REPORTAGENS

PNAIC: 
ALFABETIZAÇÃO NA MIRA


Pacto traz avanços ao formar professores, mas diversidade de teorias prejudica resultados.


Garantir que todas as crianças saibam ler e escrever até os 8 anos, ao concluir o 3º ano. Esse é o objetivo do Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), iniciativa do governo federal - em parceria com estados, municípios e universidades - que visa oferecer formação continuada a professores alfabetizadores. A tarefa, essencial para o sucesso dos alunos em toda a trajetória escolar, é complexa. Os resultados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização (Prova ABC), realizada em 2011, revelam que apenas 56,1% dos estudantes do 3º ano aprenderam o que era esperado em leitura. 


As formações do Pnaic começaram em 2013 e foram concentradas em leitura e escrita (leia os depoimentos na última página). Este ano, o foco será Matemática. A abrangência e o compartilhamento de responsabilidades são as principais características da iniciativa. "O fato de haver uma mobilização nacional em torno de uma meta específica é muito rico", diz Fátima Fonseca, coordenadora pedagógica da Comunidade Educativa Cedac. "O que antes parecia ser um dever só do professor passa a ser de todos", completa Fátima Aparecida Antonio, diretora de Ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Outro ponto conta a favor do Pnaic: a aproximação com as instituições de Ensino Superior que capacitam os professores orientadores que formam os alfabetizadores.

Um dos maiores desafios do Pnaic é oferecer formação para profissionais com diferentes níveis de conhecimento e de experiência pedagógica. "Esse quadro pode ser benéfico quando pressupõe a apreensão criativa, ou seja, a adaptação de determinada proposta de acordo com o contexto encontrado", diz Luciana Piccoli, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Mas pode ser problemático quando ocasiona distanciamento entre as propostas conceituais e a prática pedagógica", completa.

"Ainda temos, infelizmente, professores com uma formação inicial precária", diz Fátima Fonseca. Para ela, o pacto pode ajudar na solução do problema ao oferecer formação continuada. Essa possibilidade de debate foi apontada pelos professores da rede municipal de São Paulo como um dos principais destaques do Pnaic. "Favoreceu muito para os participantes o pensar e repensar a prática o tempo todo: poder voltar para o grupo de formação e debater o que havia sido feito em sala, como o aluno compreendeu, quais os avanços e as dificuldades deles", diz Fátima Antonio. 


São várias as metodologias de alfabetização apresentadas no programa, que não segue uma orientação teórica única. "O Pnaic tenta abarcar tudo", diz Fátima Fonseca. Essa miscelânea implica aplicar uma variedade de atividades sem se aprofundar no questionamento sobre o que se entende por alfabetizar uma criança - discussão essencial. "Quando se defende que alfabetizar é levar o aluno a conhecer sílabas e juntar as letras para ler e escrever, algumas propostas do pacto dão conta. Mas se a perspectiva de que ler e escrever são ações intelectuais e não mecânicas, de que formar leitores e escritores competentes vai muito além de só codificar e de que a criança precisa conseguir fazer uso da linguagem escrita em suas diferentes formas, algumas atividades são questionáveis e não bastam", completa. 



Questionamento semelhante é feito por Marisa Garcia, doutora em Educação e consultora do Programa Ler e Escrever, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. "Defendo a boa intenção do programa, mas o material didático é ruim, algo mais próximo da cartilha." O Ministério da Educação (MEC) enviou às escolas livros didáticos, manuais do professor, jogos pedagógicos e softwares educativos, além de dicionários de Língua Portuguesa e obras literárias.



Para Marisa, falta ao Pnaic voltar-se para a criança. "O programa está centrado só no ensino, e não no processo de aprendizagem. Ele não leva em conta o tempo que a criança precisa para se apropriar do sistema de escrita, algo muito mais complexo do que se tratar de um código de escrita. Falta também discutir conhecimentos didáticos, e não só a metodologia." Tanto para que ocorra um aprofundamento sobre as questões que envolvem o processo de aprendizagem no ciclo de alfabetização quanto para minimizar eventuais falhas na formação inicial do professor, é preciso tempo. "Um ano não é suficiente para que ocorra uma mudança na prática do professor, para ele desconstruir o que está cristalizado na sua prática e estudar para que uma nova forma de trabalhar tenha espaço", diz Marisa. 



Esse ponto, porém, foi revisto. Segundo Fátima Antonio, este ano, além da formação em Matemática, com a mesma carga horária de 2013 - 200 horas para os orientadores e 120 horas para os alfabetizadores -, a formação em alfabetização vai continuar, com mais 40 horas. Pela proposta inicial, em 2015 os orientadores ficariam disponíveis para formar alfabetizadores que não participaram dos primeiros anos de formação do Pnaic. "Mas há a possibilidade de nova reavaliação no fim deste ano e de que as turmas atuais também continuem com as aulas de Matemática e Língua Portuguesa no próximo." Mais do que ampliar a carga horária, o que se espera é a transformação do pacto em um programa de formação efetivamente continuada. "Essa não pode ser uma política pontual. Precisa ser permanente, uma formação garantida dentro do trabalho na escola pública", conclui Luciana, da UFRGS.

Depoimentos das professoras


Literatura virou rotina 



"No ano passado, todos os dias, um dos 26 alunos da minha turma do 3º ano levava para casa uma sacola com um livro que iria ler para os pais, os irmãos e demais familiares. No dia seguinte, ele contava a história para os colegas. A ideia era convencê-los a também ler a obra. E, às sextas-feiras, todos saíam da escola com livros. Meu objetivo era, além de estimular a leitura, trabalhar a oralidade, a capacidade de se expressar com clareza e o hábito de ouvir. Essa atividade só foi possível por causa do acervo enviado pelo MEC como parte do Pnaic. Antes, o contato dos meus alunos com obras literárias não era frequente. Eu mesma não percebia a importância da literatura para o aprendizado da leitura. Isso mudou até para mim, e hoje sou apaixonada por poesia. A participação na formação permitiu que eu entrasse em contato com novas práticas. Nos encontros semanais, ficávamos sabendo das experiências dos demais professores do município, trocávamos ideias e também passávamos nossa experiência. Assim fomos construindo nosso conhecimento."

Zulene Maria Maia da Silva. Foto: Arquivo pessoal
Zulene Maria Maia da Silva, professora do CM Luís Cândido de Oliveira, em Ocara, a 100 quilômetros de Fortaleza

Textos ganharam coesão 


"Leciono há apenas três anos para turmas de alfabetização e, por isso, quis muito participar da formação, que me ajudou no planejamento das aulas. O que mais gostei foram as sequências didáticas, que incluíam atividades que eu já realizava com o 2º ano, mas não de forma organizada. Antes, eu apresentava um texto para os alunos, ajudava na interpretação e pronto. Com a sequência, fábulas, por exemplo, passaram a fazer parte das aulas ao longo de várias semanas, cada vez acompanhadas de uma atividade diferente. Primeiro, lemos o texto. Nas aulas seguintes, as crianças fazem uma pesquisa em dicionários para encontrar as palavras desconhecidas. Também proponho a comparação entre fábulas. Finalmente, elas escrevem suas próprias versões para as histórias, trabalhando em agrupamentos produtivos, o que aprendi também no Pnaic. Depois, os textos são expostos na biblioteca da escola para outros alunos e os pais lerem. Eles passaram a produzir textos de melhor qualidade, com mais coerência e coesão."

Juciclea Sousa Elias Silva Pinheiro. Foto: Arquivo pessoal
Juciclea Sousa Elias Silva Pinheiro, professora da EM Amador Aguiar, em Joinville, a 186 quilômetros de Florianópolis

Sem grandes avanços 


"A formação do Pnaic não trouxe muita novidade para mim, que até o ano passado só tinha lecionado para o 2º ano. Acho que isso ocorreu porque participei de outras formações. Com o pacto, só dei continuidade ao excelente trabalho que já é realizado na rede. Além disso, na minha escola, aproveitamos as aulas de trabalho pedagógico coletivo (ATPC) para debater as práticas em sala de aula. Nosso grupo é consistente e coeso e estuda há muito tempo junto. Talvez essa não seja a realidade de outros professores que participaram do Pnaic e tiveram uma oportunidade maior de aperfeiçoamento. Mas considerei uma boa chance para descobrir possibilidades. Achei bom ter visto mais de perto os gêneros textuais e as sequências didáticas, por exemplo. Ao revisitar o conteúdo, cada olhar novo ajuda no crescimento profissional, mas o material didático poderia ser melhor. Na realidade nacional pode ser uma alternativa, mas o que uso vai além do proposto no pacto e inclui intervenções que ajudam no avanço da alfabetização."

Francine Somensi Barbosa. Foto: Arquivo pessoal
Francine Somensi Barbosa, professora da EE Professora Maria Aparecida dos Santos Oliveira, em Ibitinga, a 353 quilômetros de São Paulo
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/pnaic-alfabetizacao-mira-formacao-professores-785956.shtml?page=2. Acesso em: 11/09/2015.

Imagem disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/pages/view/pnaic-2013.html. Acesso em: 11/09/2015.



Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/aposte-alto-capacidade-alunos-429248.shtml?page=4. Acesso em: 02/09/2015.



APRENDIZAGEM DA ESCRITA E DA LEITURA


Vários autores, estudiosos do processo de aquisição da leitura e da escrita, concordam que ele se inicia muito antes do que geralmente se imagina, quando a criança, mesmo sem frequentar a escola, começa a tomar contato com materiais escritos, em casa, na rua, ou em qualquer lugar onde se encontre.

Entre esses pesquisadores, uma autora argentina e também psicopedagoga chamada Emília Ferreiro contribuiu bastante para o entendimento de como ocorre o processo de aprendizagem dalinguagem escrita. Segundo afirma, a criança pensa sobre a escrita, formulando hipóteses sobre ela, como maneira de compreender o que significa.

Essas hipóteses acontecem em todas as crianças e vão evoluindo desde a fase pré-silábica, na qual ainda não há intenção de representar através da escrita os aspectos sonoros da fala, até chegar ao padrão alfabético, que é aquele no qual a criança associa sons falados a letras escritas.



Dessa forma, quando a criança faz traços contínuos no papel e atribui-lhes significado (como, por exemplo, quando escreve "hjfgdklgjhergrqilurgsd" e lê O menino caiu), ela está escrevendo, ou seja, está fazendo uma atividade investigativa sobre a escrita, que será importante para que ela possa evoluir gradativamente em sua aprendizagem. Por isso, essas tentativas da criança não devem ser motivos de chacota, ao contrário, devem ser incentivadas e reforçadas.
Estímulo à aprendizagem da escrita
Durante a aprendizagem da escrita, a criança passa por várias fases até chegar à hipótese alfabética, na qual realiza uma análise sonora da palavra que vai escrever, fazendo corresponder a cada som de fala um caráter escrito. A produção escrita da criança torna-se legível para o adulto, embora não haja ainda o domínio das regras de ortografia, o que ocorre posteriormente, de forma gradativa. Também esse processo deve ser estimulado, através da apresentação de materiais escritos na escola e no ambiente familiar, já que trata-se de uma aquisição cultural, ou seja, que não ocorre apenas internamente na criança.
Nessa fase de escrita alfabética, as crianças podem escrever palavras como, por exemplo, "dinosauro" (dinossauro), "tatussinho" (tatuzinho) e "jacare" (jacaré). É necessário que estejam em contato com vários materiais escritos, através dos quais possam perceber as diferenças no padrão de escrita do idioma e compará-los com sua maneira de escrever para que adquiram a escrita ortográfica.

É importante ressaltar que podem ocorrer diferenças individuais quanto à idade em que as crianças passam por cada fase de evolução da aprendizagem da escrita. Essas diferenças têm a ver também com o maior ou menor interesse e estimulação (principalmente da família) em relação à oferta de material significativo de leitura e escrita.



Contudo, é desejável que os pais observem a evolução de todo o processo de aprendizagem da escrita e estejam atentos a dificuldades específicas, que podem necessitar de ajuda profissional, principalmente quando a criança está em uma fase inicial do processo e a requisição escolar é de uma fase mais adiantada. Nesses casos é necessário diagnosticar os fatores que podem estar interferindo para, então, fazer com que a criança evolua e acompanhe o que é pedido para seu nível de escolaridade.
Como já foi citado, é importante que a criança possa ter acesso ao material escrito para que construa o bom desenvolvimento da aprendizagem da escrita.
A leitura é importante para o aprendizagem da escrita
A leitura é parte do processo de aprendizagem da escrita, também desenvolve-se de forma gradual, é um hábito a ser adquirido e deve ser fonte de prazer e não apresentada de forma obrigatória através de imposição ou cercada de castigos e ameaças.
Sua apresentação deve ocorrer o mais cedo possível na vida da criança, já no ambiente doméstico, através da família e dos pais. Estes são os primeiros incentivadores, promovendo a aproximação com a linguagem desde o momento em que cantam para os bebês, brincam com eles usando histórias, adivinhações, rimas e expressões folclóricas, ou folheiam livros e revistas buscando figuras conhecidas e perguntando sobre seus nomes.
A leitura reflete-se de forma significativa na aprendizagem da escrita da criança (e do adulto também), na medida em que, ao ler, memorizamos as correspondências ortografia-som sem memorizar regras, e apreendemos também as exceções das mesmas, além de ampliarmos o vocabulário e o conhecimento das estruturas de diferentes textos, o que aumenta o repertório e reflete-se em uma escrita melhor.
Isso explica as diferenças quanto à apropriação da ortografia (saber, por exemplo, que a palavra "onça" deve ser escrita com "ç", apesar do som de fala ser "s"). Escrever respeitando os padrões da língua é um processo gradual, mas depende muito do estímulo que a criança recebe quanto ao uso significativo (para ela) de material escrito.
Os adultos que participam da vida da criança têm papel fundamental no aprendizado da leitura e escrita. Por isso é importante que sejam modelos de leitura, que leiam frequentemente para a criança e que introduzam a leitura em sua vida o mais cedo possível para que posso contribuir naaprendizagem da escrita. Afinal, ler é um hábito a ser desenvolvido e, como todos os hábitos, só se instala se for realizado muitas vezes.
É fundamental entender que a aprendizagem da escrita e da leitura é gradativa, que devem ser respeitadas diferenças individuais e não se deve punir e criticar a criança por ela não estar lendo ou escrevendo como outra da mesma idade. Isso poderia atrapalhar o seu desenvolvimento, gerando nela sentimentos de insegurança e incapacidade.
Ao contrário, deve-se compreender que, quanto mais à criança associar a leitura e a escrita com atividades úteis e que lhe deem prazer, maior será o seu desejo de aproximar-se delas, maior facilidade ela terá de aprendizado (afinal, aprende-se a ler e escrever lendo e escrevendo) e maiores chances ela terá de levar a leitura e a escrita como aliadas para  toda a vida.

