (papel social)
►Instituição social
►Objetivos: efeitos sobre o destinatário


Identificação das características do contexto de produção dos textos 
(I) (orais, escritos ou digitais)


a. Qual é o contexto sócio-histórico mais amplo  em que o texto foi produzido? 
b. Em que esferas ou situações sociais (esferas da atividade e comunicação humana) esses textos são produzidos e lidos?
c. Qual é o papel social do produtor desses textos, nessas situações em que ocorrem? Aluno, professor, médico etc.?
d. Há um só destinatário ou vários?
e. Qual é o papel social do(s) destinatário(s) desses textos?
f. Qual é a relação existente entre eles? Formal? Informal? Simétrica? Assimétrica?
g. Quais são, normalmente, os objetivos ou os efeitos que o produtor quer produzir sobre o(s) destinatário(s)? Convencer, informar?  Divertir? etc.
h. Que imagem o produtor deve passar de si mesmo nessa situação? 
i. Em que suporte são esses textos são veiculados? Jornais, revistas, computador etc.?

j. Em que espaço desse suporte os textos são veiculados?
k. Ele é veiculado separadamente ou junto a outros textos? Quais?
l. Existem relações entre os textos que são veiculados juntos? Quais? Ex. artigo de opinião de um jornal
m. Quais são os temas que normalmente podem figurar nos  textos pertencentes a esse  gênero? 


INFRAESTRUTURA GERAL
►Organização dos conteúdos temáticos.
Tipos de discurso: o tipo de discurso pode ser implicado ou autônomo, ou seja, pode apresentar ou não implicação em relação ao ato de produção (através de dêiticos espaciais, temporais e de pessoa). 
Sequências: narrativa, descritiva, injuntiva (dar instruções), explicativa, argumentativa, dialogal. 

INFRAESTRUTURA TEXTUAL
►O autor narra ou expõe fatos e/ou idéias, envolvendo-se diretamente, com o uso de pronomes e verbos na primeira pessoa  ou não?
►O texto é organizado de forma narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa, dialógica ou  em nenhuma  dessas formas?
►O que tem isso a ver com o contexto de produção, com o objetivo do autor, com o gênero?
►Há trechos do texto em que os conteúdos estão organizados em forma  narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa ou dialógica? 

MECANISMOS DE TEXTUALIZAÇÃO
►Conexão: organizadores textuais;
Quais são os tipos de unidades linguísticas que marcam e relacionam as diferentes partes do texto?
Coesão nominal: substituições, apagamentos, anáforas;
Qual (quais)  é (são) os tipos de coesão nominal que são característicos dos textos pertencentes ao gênero: repetição dos nomes, pronominalização, uso de sinônimos etc.?
Que efeito produzem? 
Coesão verbal: tempos verbais.

      MECANISMOS ENUNCIATIVOS

►Mecanismos de manutenção da coesão pragmática e relações com o contexto.
Uso dos dêiticos de pessoa (o referente na situação de comunicação imediata);
►Distribuição das vozes;
►Uso de modalizadores;
►Escolhas lexicais.
Necessidade de completar o modelo com outros autores.

Mecanismos de inserção de vozes
►Além da voz do autor, existem outras vozes que aparecem de forma explícita?
►Quais?
►De que forma?  Discurso direto, indireto, uso de aspas,  etc.?

Polifonia, vozes
►Discurso direto;
►Discurso indireto;
►Discurso indireto livre;
►Aspas e itálico;
►Ironia;
►Negação



Modalizações
        ►responsáveis pelas diversas avaliações do falante/enunciador sobre um ou outro aspecto do conteúdo temático.
  •         Infelizmente, não poderei te acompanhar.
  •         Você tem que ir ao médico.
  •         É provável que chova hoje.

  • Mecanismos de modalização
►-  Aparecem modalizadores em algumas partes do texto?
►-  Em quais?
►- O que indicam sobre a posição do autor em relação ao que ele diz ou em relação a seu destinatário?


Análise de um texto

►Análise o texto segundo o modelo de análise textual do ISD, detalhando todos os níveis do folhado textual.


Análise do gênero em diferentes níveis

►O aspecto visual global dos textos e suas grandes partes (Ex.: conforme o caso, capa, páginas iniciais, corpo do texto, páginas finais etc., ou título da seção do jornal, título do artigo, corpo do texto, assinatura ou ausência dela, formatação, tamanho etc.).
►Eles são construídos só com  linguagem verbal ou  também com outras linguagens?
►Qual é a função das outras linguagens utilizadas?

ESQUEMA DE SD

-Apresentar a proposta.
-Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero.
-Apresentar o gênero escolhido, fazendo circular alguns de seus exemplares pela sala. Usar de "Estratégias de Leitura".
-Propor que os alunos escrevam um texto inicial do gênero, mesmo que imperfeito, para saber quais os aspectos desse gênero o professor precisa trabalhar mais.
-Ampliar o repertório do aluno, trazendo mais textos do gênero para a sala.
-Organizar e sistematizar o conhecimento sobre o gênero, com estudo detalhado de seus elementos, de sua situação de produção e da forma como esse gênero circula (num jornal ou num livro, por exemplo).
-Fazer uma produção escrita coletiva com a classe, tendo o professor como escriba, para que todos troquem conhecimentos e passem a dominar melhor o gênero estudado.
-Fazer uma produção escrita individual.
-Fazer a revisão e a reescrita da produção individual, melhorando-a.

Ref.: Escrevendo o Futuro. CENPEC

Seqüência didática e ensino de gêneros textuais
Autora: Heloísa Amaral ( Mestre em educação e pesquisadora do Cenpec )

O que são seqüências didáticas?
As seqüências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
Essas seqüências orientam o professor para o trabalho com os seguintes gêneros de texto: artigo de opinião, poesia e memória. .......