Dra. Tânia Regina Bello

Psicopedagoga e Fonoaudióloga
Você encontra nas lojas de bebê Alô Bebê diversos livros infantis para incentivar a leitura às crianças. São livros para banho, livros com textura, livros de panos, sempre muito coloridos e com historinhas para atrair a atenção dos pequeninos.
Disponível em: http://www.alobebe.com.br/revista/a-aprendizagem-da-escrita-e-da-leitura.html,240. Acesso em: 26/08/2015.



PNAIC: O DESAFIO DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA


Criado em 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) tem como principal desafio garantir que todas as crianças brasileiras até oito anos sejam alfabetizadas plenamente. Para isso, ele contempla a participação da União, estados, municípios e instituições de todo o país. Conheça mais sobre essa política pública

Por Ralph Izumi

Garantir o direito à alfabetização plena a todas as crianças até os oito anos de idade. Esse é o desafio colocado pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), acordo implementado em 2012 entre governo federal, estados, municípios e instituições. 

Para alcançar esse objetivo, o Ministério da Educação (MEC) divulgou um orçamento total de R$ 3,3 bilhões para a iniciativa. Até hoje, 5.421 municípios e todos os estados brasileiros já aderiram ao Pacto, atendendo a uma totalidade de 7 milhões de estudantes dos três anos do ciclo de alfabetização, em 108 mil escolas.

Atualmente, segundo dados da Prova ABC - Brasil - 2011, 53,3% dos estudantes atingiram o conhecimento esperado em escrita e 56,1% em leitura para o 3º ano do Ensino Fundamental. (Saiba mais sobre a Prova ABC no Anuário Brasileiro de Educação Básica 2013.)

De acordo com Isabel Cristina Alves da Silva Frade, coordenadora geral do Pnaic na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Pacto é uma política de continuidade do governo brasileiro em relação à formação dos educadores. “Ele é uma política educacional mais aprofundada, pois reúne três vertentes indispensáveis para o seu êxito: o processo de formação, de avaliação e a disponibilidade de materiais didáticos nas escolas, para o uso do educador e do aluno”. Leia a entrevista completa.
O objetivo, de acordo com o MEC, é formar educadores críticos, que proponham soluções criativas para os problemas enfrentados pelas crianças em processo de alfabetização. Além disso, espera-se que as escolas dialoguem com a comunidade em que se encontram inseridas, aprofundando a relação entre ambas e criando um espaço colaborativo, no intuito de alfabetizar todas as crianças até o final do 3° ano do ciclo de alfabetização. Segundo dados do MEC, até agosto deste ano, 304.736 professores foram cadastrados para os cursos de formação que serão realizados pelo Pnaic. 
Entenda a estrutura do Pnaic
O Pacto tem quatro eixos de atuação:
1° - Formação continuada de professores alfabetizadores: curso presencial com duração de dois anos para os professores, ministrados pelos orientadores de estudos, educadores que fazem um curso específico, com duração total de 200 horas por ano, realizados pelas universidades públicas nacionais. O material para a capacitação foi desenvolvido pela Universidade de Pernambuco (UFPE) com a colaboração de 11 instituições de ensino superior.
2 ° - Materiais didáticos e pedagógicos: livros, obras complementares, dicionários, jogos de apoio à alfabetização, entre outros materiais que são disponibilizados para os professores e alunos.
3° - Avaliações: processo pelo qual o poder público e os professores acompanham a eficácia e os resultados do Pacto nas escolas participantes. Por meio dessa avaliação, poderão ser implementadas soluções corretivas para as deficiências didáticas de cada localidade. Acesse a publicação Avaliação no ciclo de alfabetização: reflexões e sugestões públicas nacionais.
4° - Gestão, controle social e mobilização: sistema de gestão e de monitoramento, com o intuito de assegurar a implementação das etapas do Pacto. O sistema de monitoramento (SisPacto), disponibilizado no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), possibilita esse acompanhamento constante pelos atores envolvidos no Pacto.
Disponível em: http://www.plataformadoletramento.org.br/em-revista/266/pnaic-o-desafio-da-alfabetizacao-na-idade-certa.html. Acesso em: 08/06/2015.

TRABALHO DE ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS ESTRANGEIROS NA REDE MUNICIPAL

O trabalho no campo da diversidade e inclusão realizado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), para a alfabetização de crianças estrangeiras foi destaque na edição deste 25 de dezembro, Dia de Natal, no jornal impresso de circulação nacional, O Globo. Com o título ‘Reencontro: Vidas refeitas no Brasil’, a matéria conta a história de alunos de nacionalidade haitiana quase cinco anos depois de trazidos a Manaus, após o terremoto que devastou o país onde nasceram, em janeiro de 2010. No link http://goo.gl/NwrnGw , é possível conferir a matéria completa.

No ano letivo de 2014, as escolas da rede municipal de educação receberam mais de 70 haitianos. Segundo a coordenadora de Diversidade da Semed, Lídia Helena Mendes, a secretaria passou a receber as crianças estrangeiras desde o final de 2013.

A reportagem de O Globo acompanhou o trabalho dos professores na Escola Municipal Waldir Garcia, localizada no bairro São Geraldo, zona Centro-Sul, que abriga o maior número deles: 16 haitianos. O mais novo tem quatro anos e o mais velho já está com 13. A matéria destaca que mesmo sem fluência no idioma falado no Brasil, as crianças têm se destacado na escola. Um exemplo são os resultados obtidos por esses alunos na Avaliação de Desempenho do Estudante (ADE), aplicada bimestralmente pela Semed e que serve como instrumento de mensuração do nível de aprendizagem de cada escola.

Segundo a publicação, a maioria dos haitianos refugiados no Brasil, principalmente em Manaus, são homens que deixaram para trás mulheres e filhos e seguiram para o Brasil em busca de trabalho. A garantia do emprego é o primeiro passo para estabilidade na nova vida. Depois disso, os pais começaram a trazer para Manaus esposa e filhos.

Das oito turmas da Escola Municipal Waldir Garcia, duas delas tiveram alunos haitianos em primeiro lugar na ADE da Semed. Rosalina Medeiros, 9 anos, estuda há um ano na escola e foi o destaque da turma em que é a única haitiana.

Quem também chama a atenção na escola, conforme a reportagem, é o aluno Daivid Elisson, 12 anos. Ele fala ao todo quatro idiomas – espanhol, crioulo, francês e, por último, o português – e serve de intérprete entre os novos alunos que chegam vindos do Haiti e até da Venezuela.

Socialização
O trabalho desenvolvido na rede pública de ensino com as crianças chamou a atenção da reportagem de O Globo porque vai além da alfabetização. A escola se preocupa, também, com a socialização dos alunos haitianos com professores e demais estudantes. A gestora da unidade, Lúcia Cristina Santos, contou que as crianças que chegam até a escola apresentam problemas de convívio.

“Muito deles ficaram no Haiti sem o pai e a mãe, apenas sendo cuidado por terceiros. Quando eles chegam a escola eles estão muito agressivos e arredios. Isso caracteriza uma fase de recusa, sem limite, pois sem os pais eles ficaram sem regras. E é nosso papel aqui na escola trabalhar essa questão da disciplina, do convívio com os professores e os colegas e da questão do respeito”, explicou ao jornal.

O trabalho também é realizado com os pais das crianças. Segundo Lúcia, por passarem muito tempo longe dos filhos, uns até quatro anos, eles se culpam e tentam compensar a distância com o mimo.

Joseph Mathias Jean Orinel, com apenas quatro anos, é um dos mais novos na escola. Ele foi deixado pelo pai e pela mãe no Haiti com apenas dois anos. A distância da família, por exemplo, faz com que ele nem lembre o nome da mãe. “No início a gente utiliza a mimica partindo do trabalho de assimilação de objetivos para que eles aprendam palavras do cotidiano como o bebedouro, banheiro, água, e outros, por exemplo. E só depois disso, quando estabelecemos um contato básico, é que damos início a alfabetização pelas vogais, consoantes, sílabas e as palavras para chegar a leitura e a escrita”, relatou a gestora.  “Outra coisa é integração com as outras crianças. Essa troca, essa interação tem ajudado muito no processo de aprendizagem e muitos alunos haitianos têm se destacado na escola”, frisou.

Secretaria Municipal de Educação (Semed)


Disponível em: http://semed.manaus.am.gov.br/trabalho-de-alfabetizacao-de-alunos-estrangeiros-na-rede-municipal-e-destaque-no-jornal-o-globo/. Acesso em: 27/03/2015.

'ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL NÃO 
ALFABETIZA'

Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolinguística, o português José Morais defende o envolvimento da neurociência na alfabetização para reformar os pensamentos pedagógicos. Em agosto ele virá ao Brasil para VII Seminário Internacional, promovido pelo Instituto Alfa e Beto (IAB), em Belo Horizonte. Na mesma cidade, ele também participará do II Forum Mundial de Dislexia.


Que contribuição a psicologia cognitiva pode dar à pedagogia?
A psicologia cognitiva examina os processos mentais em uma grande variedade de situações, incluindo as de aprendizagem. A pedagogia será, portanto, mais bem fundamentada se levar em conta o que a psicologia cognitiva nos mostra sobre a percepção, a atenção, a memória, a imaginação, o pensamento, e sobre o desenvolvimento de todas estas capacidades. E até sobre as relações entre a cognição e a motivação, por um lado; e as emoções e os afetos, por outro lado.
E no caso da alfabetização?
A psicologia cognitiva nos mostra, entre muitas outras descobertas, que a leitura de textos não é uma elaboração contínua de hipóteses sobre as palavras do texto, mas sim, um processo automático, não intencional e muito complexo de processamento das letras e das unidades da estrutura fono-ortográfica de cada palavra, que conduz ao seu reconhecimento ou à sua identificação.
Como é a relação entre a atividade cerebral e a leitura?
A leitura visual não se faz nos olhos, mas no cérebro — a retina, embriologicamente, faz parte do cérebro. Não há leitura sem uma atividade cerebral que mobiliza vastas regiões do cérebro e, em primeiro lugar, a chamada Área da Forma Visual das Palavras. Ela se situa no hemisfério esquerdo do cérebro e não é ativada por palavras escritas nos indivíduos analfabetos. Nos alfabetizados ela é ativada fortemente, e o seu grau de ativação aumenta à medida que a criança aprende a ler. No leitor competente, a leitura de um texto baseia-se no reconhecimento ou na identificação das palavras escritas sucessivamente. À medida que elas são processadas, essa informação é enviada para outras áreas cerebrais que se ocupam do processamento da língua, independentemente da modalidade perceptiva (em particular, o processamento semântico e sintáxico), assim como da codificação da informação na memória de trabalho verbal e do acesso à memória a longo prazo. Tudo isso permite a compreensão do texto e a sua interpretação e avaliação.
Considerando essas atividades cerebrais, existe uma idade ideal para alfabetização? Qual seria?
Hoje sabemos que a plasticidade cerebral é muito maior e mais longeva do que imaginávamos há 30 anos, variando segundo o tipo de aquisição. Cognitivamente, as crianças podem aprender a ler aos 5, 6, 7 anos, sem que a diferença de idade se reflita mais tarde em diferenças de habilidade de leitura. Há crianças que aprendem a ler antes dos 5 anos, mas generalizar isso não parece desejável, porque para o desenvolvimento global da criança, é indispensável que ela passe muito tempo brincando e se relacionando com os outros.
Mas é correto fixar uma idade padrão para alfabetizar?
É uma obrigação social e moral que o Estado fixe a idade de início da alfabetização. Se as crianças da elite aprendem aos 5 ou 6 anos na família ou em colégios particulares, não está certo que as do povo só sejam alfabetizadas (capazes de ler com compreensão e de escrever) aos 8 anos. Está se desviando a atenção daquilo que realmente é importante: a política certa, política de reprodução de privilégios ou política pública realmente democrática.
Suas pesquisas ressaltam a importância dos sons atrelados à palavra escrita e clamam para que a alfabetização tenha mais exercícios fonéticos. Como eles devem ser?
De modo geral, devem ser atividades que conduzam a criança a compreender o princípio alfabético, isto é, o que as letras (mais exatamente os grafemas, o que inclui dígrafos como “ch”) representam. Não sons da fala, mas sim as unidades elementares que os linguistas chamam de fonemas e das quais a criança não toma consciência espontaneamente pelo simples fato de ser exposta a material escrito.
Qual a importância do ditado e da leitura em voz alta nesse contexto?
O ditado e a leitura em voz alta só intervém, obviamente, quando o aluno já entendeu o principio alfabético e já adquiriu o conhecimento de um número suficiente de relações fonema-grafema e grafema-fonema. Ambos são muito importantes para assegurar o sucesso da alfabetização. Através do ditado, aluno e professor podem ir avaliando o conhecimento da ortografia, e, através da leitura em voz alta, eles não só vão avaliando a precisão da leitura como o aluno vai ganhando fluência, rapidez na leitura, que é essencial para a automatização do reconhecimento das palavras escritas e para deixar os seus recursos cognitivos (de atenção, de associação, de memória) para a compreensão do texto.
Os exercícios fonéticos podem ser aplicados ainda na pré-escola?
Na pré-escola é importante verificar a qualidade fonética da fala da criança e também solicitar dela a tomada de consciência de relações como a da rima (mão – pão) ou de partilha de sílaba (va- em vaca e vala) e de fonema (fazer com que a criança se aperceba de que há algo comum no início de porta, pato, pilha, pele, punho). Tudo isso são passos sucessivos que preparam a criança para a sua alfabetização.
É possível aprender a ler de forma natural como aprender a falar, como prega a teoria construtivista?
Se fosse possível aprender a ler de forma natural, como se aprende a falar, não haveria falantes analfabetos, não haveria necessidade de escolas para alfabetizar, não haveria toda esta bagunça a propósito da alfabetização. Claro que se baseia em algo de natural: a linguagem, uma capacidade que resulta da nossa evolução biológica enquanto espécie. Os sistemas de escrita, inventados por civilizações antigas para representar a linguagem (e também, inicialmente, objetos e ideias), são realizações culturais que vão muito além da nossa evolução biológica e que, para serem reproduzidas de geração em geração, exigem intencionalidade, instituições, dispositivos, ensino.
O método de alfabetização proposto pelo Ministério da Educação do Brasil hoje se enquadra em qual teoria? Como o senhor avalia a alfabetização brasileira?
Infelizmente, baseia-se na crença construtivista — chamo de crença porque contraria o conhecimento científico atual. No Pisa (programa internacional de avaliação de estudantes, na sigla em inglês), não houve variação significativa entre a primeira versão, de 2000, e a última, de 2012. O Brasil está muito abaixo da média dos países e quase 80 pontos abaixo de Portugal, que tem a mesma língua, o mesmo código ortográfico, e as diferenças de dialeto deveriam até ser mais favoráveis à alfabetização no Brasil. Só 1 em mil adolescentes brasileiros lê no nível mais alto de desempenho estabelecido pelo Pisa. A taxa de analfabetismo continua demasiado alta e, sobretudo, quase metade da população não lê de maneira competente. O Ministério da Educação não pode continuar a manter uma proposta de alfabetização que não alfabetiza.