As seqüências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa? 

Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.


Por que usar seqüências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma seqüência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.

Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.

O que é preciso para realizar seqüências didáticas para os diferentes gêneros textuais?

É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a seqüência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.

Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.

De Luis Antonio de Assis Brasil: 



"Todo mundo começa imitando alguém. É na vida. É nas artes. Não há mal nenhum. A leitura de um livro empolgante desperta o imediato desejo:
- Eu gostaria de escrever assim.
O primeiro romance que li inteiro foi "O Primo Basílio", isso lá pelos 13 ou 14 anos. Ao terminá-lo, decidi que, se me tornasse escritor, escreveria um livro igualzinho."



Práticas de uso e atividades de linguagem usando como estratégia Seqüências Didáticas


Os Objetivos Gerais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental (PCN, p. 32) situam, como principal objetivo do ensino de Língua Portuguesa, levar o aluno a “utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso ”.

Para Dolz e Schneuwly (2004) , as Seqüências Didáticas são instrumentos que podem guiar professores, propiciando intervenções sociais, ações recíprocas dos membros dos grupo e intervenções formalizadas nas instituições escolares, tão necessárias para a organização da aprendizagem em geral e para o progresso de apropriação de gêneros em particular. Esses autores (op.cit. p 52) comentam que a criação de uma Seqüência de atividades deve permitir a transformação gradual das capacidades iniciais dos alunos para que estes dominem um gênero e que devem ser consideradas questões como as complexidades de tarefas, em função dos elementos que excedem as capacidades iniciais dos alunos.

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Sequência Didática para o trabalho com gêneros textuais


Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo, usando a seqüência didática para trabalhar o gênero textual escolhido, o professor: explora diversos exemplares desse gênero, estuda suas características próprias e leva seus alunos a praticar diferentes aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.


Proposta de SD 


Apresentar a proposta. 


Avaliar o conhecimento dos alunos sobre o gênero.
Apresentar o gênero escolhido, fazendo circular alguns de seus exemplares pela sala.
Propor que os alunos escrevam um texto inicial do gênero, mesmo que imperfeito, para saber quais os aspectos desse gênero o professor precisa trabalhar mais.
Ampliar o repertório do aluno, trazendo mais textos do gênero para a sala.
Organizar e sistematizar o conhecimento sobre o gênero, com estudo detalhado de seus elementos, de sua situação de produção e da forma como esse gênero circula (num jornal ou num livro, por exemplo).
Fazer uma produção escrita coletiva com a classe, tendo o professor como escriba, para que todos troquem conhecimentos e passem a dominar melhor o gênero estudado.
Fazer uma produção escrita individual.
Fazer a revisão e a reescrita da produção individual, melhorando-a.


Tipos de INTRODUÇÃO nos textos argumentativos


Após os alunos conhecerem as características do texto argumentativos são apresentados diversos tipos de introdução : 


ROTEIRO 

Como em toda introdução, o tema deve estar presente. Além disso, neste tipo é apresentado ao leitor o roteiro de discussão que será seguido durante o desenvolvimento.

Hipótese (hipo) tese: Este tipo de introdução traz o ponto de vista a ser defendido, ou seja, a tese que se pretende discutir.
Perguntas: Esta introdução constitui-se de uma série de perguntas sobre o tema. - Provar durante o desenvolvimento.
Histórica: Esta introdução traça um rápido panorama histórico da questão, servindo muitas vezes de contraponto ao presente.
Comparação: por semelhança ou oposição Procura-se neste tipo de introdução mostrar como o tema, ou aspectos dele, se assemelham - ou se opõem - a outros.
Definição: Parte da definição do significado do tema, ou de uma parte dele.
Contestação: Contesta uma idéia ou uma citação conhecida.
Narração: Trata-se de contar um pequeno fato de relevância como ponto de partida para a análise do tema.
Estatística: Consiste em se apresentar dados estatísticos relativos à questão a ser tratada.
Mista: Procura fundir várias formas de introdução.


PROCEDIMENTO

Em seguida divide-se a classe em duplas entregando para cada uma delas um tipo de introdução diferente. A missão da dupla é desenvolver um texto argumentativo obedecendo o tipo de introdução que recebeu. O tema para a argumentação é determinado pelo professor, cuja escolha pode fazer parte de um contexto que está sendo discutido em outras disciplinas, um assunto de envolvimento político-social, ou a critério da classe.

Depois que os textos estiverem prontos e corrigidos o rofessor escolhe um modelo para cada tipo de introdução e, com autorização dos alunos, reproduz o texto em papel transparência para ser visualizado pelo retroprojetor. Agora a aula ganha sentido duplo além de discutir a presença dos tipos de introdução pode-se aproveitar para acentuar aspectos de linguagem estética, estrutura do texto, questões de concordância, carqcterísticas do autor, possíveis sugestões de aperfeiçoamento do texto e outros.

AVALIAÇÃO 

Essa aula produziu um efeito significarivo, pois os alunos interessaram-se em ver seus textos e os dos colegas como modelos originais, e colaboraram nas possibilidades de interferências. Percebi também que em atividades posteriores houve uma preocupação em identificar os tipos de introduções adequando o tipo ideal para cada proposta de produção que era apresentada. 
Autor(a): Meire Cristina Fiuza Canal 


Orientação para produção de textos


Nas atividades de leitura e compreensão de textos, é preciso estar atento para dois tipos fundamentais de atividades: as que têm como foco o processo de leitura e as que buscam o produto do processo de leitura e compreensão do texto.