Disponível em: 
http://oglobo.globo.com/sociedade/alfabetizacao-no-brasil-nao-alfabetiza-13321682. Acesso em: 05/03/2015.


ALFABETIZAÇÃO
QUANDO MEU FILHO VAI LER?


Você não vê a hora de ver seu filho dando esse grande passo? Acalme-se. Sua ansiedade pode atrapalhar o processo de alfabetização muito mais do que você pensa

Por Cristiane Rogério. Fotos Cris Bierrenbach




Gabriel tinha 4 anos quando olhou para a estante de livros e disse: mai-to-lo-gia. A palavra era, claro, mitologia, e a mãe, a escritora Simone Paulino, quase caiu da cadeira. "Como isso aconteceu?", ela se perguntava. Outro dia, já com 6 para 7 anos, indo para a escola, Gabriel contou: "Mãe, sabia que a gente está construindo uma narrativa? A história começou com quatro linhas inventadas pelo Léo e agora já escrevemos 34 linhas! Sabe como é que chama aquele espacinho que a gente dá quando termina uma idéia e começa outra? Parágrafo, né? Nós escrevemos dez parágrafos!". De leitor, Gabriel tornou-se escritor. E assim vai acontecer com seu filho. Quando? Cada criança tem seu ritmo. Você sabe disso, mas não consegue segurar a ansiedade, não é? Já se pegou pensando "mas, e se ele não ler?". O receio é natural. Espera-se que aos 7 anos de idade a criança domine razoavelmente a leitura e a escrita. Porém, isso começa muito antes. Desde bem pequena, ela já lê o mundo: nas placas das ruas, nas embalagens, nos livros, revistas, jornais, bilhetes e nos outros escritos que ela esbarrar no cotidiano. E é tudo isso, mais a dedicação da escola, que vai fazer com que seu filho aprenda a ler, sim.

Ah, você está preocupado com os métodos? No Brasil, existem dois principais. Há escolas que adotam apenas um e há outras que os misturam. O fônico (aquele do "vovô viu a uva") mostra a decodificação de sons e letras, ou seja, as relações símbolo-som, e o método que segue o pensamento construtivista (que chegou ao Brasil nos anos 80, com mais ênfase nessa área pela ação da argentina Emília Ferrero), o qual trabalha com palavras que fazem parte do universo da criança, que tenham significado para ela, como nomes próprios ou outros termos do cotidiano. Como qualquer sistema, porém, essa é uma questão mais complexa do que o resumido nesta explicação. Daí ser uma preocupação da escola que - claro - pode e deve ser conversada com os pais. Mas há algum método que seja melhor? Não. "O melhor método é a preparação do professor", diz Liamara Montagner, coordenadora da educação infantil do Colégio Santo Américo. É ele quem deve identificar a dificuldade da criança e intervir. "Por isso, o professor precisa ter tempo para pensar em atividades específicas para cada aluno, quando necessário", diz Marcelo Cunha Bueno, coordenador da escola Estilo de Aprender.
Onde você entra?
Se método, sistematização e treinamento são do âmbito escolar, o que os pais podem fazer? Muito. O meio em que se vive conta demais. "Uma criança mergulhada em um ambiente onde as situações de leitura são muitas, vai ter mais interesse e, provavelmente, alfabetizar-se com mais facilidade", diz Maria Betânia Ferreira, educadora e fundadora da Pingo é Letra, empresa que concebe projetos de incentivo à leitura do Instituto Ecofuturo. O papel da família é esse: oferecer opções e fazer desse momento puro prazer.

Os livros, claro, são um começo inesquecível. Desde os voltados para os bebês, até os com frases maiores e histórias. Mas há disponível, também, diversas boas opções que têm o alfabeto e a possibilidade de brincar com as palavras como tema (listamos algumas). Isso também é alfabetização, sabia?

Como o professor pode - e deve - ir além das cartilhas e dos livros didáticos, os pais também têm um leque enorme de opções para incentivar a criança nesse momento tão importante. Na hora de ler, vá passando o dedo (o seu e o dela) nas palavras. Mas pode ir além, como ler jornais, revistas, fazer bilhetes, lista de supermercado. "Nada de transformar a casa em filial de sala de aula. Não se trata de brincar de criar geniozinhos, mas de dar as melhores condições para essa conquista", diz Maria Betânia Ferreira.
Para que tanta pressa?
Para ter sucesso, a alfabetização deve caminhar ao lado do brincar, da música, das artes, de mexer com terra, de correr. Além do mais, aprender a ler primeiro que outro não é passaporte para um futuro bem-sucedido. "Há pais que encaram esse momento como um 'agora eu vou ver se meu filho é ou não inteligente'. Ele vive um processo, que exige tempo, paciência e disponibilidade de todos. Ansiedade só atrapalha e ainda pode esconder um problema real, como de visão, audição ou um distúrbio de aprendizagem", diz Dora Pires dos Santos, coordenadora da educação infantil do Colégio Augusto Laranja. Fazer um exercício de futurologia ajuda. "A alfabetização é como começar a andar: quando vemos um grupo de crianças andando, você não sabe quem andou primeiro. Ler é o mesmo: uns começaram em março, outros em outubro, outros em novembro. Mas quando todos lêem, você não sabe quem leu primeiro!", diz a psicopedagoga Renata Aguillar, coordenadora do Colégio Brasília.

Como ajudar sem atrapalhar
LEIA em voz alta! Depois, peça para ele ler também. 
PEÇA
 ajuda para escrever a lista do supermercado. Vai demorar mais, mas ele vai adorar. 
ESCREVA
 bilhetes, espalhe pela casa, coloque na mochila.
NA HORA DE dar um presente, invente uma caça ao tesouro, colocando palavras-chave que ele já conheça.
PODE comprar jogos com cartões, deixar assistir a programas educativos de televisão e CD ROMs. Mas não esqueça de que estímulo não é treinamento!
FAÇA isso tudo ser muito divertido. Porque realmente é.
ESTEJA sempre junto.


Disponível em: http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC1625594-2213,00.html. Acesso em: 06/02/2015.

7 perguntas sobre textos memorizados na alfabetização

Respostas às dúvidas mais comuns sobre como e por que usar textos que as crianças sabem de cor no ensino da leitura e da escrita

Beatriz Vichessi e Ana Rita Martins


Interpretações equivocadas sobre o uso de parlendas, cantigas de roda e outros textos que as crianças sabem de cor na alfabetização ainda são comuns. Para responder às sete dúvidas mais frequentes sobre o assunto, NOVA ESCOLA consultou a bibliografia disponível sobre o tema e a especialista em alfabetização Telma Weisz.
1 Por que propor atividades de leitura e de escrita?
"Elas mobilizam saberes distintos e consequentemente ensinam coisas diferentes", explica Telma. Para ler textos que sabem de cor, as crianças têm de fazer a correspondência entre as partes do texto que já sabem com os trechos escritos, descobrindo a relação entre fonema e grafia, conhecendo letras novas e como se dá a segmentação das frases em pedaços menores e independentes, as palavras (leia a sequência didática). Já na situação de escrita, precisam colocar em cena o nível do conhecimento do sistema alfabético e o que já sabem a respeito da escrita convencional. Com baese em tudo isso, fica claro que ambas devem ser realizadas em sala e que uma não é pré-requisito para outra.
2 Quais textos memorizados devo usar para alfabetizar?
Qualquer cantiga de roda, parlenda ou adivinha que os alunos apreciem. O importante é que todos eles saibam o conteúdo de cor e mentalmente. O que define a complexidade da atividade são as particularidades do material e as interações do educador, responsável por criar boas situações de aprendizagem.
3 É interessante propor que escrevam em quartetos?
Não. O processo de interação entre as crianças é muito importante e, quando se trabalha com muita gente reunida, ele não é satisfatório. Escrever a oito mãos é difícil até para os adultos. É melhor organizar duplas, levando em conta as hipóteses de escrita (pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e alfabética) para que o trabalho seja realmente produtivo.
4 Na leitura, o que precisa ser problematizado?
Encontrar partes da totalidade ou do verso levando em conta o que os alunos já sabem. Não se trata de caça-palavras, mas de uma situação que faz o grupo enfrentar desafios a respeito da relação entre parte e todo. Por exemplo, perguntar onde está escrito domingo em "Hoje é domingo,/ pede cachimbo". Para responder, as crianças têm de fazer corresponder o falado com cada pedaço escrito. Quer dizer, precisam localizar o verso e depois o que foi perguntado. Têm de pensar como dividir o que falam para que encontrem a palavra no exato lugar em que ela está.
5 E na de escrita? Quais são os desafios?
As crianças, para escrever, precisam pensar quais e quantas letras usar e em que ordem colocá-las. Em fase de alfabetização, não é óbvio que tudo o que se fala possa ser escrito na ordem em que é dito. Outros pontos interessantes para explorar com eles são a escrita de artigos, monossílabos e palavras curtas, já que isso vai contra a ideia que os alunos têm que para escrever são necessárias no mínimo três letras.
6 A lista de nomes da turma pode servir de apoio?
Para atividades que tenham como foco a leitura, não. "Lê-se para escrever, mas não para ler", diz Telma. Para localizar fragmentos do texto, os alunos precisam pensar em como vão partir do falado para tal, o que vão considerar como um pedaço para achar todos os pedaços. Não é necessário buscar pistas fora do material: o problema é descobrir onde está escrito, não o que está escrito. Para desafios que envolvem a escrita, sim: pesquisar em fontes externas o jeito certo de escrever o fragmento que se quer é útil. Para escrever "cachorrinho está latindo", se as crianças recorrem à lista de nomes e encontram Camila e Karina, o professor tem uma situação para discutir.
7 É válido o grupo ditar para o professor escrever?
Sim, desde que ele atue como se só soubesse as letras, ou seja, não deve agir como um escriba. Tem de ser simplesmente a mão que escreve o que os estudantes ditam, incluindo aí os espaços entre as palavras. Porém é importante observar que, se existirem alunos alfabéticos na sala, a atividade não funcionará. Facilmente eles darão conta do desafio sozinhos, ditando letras ao educador que os demais nem conhecem ainda.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/sete-perguntas-como-usar-textos-memorizados-alfabetizacao-607999.shtml. Acesso em: 11/11/2014.