No primeiro caso, é necessário que aconteça a ativação de conhecimentos prévios. Nos dois casos, é preciso que estratégias de leitura - como a realização de antecipações e inferências e a verificação das mesmas - sejam estimuladas pela formulação de questões e não apenas por solicitações relativas à localização de informações.

Dessa forma, antes de propor a leitura de um texto, é preciso ter uma conversa com os alunos para fazer um levantamento dos conhecimentos que eles já têm sobre o tema. Esse levantamento possibilita uma leitura mais fácil e aprofundada do texto.

Outro procedimento importante, a partir da leitura do título do texto e da articulação dessa informação com outras, como autoria, fonte e características do gênero, é solicitar aos alunos que realizem antecipações do que irão encontrar no texto.

Por exemplo, considerando que o título do texto seja:

"0 nível de desemprego no país tende a se recuperar no segundo semestre?",

pergunta-se:

*Que tipo de assunto você acha que o texto aborda?
*Você acha que é uma história, uma notícia ou um poema?
*O texto contém alguma opinião? Sobre que assunto?
*Sabendo que foi publicado na seção "Tendências e Debates", da Folha de São Paulo, sua hipótese se modifica em alguma coisa?
*Sabendo que quem o escreveu foi Fernando Bezerra, empresário e senador pelo PMDB, que posição você acha que é defendida no texto?

Durante a leitura, é preciso que sejam explicitados os procedimentos e as pistas utilizados pelos diferentes leitores (os alunos), os quais levaram a determinadas compreensões. Para tanto, é importante formular questões ao longo da leitura que possibilitem a realização de inferências e antecipações, assim como a verificação das mesmas a partir de pistas lingüísticas.

Por exemplo, na leitura do conto "João e Maria", é possível perguntar:

*Com esse título, que tipo de texto você acha que é: uma notícia, um conto, um editorial ou um artigo de opinião?
*Quem são João e Maria?
*Sabendo que o texto foi publicado no livro "Os Amantes Iluminados", a sua opinião se modifica em algum aspecto? Por quê?
*E sabendo que a data da publicação foi 1988, alguma hipótese sua pode ser descartada ou modificada?
*Por que você acha que esse título foi escolhido?

No que se refere ao produto do processo de leitura, as questões devem estimular os alunos a realizar não apenas a localização de informações

(por exemplo: "Como se chamam os personagens principais do conto?"), mas também inferências (por exemplo: "A que bruxa se refere o conto, logo no início? O que Maria esperava há muito tempo?") e reconstrução de informações de partes do texto (por exemplo: "Esse texto lembra a você algum outro? Qual? Por que motivo? Que pistas lingüísticas possibilitaram perceber isso?").

São esses tipos de questões e estratégias de leitura que têm como objetivo a compreensão efetiva do texto.

Uma verdadeira aprendizagem pressupõe uma construção sólida de conceitos. Isso significa:
*estabelecer relações de comparação;
*identificar diferenças e semelhanças entre exemplos.

Ou seja, comparar fatos/conteúdos em estudo, independente de sua natureza. A comparação é necessária para observar as características do que está em estudo, construindo os conceitos respectivos.

Assim, ao propor aos alunos a produção de um artigo de opinião, é preciso que antes eles conheçam as características desse gênero, e isto pressupõe:

*comparar textos organizados em um determinado gênero com outros de gêneros diferentes para estabelecer diferenças;
*comparar textos do mesmo gênero a fim de estabelecer semelhanças e aprofundar as observações anteriores.

Em seguida, é possível solicitar aos alunos a comparação de um artigo de opinião com uma reportagem e com um editorial para destacar as características que os diferenciam.
Esse trabalho possibilita o levantamento dos elementos específicos do artigo de opinião, objeto de estudo. Nesse caso, é possível observar o seguinte:

*o artigo de opinião é um gênero cujos textos são sempre assinados;
*nele, discute-se uma questão controversa, de relevância social, como a clonagem humana: deve ou não ser incentivada?
*usa-se a argumentação em favor de uma determinada posição e da contestação da posição contrária;
*o texto pode ter um movimento que prevê a apresentação dos argumentos numa ordem de força crescente ou decrescente, e argumentos de diferentes tipos (de autoridade, por exemplificação, do senso comum, de causa e efeito etc.).

No caso do trabalho com o artigo de opinião, a comparação é interessante para determinar as diferenças entre gêneros que circulam também no jornal, observando que aqui há textos de gêneros bastante diferentes, como artigo de opinião, reportagem, notícia, anúncio, carta de leitor, editorial, crônica, horóscopo, resenha, edital, nota de falecimento, nota social, entre outros, rompendo a idéia de que o jornal é um todo homogêneo, com textos organizados em gêneros semelhantes entre si.

É importante que as observações resultantes da comparação entre textos de diferentes gêneros sejam registradas por escrito (coletiva ou individualmente), para que possam ser comparadas com aquelas decorrentes do trabalho entre textos do mesmo gênero. Essa proposta tem como objetivo realizar tanto uma generalização quanto um aprofundamento. Após o primeiro registro, é interessante que se procure caracterizar explicitamente o gênero em estudo por meio da elaboração de um verbete, ao qual se deve voltar depois da segunda atividade de comparação para acrescentar informações, reformular o enunciado, aprofundando o conceito.