ALFABETIZAR É TODO DIA


O professor deve planejar com antecedência e constantemente as atividades de leitura e escrita. Por isso, manter-se atualizado com as novas pesquisas didáticas é essencial

Thales de Menezes (novaescola@fvc.org.br) Colaborou Nina Pavan. Leitoras que sugeriram o especial: Rosany Dutra, Timóteo, MG, e Magda Cecília Arantes de Carvalho, Itapevi, SP


MÃO NA MASSA  As crianças precisam ser confrontadas com situações de escrita desde o início do processo. Foto: Ricardo Beliel
MÃO NA MASSA As crianças precisam ser confrontadas com situações de escrita desde o início do processo.Foto: Ricardo Beliel
Alfabetizar todos os alunos nas séries iniciais tem implicações em todo o desenvolvimento deles nos anos seguintes. Segundo a educadora Telma Weisz, supervisora do Programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, "a leitura e a escrita são o conteúdo central da escola e têm a função de incorporar a criança à cultura do grupo em que ela vive". Por isso, o desafio requer trabalho planejado, constante e diário, conhecimento sobre as teorias e atualização em relação a pesquisas sobre as didáticas específicas.
Esta edição especial traz o que há de mais consistente na área. Hoje se sabe que as crianças constroem simultaneamente conhecimentos sobre a escrita e a linguagem que se escreve. Conhecer as políticas públicas de Educação no país e seus instrumentos de avaliação é um meio de direcionar o trabalho. Um exemplo é a Provinha Brasil, que avalia se as crianças dominam a escrita e também seus usos e funções. Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda e Silva, o grande mérito do teste de avaliação que mede as competências das crianças na fase inicial de alfabetização é fornecer instrumentos para o professor interpretar os resultados, além de sugerir práticas pedagógicas eficazes para alcançá-los. "É um material que ajuda o professor na reflexão porque nenhuma avaliação serve para nada quando se limita a constatar. Ela só faz sentido para mudar práticas e identificar as dificuldades de cada aluno."
E não há tempo a perder. No início do ano, como agora, a tarefa essencial é descobrir quais as hipóteses de escrita das crianças, mesmo antes que saibam ler e escrever convencionalmente (leia mais sobre como fazer um bom diagnóstico). Assim, fica mais fácil acompanhar, durante o ano, a evolução individual para planejar as intervenções necessárias que permitam que todos efetivamente avancem. Essa sondagem inicial influi na distribuição da turma em grupos produtivos de trabalho, como mostra a reportagem Parceiros em Ação.
Da mesma forma, organizar a rotina é imprescindível. Uma distribuição de atividades deve ser estabelecida com antecedência, contemplando trabalhos diários, sequências com prazos determinados e projetos que durem várias semanas ou meses (confira dicas preciosas sobre o planejamento). Ao montar essa programação, cabe ao professor abrir espaço para as quatro situações didáticas que, segundo as pesquisas, são essenciais para o sucesso na alfabetização: ler para os alunos, fazer com que eles leiam mesmo antes de saber ler, assumir a função de escriba para textos que a turma produz oralmente e promover situações que permitam a cada um deles escrever até que todos dominem de fato o sistema de escrita.

Sabe-se, já há algum tempo, que as crianças começam a pensar na escrita muito antes de ingressar na escola. Por isso, precisam ter a oportunidade de colocar em prática esse saber, o que deve ser feito em atividades que estimulem a reflexão sobre o sistema alfabético.

No livro Aprender a Ler e a Escrever, as educadoras Ana Teberosky e Teresa Colomer apontam que o desenvolvimento do aluno se dá "por reconstruções de conhecimentos anteriores, que dão lugar a novos saberes". Essa condição está presente nos 12 planos de aula desta edição especial. Em todos, transparece a necessidade de abrir espaço para que a turma debata o que produz, permitindo que a reflexão leve a avanços nas hipóteses iniciais de cada estudante.
É fundamental levar para a escola as muitas fontes de texto que nos cercam no cotidiano, como livros, revistas, jornais, gibis, enciclopédias etc. Variedade é realmente fundamental para os alfabetizadores, que devem ainda abordar todos os gêneros de escrita (textos informativos, listas, contos e muito mais). E, nas atividades de produção de texto, a intervenção do professor é vital para negociar a passagem da linguagem oral, mais informal, à linguagem escrita.

O número do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), de 2007, mostra que só 28% da população brasileira está na condição de alfabetizados plenos. Para impedir que mais pessoas fiquem restritas a compreender apenas enunciados simples, o desempenho escolar nos anos iniciais precisa de resultados melhores. Essa preocupação deve ser compartilhada por professores e órgãos públicos. "O governo está fazendo uma intervenção específica nas séries iniciais para ter resultados rapidamente, com dois docentes por sala, material didático de apoio, formação continuada e avaliação bimestral", afirma Maria Helena Guimarães de Castro, secretária estadual de Educação de São Paulo.
As principais redes de ensino do país, como a estadual e a municipal de São Paulo, trabalham com a meta de alfabetizar as turmas em no máximo dois anos. Para garantir que essas expectativas de aprendizagem sejam atingidas, é preciso um compromisso dos coordenadores pedagógicos em utilizar os horários de trabalho coletivo para afinar a capacitação das equipes. "Pesquisas, debates e orientações curriculares têm de ser incentivados", sugere Célia Maria Carolino Pires, que coordenou em 2008 o Programa de Orientações Curriculares da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Nas próximas páginas, você confere uma lista, adaptada por NOVA ESCOLA, de expectativas de aprendizagem em Língua Portuguesa para o 1º e o 2º ano da rede municipal paulistana. Com base nela, você pode adequar suas propostas de trabalho e fazer com que nenhum aluno da turma fique para trás. Pois superar os desafios da alfabetização é apenas o primeiro passo para que todos tenham uma vida escolar cheia de aprendizagens cada vez mais significativas.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/alfabetizar-todo-dia-431196.shtml. Acesso em: 06/10/2014.


Como é feito o lápis?

por Marina Motomura | Edição 70
A fabricação do lápis é simples: consiste em colocar a grafite dentro de tábuas de madeira. Mas nem sempre foi assim. Apesar de a humanidade usar ferramentas de escrita desde os primórdios, a grafite só foi descoberta no século 16, na Inglaterra - os ingleses confundiram o material com chumbo, engano desfeito no fim do século 18. Nos primeiros lápis, pedaços de grafite eram enrolados em cordas ou pele de animais para facilitar o manuseio. Mais tarde, alemães começaram a usar pedaços de madeira para cobrir a grafite. O apetrecho foi evoluindo até ganhar uma borracha na ponta em 1858, invenção do americano Hyman Lipman. A idéia, bastante simples, acontece na última etapa da produção: uma das extremidades é afinada, recebe uma cinta de metal para segurar a borracha, que é então colada e prensada. Depois, é só escrever: um só lápis é capaz de anotar 45 mil palavras ou riscar uma linha de 56 quilômetros de comprimento!
É pau, é pedra.....No fim do caminho, as tábuas de madeira com grafite ganham camadas de verniz e pintura
1. Ao chegar aos 18 anos, o pinheiro (Pinus caribea) está pronto para virar lápis. Muita gente pensa que o objeto é feito com um pedaço inteiriço de madeira com um furo no meio. Na verdade, a madeira é cortada em tábuas finas, de 18 x 7,5 centímetros de tamanho. Essa madeira é seca, tingida com corantes para ficar rosada e ganha camadas de gordura para ficar mais macia
2. Durante os processos de secagem e tintura, a madeira reage e pode "empenar" caso seja utilizada imediatamente. Para evitar esse problema, a madeira fica descansando por 60 dias. Depois desse período, começa a linha de produção: uma máquina abre oito pequenas canaletas em forma de semicírculo, com metade do diâmetro da grafite, nas tábuas
3. As minas de grafite ou de lápis colorido são coladas em uma dessas canaletas. A grafite que se usa hoje não é pura - uma mistura de barro seco e água é acrescentada à grafite para amaciar o material, que é então comprimido sob altas temperaturas até virar um cilindro. Já a mina do lápis de cor não tem grafite - no lugar, entram barro, goma, cera e pigmentos coloridos
4. Uma segunda tábua com canaletas é colada sobre a tábua que contém a mina, formando um "sanduíche", que é prensado até que as minas e a madeira tornem-se uma peça única. A madeira, além de proteger a mão da sujeira do grafite, evita que a mina se quebre ao cair no chão. Depois, uma máquina retira o excesso de cola e as tábuas passam algumas horas secando
5. O sanduíche pronto segue para uma máquina com lâminas de aço. De um lado, a máquina corta a face superior e, de outro, o lado inferior da tábua, até os lápis serem separados individualmente. O corte pode ser circular ou hexagonal - os lápis hexagonais têm a vantagem de não saírem rolando sobre superfíceis lisas. Um só sanduíche pode produzir de seis a nove lápis
6. Os lápis são lixados, mergulhados em verniz e secos. A pintura pode ser por imersão ou com jatos de spray - são até cinco camadas de tinta. Já secos e com os excessos removidos, os lápis recebem o nome do fabricante com uma prensa de metal quente. Para acabar, eles são apontados em um dos lados e estão prontos para escrever. No fim da história, cada pinheiro rende até 9 mil lápis

Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-feito-o-lapis. Acesso em: 06/09/2014.

As particularidades das escritas silábico-alfabéticas

A evolução da escrita silábico-alfabética para a alfabética é repleta de especificidades. Conhecê-las é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento dos alunos e melhor ajudá-los a avançar

Saber a teoria para ensinar bem. Foto: Danny Yin
Danielle selecionou dois pares de nomes de animais que começam com C e terminam com a mesma letra. Dessa forma, leva o aluno a buscar outro índice gráfico que não só a letra inicial e a final.
Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência.



Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas justapostas", pontua Emilia.



Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de sodae de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emilia, é chamado de alternâncias grafofônicas.



Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:



Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela.

A    P A E    A

á               gua



AM     OA

ma      çã 
Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. 

O   MA    B

to   ma   te



AB    CI

ca    qui 
Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. 

BI    H     D   RO

bri  ga  dei   ro



K   SA

ca  sa
Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani Giannico, em Tremembé, a 135 quilômetros da capital paulista.



Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais.



Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
Os erros mais comuns

- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.



- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.



- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml. Acesso em: 21/07/2014.



10 AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DA 

NATUREZA


10 SIMPLES AÇÕES PARA AJUDAR O PLANETA

(Extraído de folder informativo e complemtado por Enfª Patrícia Trasmontano)




Amar a natureza e contribuir positivamente para o planeta Terra, depende de todos nós! Há muitas ações que podem ser realizadas, como: defender a causa dos animais em extinção, contribuir na redução da miséria e da fome no mundo, compartilhar o amor, ser mais altruísta em relação ao seu próximo, cuidar do meio ambiente, racionalizar o consumo de matérias-primas extraídas da natureza, criar e desenvolver tecnologias que não agridam o meio ambiente... E muito mais. Porém, seguem abaixo algumas dicas de preservação da natureza, afim de que você se sinta mais incentivado de se unir a essa corrente!!! Boa leitura e Prática!!!
  1. Mude a lâmpada: Substituir a lâmpada "quente", por uma lâmpada fluorescente (fria). Poupa aproximadamente 68 kg de carbono por ano;
  2. Dirija menos o carro: Caminhe, ande de bicicleta, compartilhe o carro (caronas) ou use os transportes públicos com mais frequência. Poupará aproximadamente a,5 kg de dióxido de carbono por cada 1,5 km que não conduzir;
  3. Recicle mais: Pode poupar 1000 Kg de dióxido de carbono por ano, reciclando apenas metade do seu desperdício caseiro;
  4. Verifique os pneus do automóvel: Pois mantendo eles devidamente calibrados, pode melhorar o consumo de combustível em mais de 3%. Cada 4 litros de combustível poupado retiram 9 kg de dióxido de carbono da atmosfera;
  5. Use menos a água quente: Aquecer a água consome muita energia. Use menos água quente, instalando um chuveiro de baixa pressão, o que poupará 160 kg de CO2 por ano, e lavar a roupa em água fria ou morna poupa 230 kg de CO2 por ano;
  6. Evite produtos com muita embalagem: Pode poupar até 545 kg  de dióxido de carbono se reduzir o lixo em 10%;
  7. Ajuste o termostato: Apenas 2 graus para baixo no inverno e 2 graus para cima no verão, pode poupar cerca de 900 kg de dióxido de carbono durante a sua vida;
  8. Recicle o lixo: Cada família que adere ao programa de coleta seletiva, reduz em cerca de 1 tonelada por ano a emissão de dióxido de carbono na atmosfera;
  9. Recicle seu telefone celular: Até 80% dos componentes desses aparelhos poder ser reaproveitados. Algumas operadoras de celulares recolhem aparelhos, baterias e acessórios usados de quaisquer marcas;
  10. Plante árvores: Uma única árvore absorve 1 tonelada de dióxido de carbono durante a sua vida.
Façamos a nossa parte, por uma mundo
mais sustentável e saudável de viver!!!

Disponível em: http://gerasaude.blogspot.com.br/2011/11/artigo-10-acoes-de-preservacao-da.html. Acesso em: 20/05/2014.



OPINIÕES SOBRE A

ALFABETIZAÇÃO AOS 6 ANOS

Aos 6 anos, as crianças devem ser alfabetizadas ou só brincar na escola?

Damares Santanna de Paula, Rio Grande, RS


A idéia de que a garotada dessa idade tem só de brincar na escola para quando mais velha ser alfabetizada não coincide com o mundo real, pois já foi comprovado que muitas crianças dessa faixa etária se alfabetizam quando têm muito contato com as práticas de leitura e escrita, inclusive em situações não escolares. Por isso, é importante aproximar os pequenos, desde a Educação Infantil, de livros e de outros tipos de material escrito, além de fazê-los entrar em contato com o próprio nome e o dos amigos a fim de que aprendam a reconhecê-los e escrevê-los. A contação de histórias é outra prática válida para a alfabetização inicial porque influencia positivamente no processo de aquisição da escrita. Nenhuma dessas práticas impede as crianças de brincar e todas contribuem para que já ao fim da Educação Infantil elas estejam imersas na cultura escrita.

Consultoria Silvia Pereira de Carvalho, coordenadora executiva do Instituto Avisa Lá, São Paulo



"SOU CONTRA A ALFABETIZAÇÃO AOS SEIS ANOS DA MANEIRA COMO FOI IMPLANTADA NO BRASIL"

A opinião de de Gilberto Alvarez, o Prof. Giba, Diretor do Cursinho da Poli

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 26, em votação simbólica, o projeto de lei de conversão (PLV) 2/2013, que cria incentivos para a alfabetização de todas as crianças nas escolas públicas até os oito anos de idade, por meio do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Segundo a exposição de motivos assinada pelos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Guido Mantega; e do Planejamento, Miriam Belchior, o objetivo do pacto nacional é proporcionar a todos os estudantes proficiência em língua portuguesa e em matemática até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental da educação básica pública.
“A meta do Governo Federal é alfabetizar todas as crianças brasileiras até os oito anos e erradicar o analfabetismo no Brasil. Sou contra a alfabetização aos seis anos da maneira que foi implantada aqui. A primeira infância vai do zero aos seis anos, e tanto as escolas públicas quanto as particulares não pensaram em preparar um espaço físico para receber essas crianças no primeiro ano. Elas precisam do parque, precisam correr e explorar”, afirma Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.
“Além do espaço não ser apropriado, as professoras do primeiro ano também não estão preparadas para receber um pequeno de seis anos com tantas particularidades da infância”, diz o professor.
“Outros países que adotam a alfabetização aos cinco, pensaram na proposta como um todo e, a grande maioria, tem um olhar construtivista ou sócio construtivista. É só você lembrar do desenho ‘Sid o Cientista’, uma escola americana com crianças de cinco anos, em um espaço adequado e professores preparados. Elas, sem perceber, estão sendo alfabetizadas”, relata Gilberto Alvarez.
A medida prevê a realização de cursos de capacitação para os professores e a distribuição de materiais didáticos específicos de alfabetização dos alunos. Uma emenda aprovada na Câmara fixou o dia 31 de dezembro de 2022, como prazo limite para o cumprimento da meta de alfabetizar as crianças na rede pública até os oito anos de idade. 


QUEM QUER SER UM PROFESSOR?






Lucila Cano


18/10/2013


A Coréia do Sul é sempre lembrada como exemplo de excelência no ensino. Quase toda a população é alfabetizada e mais de 60% dos jovens têm nível universitário. A valorização do professor parece ser o segredo de sucesso do modelo asiático que paga bons salários e que, em contrapartida, exige formação superior em nível de mestrado, a começar por quem leciona em educação básica.
Não podemos, nem devemos comparar o país de cerca de 50 milhões de habitantes e de pouco mais de 99 mil km² com o Brasil. Mas podemos, e devemos, nos inteirar das práticas educacionais que dão certo na Coréia do Sul para, por que não, analisar a sua viabilidade por aqui.
Assim como na Ásia, há boas práticas de ensino em outros países que deveriam ser melhor conhecidas por nós. Na Finlândia, por exemplo, onde todas as escolas são públicas, os professores são selecionados entre os melhores de cada turma de graduados. A atenção ao aluno ultrapassa os limites da sala de aula. Inclui alimentação e cuidados de saúde a cargo de médicos e dentistas.

Bons exemplos

Além daqueles de excelência em infraestrutura, não faltam exemplos de bons métodos de ensino. A Escola da Ponte, em Portugal, exportou para nós uma educação mais humanizada. Derrubou as paredes das salas de aula e um jeito convencional de estudar. O método admirado no Brasil é seguido pela ONG Projeto Âncora, criada há 18 anos e sediada em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. Este ano, a organização está entre as semifinalistas da 10ª edição do Prêmio Itaú-Unicef/Regional São Paulo.
No Ceará, em Eusébio, a Associação Estação da Luz é outro projeto que começou em 2004 como creche, aplicando o programa do indiano Sathya Sai Baba de educação em valores humanos. Hoje, as atividades se estendem a crianças, jovens e até mesmo adultos, através de incentivos à educação, cultura, esporte e profissionalização. Em 2012, com o seu Projeto Educare, a associação foi a vencedora do Prêmio Criança da Fundação Abrinq/Save the Children.
Esses são apenas alguns bons exemplos entre muitos que existem no Brasil, mais por iniciativa de ONGs quase sempre mantidas por empresas e/ou empresários.
Quando o governo federal se compromete a investir mais na educação com os recursos advindos da exploração do pré-sal, tais contribuições deveriam ser vistas com carinho. Educação de qualidade implica altos investimentos. Mas, além do dinheiro, nosso país precisa de uma grande transformação no sistema de ensino.

Vocação para o sacerdócio

Quem quer ser um professor? Todos acham a profissão belíssima, um "verdadeiro sacerdócio", mas fogem dela como nunca antes neste país. Há um déficit anunciado de cerca de 700 mil professores para suprir as demandas do ensino fundamental e do ensino médio.
Sabemos, por notícias recentes, que há escolas fazendo rodízio de aulas por falta de professores de ciências exatas, como química e física. Neste 15 de outubro, professores trocaram a comemoração do seu dia por manifestações em favor de salários mais dignos.
Não são só os salários que estão defasados. O respeito aos professores também. Eles são vítimas de muitas formas de violência, entre elas a falta de oportunidade para estudar mais. Esta é uma profissão em que estudar é preciso, sempre.
O Ministério da Educação procura fazer sua parte, mas parece caminhar em descompasso com a urgência que temos. Em setembro lançou o programa "Quero ser professor, quero ser cientista" que, inicialmente, oferecerá 40 mil bolsas de estudo para despertar a "vocação" de docente entre estudantes do ensino médio da rede pública.
Só se sai bem em qualquer profissão quem gosta do que faz. Ser professor é exercer uma profissão digna, bonita e relevante para o país. Para começar, precisamos trocar o sentido de "vocação" pela valorização de nossos professores. Acredito que, assim, o dinheiro do pré-sal será melhor empregado e nossos estudantes, em todos os níveis, terão condições de se preparar não só para o trabalho, mas para a vida.
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/colunas/lucila-cano/2013/10/18/quem-quer-ser-um-professor.htm. Acesso em: 08/02/2014.


CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

segundo orientação proposta pelo MEC/SEESP (1994)
1. Na área referente às aptidões intelectuais:
                * Superdotados
                * Deficientes Mentais
2. Na área dos distúrbios sensoriais
                * Deficientes visuais
                * Deficientes auditivos
3. Na área neuromuscular e óssea
                * Deficientes físicos
                * Deficientes da fala
                * Paralisia Cerebral
4. Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas
                * Problemas de comportamento
                * Distúrbios emocionais
                * Desajustes sociais
5. Deficiências múltiplas
Área referente às aptidões intelectuais:
                SUPERDOTADOS
Aquelas que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.
                                                                              MEC/SEESP (1994, P. 13)
                Características das crianças talentosas:
                               No domínio da inteligência:
                Vivacidade mental e pensamento linear (boa linguagem e vocabulário rico; senso de humor; curiosidade e interesses variados);
                Profundidade e pensamento não-linear abstrato (boa memória; persistência e compromisso; independência, autonomia e iniciativa).
No domínio da criatividade e do pensamento criador:                Produção superior em artes; distração e desinteresse pelas aulas (mas não são atrasadas); senso crítico (sobre si e os outros); produção de respostas inesperadas e pertinentes.

                               No domínio da capacidade socioafetiva:

                Sensibilidade e bondade; preocupação com o bem-estar alheio; simpatia, amizade, boas relações; liderança, persuasão, capacidade de passar energia e motivação ao grupo.

                               
No domínio das habilidades sensório-motoras:                Desempenho superior em esportes, exercícios físicos, dança e outras formas de expressão rítmica; habilidades manuais e motoras; sentidos muito apurados (acuidade visual e sensibilidade auditiva, tátil, olfativa e gustativa).
 DEFICIENTES MENTAIS
                Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), por deficiência mental entende-se o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sócio-cultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo portador de deficiência mental.
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA MENTAL
                Causas intra-individuais (pré-natais)1-Causas Genéticas: aberrações cromossômicas; alterações gênicas
2-Malformações cerebrais
3-Ambientais: infecções e intoxicações intra-uterinas; exposição a substâncias potencialmente perigosas.

                
Causas PerinataisAnoxia / Prematuridade / Incompatibilidade de fator Rh / Convulsões

                
Causas Pós-nataisInfecções do SNC / Moléstias Desmielinizantes / Traumas cranianos / Subnutrição e privação sócio-econômico-cultural / Intoxicações exógenas / Convulsões / Radiações / etc.
Características das crianças com DM
ÁREA MOTORA:
             Alterações na motricidade fina.
         Em casos com problemáticas mais severas as incapacidades motoras são mais acentuadas, nomeadamente na mobilidade; falta de equilíbrio, dificuldades de locomoção, de coordenação, dificuldades na manipulação.
             As crianças com deficiência mental podem começar a andar um pouco mais tarde, geralmente são de estatura mais baixa e mais susceptível a doenças. Apresenta uma maior incidência de problemas neurológicos, de visão e audição.
ÁREA COGNITIVA:
        As crianças com deficiência mental apresentam dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; em focar a atenção; ao nível da memória, tendem a esquecer mais depressa que os seus colegas sem necessidades educativas especiais; demonstram dificuldades na resolução de problemas e em generalizar para situações novas a informação apreendida, conseguem, no entanto generalizar situações específicas utilizando um conjunto de regras.
ÁREA DA COMUNICAÇÃO: Crianças com deficiência mental apresentam muitas vezes dificuldades. Quer ao nível da fala e sua compreensão, quer no ajustamento social.ÁREA SÓCIO EDUCACIONAL:
 
Dificuldades, na generalização para novas situações, de aquisições e comportamentos anteriormente experimentados, assim como nas interações sociais, pelo que assume capital importância o desenvolvimento desta área para uma real e efetiva inserção na sociedade.
Educação de crianças com Deficiência Mental
                Tendo sempre em mente que todas as aprendizagens têm como objetivo principal a facilitação da vida futura numa perspectiva funcional, ou seja permitir uma inclusão e participação ativa e válida na vida em sociedade visando sempre uma progressiva autonomia do indivíduo, podemos concluir da necessidade de uma significância eminentemente prática destas aprendizagens.
Deficiência mental ligeira não deverá existir uma grande diferença entre os seus currículos e dos outros alunos da classe.
                O efeito provocado nos outros socialmente (entusiasmo, confiança, otimismo, independência, boa postura, boa apresentação, assertividade);
                As Competências sociais (iniciativa para interagir, repostas às interações, comportamentos sociais pessoais, comportamentos específicos de várias situações; escolares, públicas, familiares, no local de trabalho);
                A Cognição social empatia, discriminação e inferência social, compreensão/ entendimento social, compreensão dos motivos dos outros, julgamentos morais e éticos, (resolução de problemas).
Deficiência mental moderada deverá ser também dada uma ênfase especial aos comportamentos adaptativos, nomeadamente:
                - Cuidados Pessoais:
Como se alimentar: saber comer e beber de várias formas e em várias situações utilizando os comportamentos adequados a cada uma destas;
Vestir-se, despir-se e cuidar do seu vestuário;
Aplicar os cuidados básicos de higiene.
                - Motricidade:
Controlar a postura em várias situações: sentado, em pé;
Coordenar movimentos finos: Desfolhar livros, enroscar e desenroscar tampas de frascos, riscar ou escrever com um lápis, rodar manípulos de portas;
Coordenar movimentos amplos: correr, atirar uma bola, trepar, saltar;
- Comunicação:
                Utilizar as formas mais adequadas para:
                Fazer e responder a pedidos;
                Expressar necessidades e desejos;
                Fazer e responder a perguntas;
                Narrar experiências do dia-a-dia;
                               -Aspectos Acadêmicos:
                Sempre numa perspectiva funcional:
                Ler e escrever o nome, a morada, o telefone;
                Utilizar o telefone;
                Ler informações das paragens de autocarro, comboio;
                Ver as horas;
                Fazer trocos;
                               - Aspectos sociais:
                Manter comportamentos adequados em várias situações;
                Relacionar-se com os outros, da sua idade e mais velhos;
                Ser capaz de esperar a sua vez em várias situações;
                Seguir regras em jogos;
Para os alunos mais velhos há que atender ainda aos cuidados a ter:
- No emprego:  Chegar a horas, comportamentos adequados enquanto está a trabalhar e a aspectos específicos do emprego;
- Tarefas domésticas;
- Comportamentos na comunidade: Saber utilizar transportes públicos;
Comportamentos socialmente aceitáveis em áreas de lazer, cinemas, teatros, jardins;
- Saúde;
- Sexualidade.