Referência:
RAMOS, Ricardo. Os Amantes Iluminados. Rio de Janeiro: Rocco, 1988.
Texto original: Kátia Lomba Bräkling



Orientação para produção de textos 


Ao propor atividades de produção de textos - orais ou escritos -, é fundamental que o professor apresente todas as características do contexto de produção:

*definir os leitores do texto;
*dizer qual a finalidade do texto;
*estabelecer onde vai circular - na escola, nas mídias impressa, eletrônica, radiofônica ou televisiva ou em outros meios sociais, como clube, igreja, entre outros;
*determinar em que portador será tornado público - livro, revista, panfleto, sites e páginas da Internet, jornal, almanaque;
*propor em que gênero será organizado - conto de ficção científica, conto popular, conto maravilhoso, conto literário, crônica, notícia, artigo de opinião, reportagem, anúncio, propaganda, tese, verbete, monografia, carta comercial, carta pessoal, bilhete, romance etc.;
*combinar de que posição social o autor do texto falará - como aluno, representante de classe ou do colégio, sindicalista, filho, irmão, adolescente, leitor de um determinado jornal ou revista.

Os alunos precisam saber que o texto terá maiores possibilidades de atingir a sua finalidade se estiver adequado aos elementos do contexto de produção. Isto é, se o produtor adequar a linguagem e as escolhas relativas ao tipo de informação que considerar relevante e necessária para a compreensão do assunto, às possibilidades de compreensão que acredita que seu interlocutor possui, às características do gênero, do portador e do meio onde o texto circulará.

Não se escreve um mesmo texto, mesmo que o assunto seja idêntico, para uma criança de dez anos, para leitores de uma revista de rock ou para o público que freqüenta a igreja de uma determinada religião, por exemplo.

Da mesma forma, escrever para uma revista, não é a mesma coisa que escrever para um jornal - ainda que a seção seja equivalente -, para um panfleto ou folder, ou ainda para um livro ou almanaque.

E, finalmente, é muito diferente falar sobre um determinado assunto quando se está na posição de filho, pai, professor, aluno, colega, especialista ou estudioso de um determinado assunto.

Assim, saber escrever bem é, fundamentalmente, saber adequar o texto às características do contexto de produção.

Quando o professor pedir aos alunos para que produzam um determinado texto (oral ou escrito), é preciso contextualizar melhor o pedido e não simplesmente indicar um tema, como comumente se faz.

Por exemplo, em vez de dizer - "Escreva um texto sobre a hipótese de uma Terceira Guerra Mundial" -, é preciso apresentar todos os elementos do contexto de produção: "Escreva, como jornalista da área de política (lugar social), um artigo de opinião (gênero) para o jornal X (portador e esfera de circulação), sobre a possibilidade de, nas atuais circunstâncias históricas, ser desencadeada uma Terceira Guerra Mundial (assunto)".

Disponível em: http://escrevendoofuturo.blogspot.com.br/p/sd.html. Acesso em: 02/09/2015.


LENDO NOTÍCIAS PARA LER O MUNDO



Por que uma seqüência que envolve a leitura de notícias? Não há discordâncias a respeito de que uma das melhores maneiras de nos informarmos é lendo ou ouvindo as notícias no rádio, jornais da TV ou impressos, jornais eletrônicos e revistas.

Mas, apenas ter acesso às informações não é suficiente. É preciso, além de saber o que acontece, ter clareza do que é o que pode significar, refletir acerca das conseqü- ências que esses fatos terão na vida das pessoas. Em outras palavras, é preciso ler as notícias compreendendo o que dizem e a forma como dizem de maneira a realizarmos a sua leitura para além da superfície do que está sendo relatado. Se isso é verdade para todas as pessoas, em geral, no processo de formação dos alunos — quando se tem como finalidade a formação do aluno efetivamente cidadão —, essa competência é fundamental. Ler jornal cotidianamente não é uma prática que nasce espontaneamente; além disso, ler notícias requer uma proficiência específica, que considere as características particulares desse gênero. Na escola, a prática de pesquisas temáticas em jornais e, até mesmo, a prática da leitura de notícias regularmente têm sido comum. No entanto, não se tem tomado como objeto de ensino todos os aspectos que precisam ser considerados para que a leitura de uma notícia não aconteça de maneira superficial, ignorando-se, muitas vezes, seu contexto de produção e publicação, assim como suas características lingüísticas típicas. A proposta de uma seqüência didática para o trabalho com notícias tem como finalidade a constituição dessa proficiência leitora. Uma ressalva também precisa ser feita: a notícia, quando retirada do seu contexto específico de publicação — a data em que foi publicada, o momento histórico no qual diferentes fatos se articulavam e, por isso mesmo, foram noticiados e agrupados na página do jornal dessa ou daquela maneira —, acaba sendo descaracterizada. Tomaremos, então, a notícia como um documento que se busca estudar e compreender, recuperando, o melhor possível, o contexto no qual foi produzida, como condição mesmo de compreensão e interpretação de seu conteúdo.

Compreendendo um pouco mais a notícia A notícia, como qualquer gênero jornalístico e, em última instância, como qualquer texto, não é neutra. Não é um relato simples de fatos, situações, eventos que aconteceram ou que ainda vão acontecer. É, inicialmente, um relato orientado pelas crenças do veículo em que foi publicado (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, revista Veja, revista Época, entre outros). Essas crenças se marcam nas escolhas de palavras do texto, em especial nas adjetivações, na organização dos enunciados (o que vem antes e o que vem depois nas manchetes, por exemplo), e nos valores subjacentes às escolhas realizadas. Por exemplo, dizer “Indigentes são expulsos do minhocão” revela valores muito diferentes de dizer “Sem-teto do minhocão são remanejados para hotéis”. Além disso, é um relato que não se organiza em um eixo temporal linear. A notícia apresenta as informações que considera mais atrativas para o seu leitor primeiro; depois, à medida que o texto se desenrola, vai detalhando mais o assunto: começa com um resumo bem geral com as informações fundamentais — o lead; depois, parágrafo a parágrafo, vai apresentando mais detalhes, deixando os aspectos menos interessantes para o final. O texto é organizado, dessa forma, em um eixo de relevância.