                Relativamente aos alunos com deficiência mental profunda, que necessitam apoios mais intensivos, devem ser desenvolvidos os comportamentos básicos de forma a que a criança responda a diferentes estímulos, pessoas, objetos. Deve-se ensinar a prestar atenção, a orientar o corpo e focar o olhar. Aqui o desenvolvimento da motricidade desempenha um papel fundamental atendendo às freqüentes dificuldades nesta área que estes alunos apresentam, assim como pela importância de que se reveste, seja na locomoção, comunicação ou mesmo na sua vertente lúdica. Outra área de grande importância é a da estimulação sensorial, táctil, visual e auditiva pelo fato de mesmo nos casos de alunos com problemáticas mais profundas permitir uma interação mais positiva entre a criança e o mundo em seu redor (Vieira et al, 1996).
AUTISMO
                Indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características abaixo listadas. Estes sintomas tem âmbito do brando ao severo em intensidade de sintoma. Além disso, o comportamento habitualmente ocorre através de muito diferentes diferentes situações e é consistentemente inapropriado para sua idade.
                Dificuldade de relacionamento com outras crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contato visual; aparente insensibilidade à dor; preferência pela solidão; modos arredios; rotação de objetos; inapropriada fixação em objetos; perceptível hiperatividade ou extrema inatividade; ausência de resposta aos métodos normais de ensino; insistência em repetição; resistÊncia à mudança de rotina; não tem real medo do perigo; procedimento com poses bizarras; ecolalia; recusa colo ou afagos; age como se estivesse surdo; dificuldade em expressar necessidades; usa gesticular e apontar no lugar de palavras; acessos de raiva; irregular habilidade motora.
SÍNDROME DE DOWN
Trata-se de um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras, como das funções mentais. É um dos acidentes cromossômicos mais comuns. Freqüência mais ou menos elevada (1 em cada 700). A chance é de um em mil vezes se a mãe tem idade acima de 30 anos e 1 em 100 vezes acima de 40 anos.
                CARACTERÍSTICAS:
                               Atraso mental; retardo motor com apatia e indiferença;
Fronte baixa, nariz pequeno, cavidade oral pequena (língua protrusa e respiração oral); dentes mal-implantados;
                               Arco plantar não existe;
                               Musculatura hipotônica na infância e articulações frouxas;
                               Nas meninas podem ocorrer menstruação, mas a gravidez é rara;
                               Cardiopatia; problemas pulmonares; colesterol alto;
                               Estatura curta, braços curtos, pés e mãos largos;
Olhos epicantais e amendoados, estrabismo é freqüente, miopia;
Parte posterior do crânio achatada, pescoço curto 

PONTOS FORTES E FRACOS DA SÍNDROME:
Funcionamento motor abaixo das outras condições de RM
Boa performance em natação e ginástica
Grande dificuldade em basquetebol e voleibol
Ótimo em ritmo 
 
HIPOTONIA PROBLEMAS ESQUELÉTICOS
Lordose, cifose, quadris deslocados, peito em forma de pombo, instabilidade atlantoaxial (1ª e 2ª vértebras cervicais), passo arrastado.
EVENTOS MOTORES EM ATRASO: postura em pé, andar, arremessar, alcançar, agarrar e manipular.

SD é amigável, solidário, responsável e cooperativo, muito teimoso à medida que entra na adolescência e fase adulta.
 Área dos distúrbios sensoriais

DEFICIENTES VISUAIS
O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). Segundo a OMS (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa.
Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
                Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.
 DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A D. A foi definida por TELFORD e SAWREY (1984, p.396) como “o grau de perda de audição medido audiometricamente em termos decibéis (db). A perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido na gama da freqüência da fala”.
                A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, MEC/SEESP, 1994, p.13) define a deficiência auditiva como “a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido”.
 TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
O diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da avaliação médica e audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à existência de uma alteração auditiva em crianças muito pequenas é feita pela própria família a partir da observação da ausência de reações a sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e, um pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico também poderá ser originada a partir dos programas de prevenção das deficiências auditivas na infância como o registro de fatores de risco e triagens auditivas.
                O profissional de saúde procurado em primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual encaminhará a criança ao otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento auditivo e procederá o exame físico das estruturas do ouvido, nariz e das diferentes partes da faringe. O passo seguinte é o encaminhamento para a avaliação audiológica.
                No caso de adultos, em geral a queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no caso de trabalhadores expostos a situações de risco para audição o encaminhamento poderá advir de programas de conservação de audição.
Área neuromuscular e óssea

DEFICIENTES FÍSICOS
                Entende-se por deficiência física uma variedade bastante ampla de condições orgânicas que, de alguma forma, alteram o funcionamento normal do aparelho locomotor, comprometendo assim a movimentação e a deambulação do indivíduo. Devemos considerar que as alterações podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular e nervoso.
          CAUSAS:
                Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
                Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
                Lesão medular: por ferimento por arma de fogo ou arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
                Amputações: causas vasculares, metabólicas; traumas; malformações congênitas e outras.
                Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.
                Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
 PARA FAZER A IDENTIFICAÇÃO :
Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê (não firmar a cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado).
                Atenção para perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da sensibilidade para membros superiores ou membros inferiores.
                Identificação de erros inatos do metabolismo.
                Identificação de doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas.
                Controle de gestação de alto-risco.
                A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado favorecem a prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de incapacidade.
DEFICIENTES DA FALA
Caracterizada por “distúrbio articulatório orgânico ou funcional, que segundo ocorre quando “a maneira de falar interfere com a comunicação, quando a maneira da pessoa falar distrai a atenção do que ela diz, ou quando a fala é tal que a própria pessoa sente excessivamente tímida ou apreensiva sobre o seu modo de falar”
                               TELFORD E SAWREY (1976, p. 469)
PARALISIA CEREBRAL
É uma lesão de alguma(S) parte(s) do cérebro.
Acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
                Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas ,alterando o tônus muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar movimentos involuntários , alterações do equilíbrio, do caminhar , da fala, da visão , da audição , da expressão facial . em casos mais graves pode haver comprometimento mental.
Principais causas antes do nascimento:
- Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
- Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez;
- Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
- Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis, toxoplasmose);
- Mãe portadora de diabetes;
- Pressão alta da gestante.
Principais causas durante o parto :- falta de oxigênio ao nascer(o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do Cérebro ).
- lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal );
- trabalho de parto demorado;
- Mau uso do Fórceps , manobras obstétricas violentas;
- os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos ) tem mais chances de apresentar paralisia cerebral.
Principais causas depois do nascimento :- Febre prolongada e muito alta ;
- desidratação com perda significativa de líquidos ;
- Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
- ferimento ou traumatismo na cabeça;
- Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
- Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
- Sarampo ;
- Traumatismo crânio-encefálico ate os três anos de idade
 Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas

PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
A Política Nacional de Educação Especial considera portadores de condutas típicas, aqueles que apresentam manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
 DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
Indivíduos com distúrbios emocionais são aqueles cujas reações às situações de visa são, pessoalmente tão insatisfatórias e inapropriadas que não podem ser aceitas pelos outros.
DESAJUSTES SOCIAIS
Indivíduos com desajustes sociais são aqueles que apresentam um padrão crônicos de repetidas violências e desrespeitos à autoridade e, persistentemente, se recusam a aceitar os padrões mínimos de conduta requeridos pela sociedade.
Os desajustados sociais ou emocionais, são aqueles que apresentam uma dificuldade de interpretar as regras sociais e uma incapacidade ou recusa a se adaptar a uma situação ambiental em particular.

                MARQUES (1992, p. 15) os define como excepcionais psicossociais, “aqueles que apresentam sérios problemas de comportamento”
                                               FLEMING (1978, p. 197)
          DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
A deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/ visual/ auditiva/ física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa. As principais necessidades educativas serão priorizadas e desenvolvidas através das habilidades básicas, nos aspectos social, de auto-ajuda e de comunicação.
                                                                                                                                                             (BRASIL/MEC/SEESP, 1994, p. 13)





BENEFÍCIOS DAS FRUTAS E LEGUMES PARA A NOSSA SAÚDE

Nos alimentarmos de forma correta traz incontáveis benefícios para nossa saúde e o bem-estar. Veja na sequência uma lista mais de 58 frutas e legumes, que pode ser consumidos natural ou em forma de sucos, conheça as suas respectivas propriedades terapêuticas.
abacate

Abacate:

Rico em: vitaminas B, E, potássio e gordura monoinsaturada.
Vantagens: reumatismo, bronquite, cálculos renais, diarreia, dor de cabeça , eczema, pela seca, parasitas intestinais, colesterol, úlcera gástrica e duodenal, tosse, rouquidão e artrite. Alem de saciar a fome, estimula a cicatrização. Por ser rico em vitamina E, é bom para pessoas com doenças cardiovasculares. Pois a vitamina E reforça também o sistema imunitário.

que abacaxi!

Abacaxi:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, cálcio, potássio e bromelaína. É indicado na má digestão, aparelho urinário, pressão arterial, artrite, bronquite, tosse e obesidade. A bromelina  é uma enzima presente no abacaxi que ajuda na digestão, e ainda pode ser eficaz para dissolver coágulo sanguíneos.
Acerolas
Acerola: 
Uma fruta ria em vitaminas A, do complexo B, C, ferro e cálcio. Otimo nos sintomas de resfriado , gripe e anemia.
lunch time
Agrião:
É fonte de vitamina C e ferro, iodo e betacoroteno. Ele atua diretamente no sistema digestivo, circulatório e respiratório. Ideal para quem fuma, pois age como antídoto aos efeitos tóxico do tabaco. Também pode ajudar no tratamento do câncer do pulmão, cãibras e cegueira.
alface1
Alface:
Rica em: potássio, cálcio, fosforo, ferro e vitamina A, C e niacina. A alface age como sedativo, calmante, analgésico, cicatrizante, depurativo e desintoxicante. Auxilia no tratamento contra insónia e perturbações gerais do sistema nervoso, dores de cabeça cronicas e tosse, para além disso pode ajudar o organismo e combater o câncer.
aipo
Aipo:
Rico em: cálcio, potássio, e vitaminas A e  C , suas propriedades dietéticas e ao mesmo tempo hidratante, ainda auxilia na eliminação dos gases intestinais e na eliminação das toxinas, na eliminar do acido úrico do aparelho digestivo. Útil para quem sofre de gota e infecções urinarias. Pode ajuda a reduzir inflamações e artrite.

mais alho

Alho:

Rico em: potássio, magnésio, cálcio. Tem propriedades: Anti-virais, antibiótico, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-asmática, Anti-oxidante, Anti-cancerígeno, colesterol alto, tensão arterial elevada, asma, bronquite, gripe, e tem uma eficácia nos tratamento de câncer de mama e próstata.
alperce
Alperce: 
Rico em: betacaroteno, fibra, magnésio, fósforo, cálcio, flavonóides, ferro, zinco e ainda vitaminas do complexo B e C. É um excelente antioxidante, e fortalece o sistema imunológico.

alcachofra
Alcachofra:

Rica em: fosforo, magnésio,  potássio, sódio, acido folico, as vitaminas B3, C e K. É excelente para purificar o fígado, diurético, auxilia nas dietas de emagrecimento, reduz os níveis de colesterol no sangue.

ameixa
Ameixa:
Rica em: potássio, fosforo, sódio, magnésio, cálcio, betacaroteno, fibras e vitaminas C e E. O suco é um poderoso antioxidante, estimula o sistema imunitário e é útil para combater o envelhecimento, rouquidão, gripe, tosse, problemas digestivos, gastrite e cólicas.
cur_aspargo
Aspargo:
Contem: vitaminas A, C, cálcio e ferro. É indicado para quem tem eczema, doenças de pele, acne, e afecções de rins. Por ser pobre em calorias e hidrato de carbono, é bom para pessoas que precisam manter e perder peso.
azeitonas
Azeitona:
Rica em: vitaminas A, B1, D e E. Indicado nas doenças de pele, como eczema, acne, psoríases, sardas, envelhecimento da pele, problemas digestivo, e falta de apetite sexual.

banana1
Banana:

Rica em: potássio, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, betacaroteno, ácido fólico, vitamina C, e do complexo B. Indicado para pessoas que pratica esporte, quem sofre de depressões, anemia, pois estimula a produção de hemoglobinas, pressão arterial, nervos e ulceras.

batatas1
Batatas:

Rica em: cálcio, potássio, fibras, carotenos e vitamina C. Ajuda no tratamento de câncer, dores de estômago e enfermidades do intestino, evita a formação de coágulo sanguíneo e reduzir o risco de doença cardíaca. E a batata doce  ajuda proteger contra o câncer.

beterrabas2
Beterraba:
Rica em: açúcar, proteínas, fibras, vitaminas A, do complexo B, vitamina C, sais minerais como: ferro, zinco, sódio, potássio e magnésio. É muito bom para combater anemia, perda excessiva de líquidos, e problemas de fígado e prisão de ventre.
brocoliss1
Brócolos (brocolis) 
Rico em: vitaminas A, C.Sais minerais: potássio, cálcio, ferro, selênio,  cromo e tambem fibras. Este vegetal tem propriedades antioxidante, e anticancerígenas, age contra o câncer de próstata, pulmão, cólon e mama e ainda ajuda a reduzir o colesterol.

cerejas

Cereja: 

Rica em: vitamina C, acido fólico, betacaroteno, cálcio, potássio, magnésio, fosforo e flavonódes. É um fruto poderoso antioxidante e ajuda fortalecer o sistema imunitário. Muito bom para tratamento de gota, acne, insónia, reumatismo e inflamação da garganta.

caju

Caju:

Rico em: vitaminas do complexo B, vitamina C e ferro. É indicado para caso de febre, impotência sexual, diabetes, bronquite, gripe e tosse e ainda ajuda proteger o sistema imunológico.

cenoura

Cenoura:

Rica em: Vitaminas, A, C, E, fibras, betacoroteno potássio, ferro, cálcio, e zinco.  Tem propriedades dietética, alivia azia, é benéfica para o estômago e o aparelho digestivo. É indispensável para gestante, pois melhora e aumenta a produção do volume sanguíneo  e também a produção do leite. Alguns estudos revela que a cenoura pode proteger contra o câncer da boca.

cebolas
Cebola:

Rica em: vitaminas C e do complexo B, potássio, fosforo, ferro e cálcio. É indicada para enfermidades do estômago, intestino, reumatismo, arteriosclerose , parasitas, resfriados, gripes, tosse, bronquite, asma, ajuda depurar o sangue e o fígado.

couves

Couve:

Rica em: Vitamina C, ferro, cálcio, fosforo, betacaroteno e fibras. Por ser rica em fibras é um otimo laxante, também para dores reumáticas, úlceras gástricas, combate artrite e cálculos renais. Pode ainda ajudar a prevenir e tratar o câncer de mama e doenças cardíacas.

couve-de-bruxelas
Couve-de-bruxelas.

Rica em: vitamina C, folatos, potássio e betacaroteno. Possui grande concentração de folatos, necessário para a produção dos glóbulos brancos.

couve-galega
Couve-galega.

Rica em: vitamina C, ferro, cálcio, caroteno e fibras. Por ser pobre em gordura e baixo teor calórico, é indicado para quem quer emagrecer. Também estimula o sistema imunitário.

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Couve-flor:

Rica em: Vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fosforo, e fonte de folato. Suas folhas é muito eficaz no combate as anemias, falta de apetite e também a prisão de ventre.

chicoria
Chicória:

Rica em: vitaminas A, complexo, B, C e D, potássio, betacaroteno e folatos. É indicado na prevenção da osteoporose, anemia. Por ser de baixo valor calórico, é otimo para dietas de emagrecimento.

coentros
Coentros:

Rico em: vitaminas A, B1, B3, B6, vitamina C, cobre, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, selénio e flavonódes. É um tónico para o estômago e o coração.

coco

Coco:

Rico em: vitaminas A, do complexo B (B1, B2, B5), vitamina C, e sais minerais como, potássio, cálcio, fosforo, magnésio, sódio, e cloro, também é rico em fibras, proteínas, carboidrato e gorduras. São vários benefícios que agua de coco nos proporciona, ajuda a reduzir colesterol, reduz a pressão arterial, desidratação, diarreia, trata ulcera estomacal, depura o sangue, preveni e auxilia no tratamento da artrite, estado febril, hidrata a pele e acima de tudo evita vómitos e náuseas na gravidez.

damasco
Damasco:

Rico em: vitaminas A, B1, B2, B3, C, fosforo, ferro e potássio. É indicado nos casos, afecções do fígado, problemas de visão, nicotina e câncer.

dente-de-leaos1
Dente-de-leão:

Rico em: ferro e cobre. Usado nos casos de diabetes, hemorróidas, gota, artrite, ajuda aliviar a retenção de líquidos e reduz a hipertensão arterial.

ervilhas
Ervilhas:

Rico em: vitaminas A, C, fosforo, cálcio, ferro, e potássio. São vários benefícios que a ervilhas traz a nossa saúde, combate a dores de estômago, intestino, laxante e coágulo no sangue.

espinafre
Espinafre:

Rico em: vitaminas A do complexo B, possui minerais como, ferro, fosforo, cálcio, folatos e betacoroteno. O espinafre é recomendado para pessoas anémicas, desnutridas, também é um bom para combater a pressão arterial, cálculos renais, artrite, diarreias, acima de tudo ajuda a desintoxicar o organismo.

framboesa1
Framboesa:

Rica em: vitaminas A, B1, B5, C, ferro, cálcio, fosforo, magnésio e potássio. A framboesa é utilizada no tratamento de inflamação, na garganta, gengivas, prisão de ventre, hemorróidas, reumatismo, doenças dos rins, fígado.

figo
Figo:

Rico em: fosforo, cálcio, potássio e magnésio. É indicado para dores de garganta, gripe, tosse, bronquites, cálculos, ulceras gástricas e duodenal, diarreia, insónia e queimaduras do sol.

kiwi
Kiwi:

Rico em: vitaminas A, C, cálcio, ferro, carboidratos e fibras. É indicado no casos de problemas digestivos, prisão de ventre, arteriosclerose, artrite, reumatismo, resfriado, gripe.

goiaba2

Goiaba:

Rico em: vitaminas A, B1, C, fosforo, ferro, cálcio, zinco e fibras. A goiaba é uma fruta de grande beneficio para o nosso organismo, auxilia no combate as infecções, reduz o nível do colesterol, tosse, diarreia, hemorragias e ajuda no emagrecimento.

groselha
Groselha:

Rica em: vitaminas  B, C, E, cobre, ferro, fosforo, potássio e magnésio. É um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, e fortalece o sistema imunológico.

gengibre
Gengibre:

Rico em: selenio e zinco. É muito utilizado em caso de resfriados, dores de garganta, gripe, tosse e também auxilia no caso de emagrecimento.

hortela
Hortelã:

Rico em: magnésio, cálcio, ferro e folatos. É muito útil para a digestão, refresca o hálito, tremores nervoso, vómitos, cólicas, catarro brônquios e auxilia a expectoração.

laranja
Laranja:

Rica principalmente em vitamina C, potássio, caroteno. Ajuda a combater resfriados, gripe, diminui o colesterol, ainda tem propriedades anticancerigenas.

limao
Limão:

Rico em: vitamina C, potássio, cálcio. Eficaz nos tratamento resfriados, gripe, infecções por parasitas, melhor a circulação sanguínea, e muito bom para o sistema nervoso.

maca
Maçã:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, E, magnésio, cálcio, fosforo, potássio, cobre e zinco, e ainda peticina. É eficaz nos tratamento da obesidade, problema intestinal, digestivo, fígado, colesterol, cálculos, reumatismo, arteriosclerose, artrite, febre, resfriado, cistite e fortalece o sistema imunitário. Sua casca possui nutrientes, antioxidante e substancia que evitam a proliferação de células cancerígenas, incluindo as células do cólon, da mama e do fígado.

mamao
Mamão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, ferro, cálcio, fosforo e potássio. Este fruto possui uma enzima chamada papaína, que auxilia na digestão, fígado, prisão de ventre, gripe, hérnias, desidratação. Além de proteger o organismo contra o câncer.

manga
Manga:

Rico em: vitaminas C, do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, ferro, fosforo, potássio, fibras e caroteno. São vários os benefícios que a manga traz para nossa saúde, auxilia no combate acidez, doença do estômago, problemas cardíacos, diurético e ainda ajuda controlar a tensão arterial, a tratar anemia e fortalece o sistema imunitário.

morango
Morango:

Rico em: vitaminas B5, vitamina C, ferro, potássio e fibras. O morango é muito bom para dietas de emagrecimento, ajuda prevenir o câncer, e algumas doenças cardíacas, e a reduzir o nível do colesterol, males dos rins, anemias, fadigas e doenças da pele.

melancia

Melancia:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, potássio, fosforo e betacaroteno. Ajuda amenizar os sinais de envelhecimento, previne contra o câncer, auxilia na eliminação de acido úrico, além de limpar o estômago, intestino e obesidade.

melao
Melão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C, cálcio, magnésio, potássio,  fosforo e betacaroteno. Ajuda na desintoxicação alimentar, males dos rins, é um hidratante, também auxilia contra a obesidade, o seu suco é otimo na menopausa.

nabo
Nabo:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, cálcio,  ferro, fibras e betacaroteno. Por ser rico em fibras é eficaz no tratamento intestinal, reduz o colesterol, diabetes, cálculos, obesidade e ajuda preveni contra o câncer .

pepinos
Pepino:

Rico em: ferro, enxofre, potássio, fosforo e betacaroteno. O pepino é diurético, e ajuda a eliminar o excesso acido úrico, é muito bom para a pele e o envelhecimento.

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Pêra:

Rica em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C. silício, ferro, magnésio, enxofre, cálcio, potássio e fibras. A pêra é indicada para diabéticos, e para quem faz dieta para emagrecer, prisão de ventre, inflamação do intestino, bexiga,aparelho urinário, indigestão, complicações pulmonares, tratamento da próstata, febre, enjoo e má circulação.

pessegos
Pêssego:

Rico em: vitaminas A, C, D, iodo, magnésio, ferro, cobre, fosforo, cálcio, fibras, caroteno e flavonóides. Pelo os nutrientes que possui, beneficia o intestino, aparelho digestivo, sistema nervoso, reduz o colesterol, reumatismo, reduz a hipertensão arterial, e ainda pode contribui para proteger contra o câncer e doença cardíaca.

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Rabanete:

Rico em: vitaminas B2, C, cálcio, fosforo, ferro e potássio. o rabanete tem varias vantagens para nossa saúde, estimula a digestão, purifica o sangue, os rins, bexiga, reumatismo, artrite, alivia a congestão nasal, bronquite, resfriado, inflamações interna, erupções da pele, previne a formação de coágulos  e contribui para a diminuir o risco de câncer do pulmão e estômago.

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Repolho:

Rico em: vitaminas A, C, potássio, cálcio, e fosforo. O repolho ajuda a purificar o sangue, estimula a digestão, age contra o envelhecimento precoce, auxilia na queima de gordura, diabetes, colesterol, ulceras e canceres.

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Romã:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, ferro e  cálcio. A romã é otimo para visão, pele, auxilia na má circulação, também ajuda na eliminação de líquidos, e é capaz de afastar doenças cardíacas e tumores.

salsas
Salsa:

Rico em: vitaminas A, C. A salsa é anticancerígena, alivia dores de estômago e ajuda na eliminação de gases, é diurético, elimina o excesso de líquidos, da celulite, inflamações da vias urinarias, cálculos renais, melhora os distúrbios menstruais, refresca o hálito e fortalece estrutura do colagénio da pele.

toranja
Toranja:

Rica em: vitamina C, potássio, cálcio folatos e caroteno. A toranja é muito bom para a visão, evitando a formação de cataratas, facilita a digestão, ainda é recomendado para a proteção contra o câncer do cólon e do estômago.

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Tomate:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, ferro, magnésio, potássio, fibras, licopeno, betacaroteno. São varias vantagens do tomate que nos traz para nossa saúde. Podemos citar algumas como: previne contra o câncer, artrites, gota, reumatismos, próstata, cistite, furúnculos, prisão de ventre, problemas estomacal e garganta.

uva
Uva:

Rico em: vitaminas do complexo B, C, potássio e carotenos. A uva é uma fruta saborosa e de grande vantagens para saúde. É indicado nos casos de ácido úrico, colesterol, obesidade, prisão de ventre, bronquite, previne contra o câncer, reduz a hipertensão arterial e alivia as perturbações urinarias.



Observação: Ensinar às crianças o valor de cada alimento os impulsiona, anima a consumi-los com mais vontade, compreendendo os benefícios para o nosso organismo e as consequências positivas para a nossa saúde.

Informações disponíveis em: http://ritasousa.net/conheca-os-beneficios-de-58-frutas-e-legumes-que-traz-a-saude. Acesso em: 25/02/2014.



VOCÊ SABE DO QUE É FEITA A SAPATILHA DE UMA BAILARINA?



Para quem dança já é uma boa curiosidade esse tema. Mas para quem não dança também é muito interessante saber como é feita uma sapatilha de ponta.
O que será que elas têm dentro que faz a ponta ficar tão dura e forte para suportar o peso do corpo e deixar as bailarinas prontas para se equilibrar na pontinha dos pés?
Muitas pessoas acham que o material utilizado é gesso, mas não tem nada a ver o gesso numa sapatilha. Ela é feita com uma espécie de ‘papier maché’, ou seja, camadas de tecido especial embebidos em cola própria para isso, deixando assim a ponta bem durinha e firme.
Além da parte da ponta, o restante da sapatilha é feito em algodão e cetim por fora o que proporciona beleza a bailarina no momento da dança.
Antes de aprendermos mais sobre sapatilhas é bom sabermos que a dança foi feita para todas as idades e o balé em especial pode ser dançado por qualquer pessoa que queiraaprender, mesmo depois de adulta.
Roupas confortáveis devem fazer parte do guarda-roupa da bailarina na hora do treinamento diário. Material em helanca é fundamental (como collants, meias-calças, saias ou shorts e polainas).
Confiram o video feito pelo Dr.José Luis Bastos Melo para um fabricante de sapatilhas e tire suas dúvidas a respeito desse calçado tão lindo que toda mulher sonhou um dia colocar nos pés.

Disponível em: http://www.vocesabia.net/curiosidades/voce-sabe-do-que-e-feita-a-sapatilha-de-uma-bailarina/. Acesso em: 11/08/2014.



POR QUE AS PESSOAS CHORAM QUANDO CORTAM CEBOLAS?


  


O que faz a gente chorar são os gases que a cebola libera na hora em que alguém passa a faca no vegetal. Em contato com a água dos olhos, eles reagem e formam um ácido que irrita o globo ocular. Aí, para se livrar do incômodo, o organismo contra-ataca, produzindo um rio de lágrimas. Para evitar o aguaceiro, vale cortar as cebolas ao lado de um ventilador, evitando que os gases cheguem perto da visão, ou ainda molhá-las para que o ácido se forme antes de chegar aos olhos. Mas com uma mãozinha da ciência, esse martírio pode acabar. Em outubro de 2002, cientistas japoneses descobriram uma enzima na cebola que estaria envolvida na produção do tal gás irritante. O desafio é produzir um vegetal geneticamente modificado, sem essa enzima.