No jornal, a notícia articula-se com o entorno da página em que foi publicada, com a seção na qual se encontra, com os recursos extraverbais utilizados para compô-la, como fotografias, desenhos, gráficos, entre outros recursos, constituindo seus sentidos de maneira inevitável. Essa seqüência de atividades visa a discutir boa parte dos aspectos implicados na compreensão de uma notícia; não tem, no entanto, a pretensão de esgotá-los. Ao professor caberá aprofundar-se em função das necessidades de seu aluno. 

Espera-se que ao desenvolver essa seqüência os alunos: „ passem a ler freqüentemente jornais e revistas, reconhecendo os diferentes veículos como fontes de informação a respeito dos acontecimentos que cercam nosso cotidiano; „ reconheçam que as notícias não são textos neutros, mas orientados pelas cren- ças e valores dos veículos que as produziram; „ reconheçam a importância da análise do contexto de publicação da notícia para a composição de seu sentido.

Etapa 1 ATIVIDADE 1: Identificando notícias Objetivos „ Conhecer a proposta de trabalho e seus objetivos. „ Saber quais os conhecimentos do grupo sobre o que vem a ser uma notícia. Planejamento „ Como organizar os alunos? Esse deve ser um momento coletivo. „ Quais os materiais necessários? Cópia dos textos que serão analisados. „ Qual é a duração? Cerca de 50 minutos. Encaminhamento „ Esclareça os alunos sobre os objetivos da atividade e como ela se desenvolverá. „ Leia com os alunos cada um dos textos apresentados. „ Recupere as informações de cada texto, discutindo com eles os seus sentidos. „ Pergunte a eles quais dos textos lidos podem ser considerados como uma notícia. Solicite que expliquem porque consideram tais textos como notícia e vá registrando as explicações na lousa. „ Para diferenciar as notícias dos demais textos, procure ressaltar – entre outros - os seguintes aspectos: J a notícia fala de um fato acontecido (ou que acontecerá); J no texto da notícia sempre estão presentes informações sobre a data do acontecimento (palavras como ontem, hoje, indicação do dia da semana, por exemplo); J as notícias sempre tratam de fatos que são importantes não apenas para uma pessoa, mas para um grupo delas; J elas podem ser muito breves, desde que informem o leitor sobre o que aconteceu, onde, com quem, quando. Informar que alguns jornais — especialmente os eletrônicos — até mantêm uma seção de notícias breves. „ Termine a atividade recuperando as justificativas pertinentes e deixando-as afixadas em um cartaz.

ATIVIDADE 1: Identificando notícias Nome: ________________________________________________________________________ Data: ____/____/ __________ Turma: _____________________________________ 

Leia os textos apresentados a seguir e descubra quais deles são uma notícia. Além disso, explique as razões pelas quais você considera cada texto indicado como uma notícia. 

Texto 1 Nariz e orelhas nunca param de crescer. 

O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí porque o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes. 
(Fonte: Portal Terra. Curiosidades.) 

Texto 222 UOL - Notícias 13/9/2007 - 11h47 

Greenpeace critica a indústria, mas poupa os carros CLÁUDIO DE SOUZA 

Enviado especial a Frankfurt, Alemanha

O grupo internacional ecológico Greenpeace faz um protesto bem à porta do 62o Salão de Frankfurt, na Alemanha, maior evento mundial da indústria automotiva, que abriu nesta quinta (13) ao público e vai até dia 23. Compõem a cena três carros (Audi, BMW e Volkswagen, todos alemães) caracterizados como porcos - pintados de rosa e com focinhos de mentira - e uma espécie de escultura imitando uma fumaça negra, estampada com o símbolo CO2 (dióxido de carbono, o gás emitido pelos carros). Perto dali, na torre de uma igreja, uma faixa com o desenho de outro rosado carrinho-porco. Tudo isso encimado com a acusação de “porcos do clima”. A referência, mais do que aos carros, é à indústria automobilística. “Tudo que está sendo dito ou mostrado no salão em termos de soluções ambientais para os carros nós já adiantamos há 11 anos”, disse ao UOL, o encarregado de assuntos automobilísticos do Greenpeace, Günter Hubmann. Para ele, o que se discute agora já deveria ter sido pensado há pelo menos duas décadas. 

Texto 3 Figurinhas brilhantes do álbum da copa de 2006.

 Descrição Tenho todas as figurinhas brilhantes do álbum da copa do mundo de 2006. Uma de cada. Se você ainda não completou o seu álbum. Essa é sua chance.

Dados adicionais da oferta Conservação: 

novo Estado de origem: São Paulo. 
Cidade: São José dos Campos. 
Preço: RS 1,00 cada 
Dados de contato do anunciante 
Vendido por: Lucas E-mail: lqs_luquinhas@yahoo.com.br 
Telefone: (12) 9176-2000 e 3937-6814 
Cidade: São José dos Campos UF: SP

ATIVIDADE 2: Lendo e estudando uma notícia Objetivos „ Recuperar alguns aspectos do contexto de produção de diferentes notícias, identificando os elementos que o constituem. Planejamento „ Como organizar os alunos? Esse deve ser um momento coletivo. „ Quais os materiais necessários? Cópia do texto que será lido. „ Qual é a duração? Cerca de 50 minutos. Encaminhamento „ Esclareça aos alunos sobre qual o objetivo da atividade. „ Informe sobre a forma de desenvolvimento da atividade que será coletiva. „ Leia as primeiras informações sobre a “cabeça” do site e faça as perguntas indicadas, procurando as pistas que permitam ao aluno antecipar a quem se destinam as notícias do site, que assunto costumam tratar. É importantíssimo que os alunos percebam para quem está orientado o trabalho do site não apenas pela indicação “para crianças”, mas pelo título do site, por exemplo, bemhumorado e chamativo. „ Informe os alunos de que lerão uma notícia, publicada no site referido, com o título que está indicado no material impresso. Solicite a eles que antecipem possíveis conteúdos para aquela notícia. „ Nesse processo de antecipações, espera-se que os alunos possam: J relacionar a idéia de ciência (assuntos tratados no site), e a palavra “Dino”, com dinossauro.

Realizar alguma antecipação relacionada ao termo “saci”, procurando relacionar o que marca o saci (a falta de uma perna) e o que poderia marcar, igualmente, o Dino; 
Antecipar que por tratar-se de um de dinossauro, só podem encontrar ossadas, pois se refere a um animal extinto e, se o que falta ao saci é uma perna, deve faltar à ossada o osso respectivo. „ 
Se os alunos não chegarem a essas antecipações, ainda com sua intervenção, não tem problema. É preciso que todas sejam registradas para que, depois, você possa, com os alunos, checá-las quando da leitura do texto. „ Leia a nova notícia para os alunos, estudando seu conteúdo. Nesse estudo, discuta com os alunos, uma a uma, as respostas às questões apresentadas, procurando garantir que os alunos compreendam: 
Que o Dino Saci é o fóssil do dinossauro encontrado no Rio Grande do Sul, assim chamado por tratar-se de um dinossauro cujo fêmur esquerdo não foi encontrado (por isso a referência ao Saci, personagem do folclore brasileiro; J que o fóssil recebeu um nome de brincadeira, dado pelos cientistas que o encontraram, que foi sacisaurus agudoensis. O primeiro dos nomes é composto por saci, que se refere ao personagem do folclore brasileiro; e por saurus, que significa lagarto. Daí, “lagarto saci”. O segundo nome — agudoensis — refere-se ao lugar em que a ossada foi encontrada, Agudo. É importante chamar a atenção para o Box que contém essa explicação sobre o local, assim como sobre os nomes científicos, dando as pistas para que os alunos estabeleçam as relações adequadas; J que os cientistas não chamaram o lagarto simplesmente de “lagarto-saci agudense” por que nomes científicos são dados em latim e não em Português, e os paleontólogos quiseram que ficasse parecendo com essa língua, até para ficar mais engraçado mesmo. É importante chamar a atenção dos alunos para o Box que explica o que é nome científico, dando pistas para que estabeleçam as relações necessárias; J que o sacisaurus, por ter vivido na época em que os dinossauros começavam a se firmar na Terra, pode dar uma idéia de como seriam os primeiros herbívoros do grupo dos ornitísquios. Além disso, o achado reforça as suspeitas de que os dinossauros tenham origem na América do Sul; J que na época do surgimento dos dinossauros os continentes do planeta inteiro estariam reunidos em uma única grande massa de Terra conhecida como Pangéia (“terra inteira”, em grego). Assim, segundo o texto, alguns afirmam que a aparente origem sul-americana poderia ser mero resultado do fato de que, por aqui, as rochas da idade certa se mantiveram no lugar, enquanto que parte delas foi arrastada pela erosão, constituindo outros continentes. „ Para finalizar o estudo do texto, retome as antecipações feitas pelos alunos a respeito do conteúdo da notícia, verificando se foram confirmadas ou não pela leitura.

ATIVIDADE 2: Lendo e estudando uma notícia Nome: ________________________________________________________________________ Data: ____/____/ __________ Turma: _____________________________________ 


A - Você vai ler, agora, uma notícia publicada em um site eletrônico. Antes, porém, dê uma olhada na identificação do site apresentada na primeira página: O site que coloca ciência nas suas idéias Divulgação científica para crianças 

B - Com seu professor e colegas de classe, converse sobre as seguintes questões: J Quem você acha que são os leitores aos quais este site se destina? J Como você descobriu? J Que tipos de assuntos são tratados nesse site? J Como você percebeu?

Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/publicacoes/Guias/GuiaPlanejamento_OrientacoesDidaticas_Professor_4Ano_CicloI_completo.pdf. Acesso em: 26/09/2015.
Imagem disponível em: http://blogs.odiario.com/odiarionaescola/category/institucional/. Acesso em: 26/09/2015.


A ÁGUA



Capacidades/ Habilidades/ Competências

  •  Reconhecer a importância da água para a vida e suas diversas utilidades;
  •  Saber sobre a necessidade de se economizar água
  • Compreender o ciclo da água;
  • Conhecer os estados da água;
  • Identificar os cuidados que devemos ter com a água potável;
  • Perceber a diferença entre água limpa e água poluída;

Conteúdos a serem trabalhados:

·         Linguagem oral e escrita

- História Tchibum no Mundo
- Produção coletiva de pequenos cartazes sobre o assunto;
- Atividades com o alfabeto móvel;

·         Artes

- Recorte e colagem;
- Pintura da gotinha;
- Confecção de fantoche de vareta ( gotinha );
- Desenho livre;
- Dobradura de peixinhos;

·         Ciências

- Vídeo do ciclo da água
- Observação do ciclo da água e pintura de desenho;
- Desperdício de água;
- Estados da água: líquido, sólido e gasoso: experiência;
- Água limpa e água poluída;

·         Música e movimento

- Música  Água ( Cristina Mel )


Procedimentos didáticos:

1º DIA                                                                                                                     
  •         Leitura feita pela professora do livro Tchibum no mundo;
  •          Estabelecer com os alunos uma conversa sobre a história lida, levando- os a falarem sobre a parte que mais gostaram;
  •          Cantar a música A água ( Cristina Mel );
  •         Roda de conversa: na rodinha conversar com os alunos sobre a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos. Fazer perguntas como: Onde podemos encontrar água? Para que utilizamos a água? Podemos viver sem água? O que devemos fazer para economizar? E outras;
  •          Após a conversa, confeccionar um cartaz com gotinhas de água;
  •         Atividade de recorte e colagem: A água na natureza;
  •          Fazer a escrita de lugares onde podemos encontrar água;
  •          Pintura com tinta guache da Gotinha;
  •         Confecção do fantoche de vara: Gotinha;

ACESSAR:

MÚSICA A ÁGUA ( CRISTINA MEL )


2º DIA                                                                                                                    

  •          Cantar música sobre o tema;
  •          Conversar  com os alunos sobre a utilidade da água;
  •          Fazer o registro no caderno;
  •          Confeccionar um cartaz sobre a utilidade da água: Precisamos de água para;

3º DIA                                                                                                                     

  • ·         Conversar sobre a importância da água para todos os seres vivos e a importância de não desperdiçar, ensinando o modo correto de se lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, regar as plantas lavar louça;
  • ·         Experiência: A importância da água para os seres vivos

4º DIA                                                                                                                                                                                                                        
  •          Falar  sobre a poluição dos rios;
  •         Assistir ao filme Pardo sim, sujo não;
  •          Conversar sobre o que mais chamou atenção no filme e qual a mensagem que ficou;
  •          Fazer um desenho para ilustrar um rio limpo e um rio sujo;
  •          Confeccionar um cartaz com dobraduras de peixinhos para ilustrar um rio limpo e um rio poluído.

RECURSOS

·         Cartolina;
·         Sulfite;
·         Pincel;
·         Cola;
·         Tesoura;
·         Lápis de cor;
·         Aparelho de som;
·         Televisão;
·         CDs e DVDs;
·         Papel para dobradura;
·         Tinta guache;


AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, durante a realização de todas as atividades apresentadas, onde será observado a participação, o envolvimento, o desenvolvimento e as dificuldades apresentadas pelos alunos durante todo o processo.


BIBLIOGRAFIA

Revista Educação Infantil

Disponível em: http://aprendizagemdivertidadisneylandia.blogspot.com.br/2011/07/sequencia-didatica-agua.html. Acesso em: 26/08/2015.


POESIA









Disponível em: http://portaldaatividade.blogspot.com.br/2014/09/sequencia-didatica-atividades_25.html. Acesso em: 08/06/2015.

PARLENDA














Disponível em: http://varaldeatividades.blogspot.com.br/2014/08/sequencia-didatica-parlenda_24.html. Acesso em: 27/03/2015.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA:

FÁBULAS

Trabalhando com sequencia didática  slids

































Disponível em: http://pt.slideshare.net/EuniceMendesdeOliveira/trabalhando-com-sequencia-didtica-slids. Acesso em: 05/03/2015.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA:

POEMA "PASSARINHO FOFOQUEIRO"



Olá,

Esta sequência é maravilhosa para trabalhar com crianças em fase de alfabetização. Ela é divertida, fácil de memorizar e possibilita inúmeros trabalhos a partir dela.

Uma experiência bem legal para fazer é solicitar para uma criança recitá-la e as demais crianças falarem o final... eles se divertem!!

Outra experiência bem legal é passar este vídeo "Curta metragem dos passarinhos"!

Nesta sequência você encontrará:



  • texto para leitura;
  • texto fatiado;
  • texto lacunado;
  • produção de texto;
  • mexe mexe fechado
  • imagem e palavra.
Espero que gostem!









Disponível em: http://aprenderpelaexperiencia.blogspot.com.br/2013/08/sequencia-de-atividades-de.html. Acesso em: 06/02/2015.



SEQUÊNCIA DIDÁTICA -  

O LEÃO E O RATINHO


 Sequência didática: O Leão e o Ratinho









Disponível em: http://pt.slideshare.net/shycafranco1/sequncia-didtica-o-leo-e-o-ratinho.  Acesso em: 11/11/2014.



SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 

POEMA INFÂNCIA


Sequência didática com o poema infância







Disponível em: http://pt.slideshare.net/Vanessasp14/sequncia-didtica-com-o-poema-infncia?related=1. Acesso em: 06/10/2014.


PNAIC/ SEQUÊNCIA DIDÁTICA



















Diponível em: http://pt.slideshare.net/CamilaRibeiro35/pnaic-sequncia-didtica-parte-1. Acesso em: 07/09/2014.


SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 

AS CORES DE MATHEUS

O Livro base para a Sequencia chama as Cores de Matheus



SEGUNDA- feira
Linguagem oral  -
Iniciar a contar a História: As Cores de Mateus em capítulos, cada dia 
uma página.
Artes Visuais :
Explorar a cor vermelha, colar bolinhas de crepom em uma fruta, ou 
coração.
Nomear objetos de cor vermelha, na sala, nas roupas, nos brinquedos.
3ª FEIRA
Linguagem oral  - Continuar a história
Natureza e Sociedade: Explorar a cor verde.Observar o ambiente, e a diversidade de  folhas. Coletar folhas e na sala decorar o tronco de uma árvore
Artes Visuais :Elaborar uma árvore coletiva e expor na sala, conversar sobre outono (folhas)
TERÇA- FEIRA
Matemática: fazer a  contagem das  folhas
Linguagem oral  - Continuar a história
Artes Visuais : Explorar a cor  azul.
Pintar uma Folha  com guache  e associar a observação do céu, que nem sempre está totalmente azul.
Ver diariamente a diversidade de cores do céu.
QUINTA-FEIRA
Linguagem oral - Mais uma página da história
Artes Visuais : Explorar a cor  Amarela.
Música: Meu pintinho amarelinho. Ilustrar o pintinho e colar bolinhas de crepom
SEXTA- FEIRA
Movimento: Brincar com as cores, todos  sentado no tapete , distribuir tarjetas  com cores  diversas,  no momento  em que a fada chamar, só correm as  crianças  com a cor verde.
Ir até um devido espaço, tocar na árvore e voltar sentar.
Matemática: Seriação das cores com peças de  lego ou blocos  
lógicos

OBSERVAÇOES
Atividade de terça-feira.
Atividades de  Rotina:
Cantar,
Brincar na areia
Brincadeiras livres e dirigidas. 
OBJETIVOS: * Sentir prazer em ouvir história
 * Reconhecer a diversidade das cores.
* Observar onde as cores se apresentam na sala e na natureza.
* Estabelecer relação entre número e numeral
2ª FEIRA
Linguagem oral -
Contar toda a história, sem o livro
Explorar a cor Preta.
Conversar sobre cor e raça.
Cor preta
Raça – negra
Pintar com giz de cera  um gato preto.
Música: Não atire o pau no gato...
3ª FEIRA
Linguagem oral  -
Contar toda a história, sem o livro
Artes Visuais :
Confeccionar com as crianças o boneco Mateus.
Utilizar malha preta ou meia  fina.
Vesti-lo, observá-lo
Elaborar um cronograma para que Mateus visite as famílias e um caderno de registro para que as mães  escrevam o que o Mateus fez na visita. Socializar todos os dias com as crianças

3ª FEIRA
Linguagem oral  -
Recontar a história utilizando o livro
 Ciências Sociais:
Com um espelho as crianças se observam e ressalta-se as diferenças 
de  cores  dos olhos, dos cabelos, etc.
Trabalhar as expressões e sentimentos: Alegre, triste, bravo, etc
Confeccionar cartaz para explorar 
Roda de conversa: O que me deixa feliz? O que me deixa triste?
4ª FEIRA
Enviar a pesquisa para casa.
1-     Porque Papai e Mamãe me  deram este nome?
2-     Onde eu nasci?
3-     Como foi a minha chegada a nossa casa?
Matemática: fazer um gráfico da cor dos olhos das  crianças, observar 
as diferenças, fazer  contagem.
5ª FEIRA
Movimento e Ciências  naturais:
Fazer um passeio nos arredores do CEI,observar a diversidade de pedras, flores, pássaros, árvores, animais , etc.
Associar a parte do livro em que Mateus  gostaria de voltar e ver a sua 
terra.
Linguagem Escrita e Artes : Na  volta do passeio registrar o que  viram, fazer listagens , escrever e expor, desenhar livremente o que mais 
gostaram.
OBSERVAÇOES
Atividades de  Rotina:
Cantar,
Brincar na areia
Brincadeiras livres e dirigidas.
Contar e recontar a história várias  vezes  com materiais diversos, (livro, fantoches, dedoches etc)
Convidar uma pessoa da comunidade para contar história.
OBJETIVOS:  * Sentir prazer em ouvir história  .
 * Observa a diversidade da natureza.
 * Despertar carinho e respeito para  com o boneco Mateus
* Estimular as  famílias  a participarem das  atividades  do CEI.
 * Reconhecer as várias possibilidades de expressar sentimentos.
2ª FEIRA
Linguagem Oral e Escrita:
Receber a visitante convidada  para contar histórias
Registrar como foi a visita e agradecer.
3ª FEIRA
Recontar a História  com fantoches.
Explorar a parte em que Mateus bate num colega que o chamou de preto.
Ciências  sociais:
Construir as regras de Convivência  do CEI.
Colorir e fixar na parede.
Reforçar diariamente e a cada situação em que forem desrespeitadas.
4ª FEIRA
Conversar sobre a entrevista, falar sobre os significados dos nomes e desenhar com as crianças
“Eu sou Assim”
Se possível, organizar uma visita ao orfanato. (agendar data, autorização 
etc)
Explorar a parte da História em que Mateus é adotivo.
5ª FEIRA
Linguagem Oral: Solicitar as  crianças  para que recontem o que  compreenderam da História.
Oferecer um boneco, para ser  completado por eles, que será o Mateus. 
Rosto e a perna.
6ª FEIRA
Artes  Visuais e Ciências  Sociais:
Ilustrar com guache  um belíssimo arco íris  que representa  todas as 
cores  juntas , e também a beleza  do colorido e da diversidade
OBSERVAÇOES
Música, partes  do corpo: Põe  a mão na cabeça, põe a mão no umbigo... 
da um remelexo no corpo e dá um abraço no amigo

OBJETIVOS:
 * Coordenação motora fina,
 * Prazer em ouvir histórias 
* Compreender  e  colocar em prática as regras de  convivência.
 *  Desenvolver  noções de respeito aos  colegas  e as  pessoas
* Interesse  pela musicalidade
 * Perceber-se diferente dos amigos.
                  
Fonte Idéia Criativa

Disponível em: http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/2013/05/sequencia-didatica-as-cores-de-mateus.html. Acesso em: 20/07/2014.



SEQUÊNCIA DIDÁTICA: VIVIANA RAINHA DO PIJAMA


















































Disponível em: http://pt.slideshare.net/Cidasol1/sequencia-didatica-viviana-rainha-do-pijama-pronto. Acesso em: 20/06/2014.




SEQUÊNCIA DIDÁTICA: VIVIANA RAINHA DO PIJAMA

















































Disponível em: http://pt.slideshare.net/Cidasol1/sequencia-didatica-viviana-rainha-do-pijama-pronto. Acesso em: 20/06/2014.

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