Refogando em lágrimas
Vegetal libera um gás que irrita os olhos e gera o aguaceiro
1. Quando a gente corta a cebola, algumas células do vegetal se rompem e deixam escapar uma série de compostos. Um deles, formado principalmente por enxofre, é que dispara o rio de lágrimas
2. Na atmosfera, esse composto de enxofre vira gás e se espalha pelo ambiente. Quando entra em contato com a água dos olhos, ele forma uma espécie de ácido sulfúrico (H2SO4), um gás que irrita os olhos
3. Para se livrar do ácido sulfúrico, o organismo reage. As glândulas lacrimais são estimuladas e produzem lágrimas para lavar o globo ocular. No fim da choradeira, o olho está limpo de novo
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-as-pessoas-choram-ao-descascar-cebola. Acesso em: 11/08/2014.
Imagens disponíveis em: https://www.google.com.br/search?q=por+que+choramos+quando+descascamos+cebola&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=kDToU4zmPJHesATxvAI&ved=0CAcQ_AUoAg&biw=1366&bih=643. Acesso em: 11/08/2014.

CIRQUE DU SOLEIL: 
O FANTÁSTICO MUNDO DO CIRCO!!!

Experiências que tocam. De perto e de longe. A magia do circo contagia! Sim, basta olhar para as imagens abaixo e sentir, deixar-se tocar por elas. O circo proporciona sensações, sentimentos únicos, maravilhosos!! Até olhando uma simples fotografia conseguimos experimentar essa delícia! Venha, experimente você também um pouco do Cirque Du Soleil... É contagiante, não é mesmo Ariel???














Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=circo+de+soleil&es_sm=93&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=jf_WU4SYOqbIsATowoHwBg&sqi=2&ved=0CCYQsAQ&biw=1366&bih=643. Acesso em: 28/07/2014.


PARTITURA DE PIANO





Quando era criança comecei a tocar piano. As partituras, com seus signos e símbolos, que antes que me eram estranhos aos poucos me foram tornando familiares e conhecidos. Ao mesmo tempo eu ia conhecendo na escola as letras do alfabeto, seus signos e sons. Então, fui percebendo que a função assumida pelas notas musicais eram as mesmas das letras: representar algo. Por meio delas, vi também que era possível também criar coisas como: pautas musicais, melodias, textos e histórias que compusessem livros, etc. Assim, descobri um mundo maravilhoso!!

Imagem disponível em: http://jesinop.blogspot.com.br/2012/01/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html. Acesso em: 24/07/2014.


OS 10 DESENHOS EM QUE OS PERSONAGENS FAZEM MAIS ATIVIDADES FÍSICAS
Departamento de Saúde do Reino Unido, passou cerca de 200 horas assistindo a 20 dos desenhos animados mais populares da televisão, para classificar quais são os que mais os personagens aparecem fazendo algum tipo de atividade física. O resultado é o Top 10 dos seguintes desenhos favoritos da garotada:

Disponível em: http://lista10.org/diversos/os-10-desenhos-em-que-os-personagens-fazem-mais-atividades-fisicas/. Acesso em; 09/07/2014.


SABEDORIA POPULAR

O significado de algumas ervas



Cada erva guarda em si um significado próprio, o seu uso em magia e muito importante, devido aos seus princípios ativos e poderes mágicos, seu uso se da por varias formas, dês de um chazinho de boldo para o estômago ou até aquele raminho que você colheu de sua jardineira para aquela poçãozinha, como todo ser vivo devemos respeita-las, não devemos arranca-la de qualquer forma, pegue só o que irá precisar, peça permissão a fada daquela planta, não use-a pra fins maus isso não é bom, abaixo segue uma tabela com os significados das ervas, e suas finalidades mágicas:

Tipos, propriedades medicinais e uso culinário:


*Açafrão: antioxidante, antiinflamatório, é auxiliar no tratamento da prisão de ventre.

Uso: arroz, sopas, saladas, carnes, pães.


*Alcarávia:digestivo, estimulante.

Uso: pães, batatas, cogumelos, pato, ganso, sopas, recheios e vegetais.


*Aipo ou Salsão: digestivo, indicado para flatulência (gases), diurético.

Uso: sopas, minestrone e salpicão.

*Alecrim: digestivo, antioxidante, estimulante, ativador da circulação sangüínea, antidepressivo e anti-séptico.
Uso: carnes e massas


*Alfavaca ou Manjericão: digestivo, sedativo, tônico, baixa a febre; é auxiliar no tratamento de infecções bacterianas e parasitas intestinais.

Uso: tomates, massas, berinjela, peixes de carne firme.


*Alho: antioxidante e digestivo; melhora a circulação sanguínea e purifica o sangue.

Uso: carnes, aves, molhos em geral e refogados.


*Baunilha: estimulante, afrodisíaca e digestiva.

Uso: perfumar bolos, doces, cremes, mingaus, bebidas e licores.


*Canela: digestiva e antioxidante; ajuda a prevenir osteoporose, a controlar a pressão sanguínea e a aliviar sintomas da menopausa.

Uso: compotas, infusões, marinados, picles e ensopados (em casca) e bolos, pães, biscoitos, mingaus e doces (em pó).


*Cardamomo: antioxidante, estimulante e digestivo.

Uso: pratos indianos, tortas e bolos escandinavos, carne de carneiro e porco, fígado, peixes e sopas, arroz, bolachas, licores, *café, conservas de arenque e saladas de frutas.


*Cebola: antioxidante e digestiva.

Uso: pratos salgados.


*Coentro: antioxidante, digestivo, auxiliar no tratamento da ansiedade, moderador de apetite.

Uso: peixes, frutos do mar, molhos, sopas, carnes, aves, pães.


*Cominho: diurético, auxiliar no tratamento de gases.

Uso: molhos, cremes, peixes, carnes, assados, legumes, ovos, sopas e pães. É essencial no curry.


*Cravo-da-índia: ajuda a aliviar sintomas da menopausa, a proteger contra aterosclerose e diminuir os níveis de colesterol.

Uso: doces, pães, marinados, assados de porco, molhos e chutney.


*Curry: é feito com até 65 tipos de especiarias diferentes. Estimulante e digestivo.

Uso: culinária indiana, arroz.


*Erva doce: combate tontura, náuseas, infecções intestinais e estomacais.

Uso: A base da haste é usada como legume. As folhas podem ser servidas em saladas ou guarnecendo outras preparações.


*Estragão: estimulante de apetite; alivia reumatismo e artrite, regulariza a menstruação, diurético.

Uso: saladas, sopas, assados de forno, peixes, carnes, aves e molhos.


*Gengibre: antioxidante; ajuda a tratar enjôos, combater infecções, prevenir doenças cardiovasculares; é auxiliar no emagrecimento.

Uso: cru como acompanhamento, picles, molhos, doces, bolos, pães, saladas e carnes de porco.


*Hortelã: estimulante, digestiva. No Recife, o pó da folha é usado para combater parasitas intestinais (ameba e giárdia) em crianças.

Uso: chás, sucos, saladas, molhos para carnes e massas, pratos da cozinha do médio oriente.


*Louro: antioxidante, digestivo; estimula o apetite; é auxiliar no tratamento da gripe.

Uso: cozidos, assados, feijões, massas, caldos e carnes.


*Mostarda: antioxidante.

Uso: conservas, pães, assados, picles e marinados (em grão) e carne de porco, embutidos, peixes e maionese (em pó ou pasta).


*Noz moscada: afrodisíaca, é usada para problemas hepáticos.

Uso: doces, molhos e massas. Deve ser ralada somente na hora do uso e necessita de pequena quantidade para dar seu aroma.


*Orégano: digestivo, antioxidante, antibacteriano, antibiótico, analgésico, sedativo; auxiliar no tratamento de gripes, resfriados e cólicas menstruais.

Uso: molhos italianos, de tomate, ensopados, massas, sopas e espetinhos (de carneiro e porco).


*Páprica: estimulantes e digestivas.

Uso: pode ser usada no lugar da pimenta seca.


*Papoula: digestiva.

Uso: bolos, pães, tortas, doces e molhos.


*Pimentas: antioxidantes; purifica o sangue, auxilia na prevenção de doenças do coração, no tratamento da obesidade, nas dores reumáticas (compressas locais).

Uso: pratos salgados.


*Salsinha: favorece o equilíbrio hormonal; é fonte rica em betacaroteno (pré vitamina A) e Vitaminas do Complexo B; alivia os sintomas da bronquite, asma, cólicas menstruais e cistite; é auxiliar no tratamento de cálculos renais e cólicas.

Uso: molhos, patês, saladas, legumes, peixes, omeletes, sopas e guisados.


*Sálvia: digestiva, antioxidante; auxiliar no tratamento de problemas de fígado, suor excessivo, ansiedade, depressão e sintomas da menopausa.

Uso: carne de boi e porco, peixes firmes, ovos, queijos e saladas.


*Tomilho: digestivo, desinfetante, anti-séptico; é expectorante, limpa as vias respiratórias e o intestino.

Uso: sopas, aves, peixes, carnes, saladas, molhos, preparações a base de tomate.
Propriedades mágicas de alguns ingredientes

*Sal fino: Utilizado para limpeza áurica em nível subtil;



*Sal grosso: Utilizado para limpeza áurica em nível denso;



*Azeite: considerada uma substancia com propriedades purificadoras e de atracção de forças espirituais positivas., é tido como um elemento desassociado do pecado, e por isso puro. O azeite consagrado, é normalmente usado em processos de unção.



*Farinha: É considerada uma substancia associada a oblações dirigidas a Deus, e por isso uma substancia santa.



*Orégano: Traz paz e equilíbrio;



*Salsinha: Para protecção e prosperidade;



*Louro: Para promover vitória, protecção e cura;



*Noz moscada: Traz coragem e proteção;



*Manjerona: Traz amor e paz;



*Cominho: Traz paz e felicidade;



*Coentro: Trabalha o amor e a sensualidade;



*Canela: Traz amor, trabalho com o dinheiro e com a consciência psíquica;



*Cebolinha: Ajuda na perda e peso e na proteção;



*Erva doce: Resgata a força física, ajuda na perda de peso e na protecção;



*Cravo da índia: Traz amor, dinheiro e proteção;



*Gergelim: Traz sensualidade e fertilidade;



*Alecrim: Trabalha a mente consciente, a cura, o amor e a proteção;



*Mostarda: Traz coragem e proteção;



*Aveia: Trabalha com a prosperidade;



*Leite: Realiza a expansão áurica;



*Limão: Realiza a purificação e sentimento de felicidade;



*Vinagre: Traz a purificação e a proteção;



*Vinho (uvas): O vinho é usado nas oferendas a Deuses em dias festivos. O vinho encontra-se ligado á celebração de rituais de fertilidade, sendo por isso uma substancia intimamente ligada a esse aspecto do esoterismo.As uvas, são desde a antiguidades ligadas ao período das colheitas e por isso, ao sentido de renovação e alegria.



*Bicarbonato de Sódio: Para limpeza e expansão áurica;



*Mel: Nas tradições misticas, o mel assume esta função primícia e mística. O mel é indicado para purificação, cuidados com a saúde, amor, sensualidade, felicidade, espiritualidade, sabedoria e perda de peso;



*Milho: Para proteção e espiritualidade;



*Tomate: para cuidados com a saúde, para proteção e dinheiro;



*Alho: Para afastar energias negativas;



*Café: Para resgatar a energia física a mente consciente.

Disponível em: http://ritinhablog.wordpress.com/%E2%99%A5o-significado-magico-de-algumas-ervas/. Acesso em: 26/04/2014.

Observação:  É interessante trabalhar os tipos de ervas e seus usos e significados (culturalmente construídos) com os/as alunos/as, uma vez que muitas delas fazem parte de seu cotidiano, seja através do consumo ou do plantio, seja do uso direto deles/delas (alunos e alunas), seja por seus pais e suas mães, avôs e avós, vizinhos e vizinhas. Um trabalho fecundo seria o da investigação histórica do uso das ervas pela comunidade escolar e pela comunidade do entorno escolar ou pelos próprios familiares dos/as alunos/as, o que pode inclusive configurar um projeto mais amplo de trabalho. As questões da saúde, da escrita e da leitura podem integrar essa prática de investigação histórica, num trabalho multidisciplinar.





As particularidades das escritas silábico-alfabéticas

A evolução da escrita silábico-alfabética para a alfabética é repleta de especificidades. Conhecê-las é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento dos alunos e melhor ajudá-los a avançar


Saber a teoria para ensinar bem. Foto: Danny Yin
Danielle selecionou dois pares de nomes de animais que começam com C e terminam com a mesma letra. Dessa forma, leva o aluno a buscar outro índice gráfico que não só a letra inicial e a final.
Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência.



Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas justapostas", pontua Emilia.



Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de sodae de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emilia, é chamado de alternâncias grafofônicas.



Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:



Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela.

A    P A E    A

á               gua



AM     OA

ma      çã 
Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. 

O   MA    B

to   ma   te



AB    CI

ca    qui 
Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. 

BI    H     D   RO

bri  ga  dei   ro



K   SA

ca  sa
Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani Giannico, em Tremembé, a 135 quilômetros da capital paulista.



Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais.



Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
Os erros mais comuns

- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.



- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.



- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml. Acesso em: 21/07/2014.




10 AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DA 

NATUREZA


10 SIMPLES AÇÕES PARA AJUDAR O PLANETA

(Extraído de folder informativo e complemtado por Enfª Patrícia Trasmontano)




Amar a natureza e contribuir positivamente para o planeta Terra, depende de todos nós! Há muitas ações que podem ser realizadas, como: defender a causa dos animais em extinção, contribuir na redução da miséria e da fome no mundo, compartilhar o amor, ser mais altruísta em relação ao seu próximo, cuidar do meio ambiente, racionalizar o consumo de matérias-primas extraídas da natureza, criar e desenvolver tecnologias que não agridam o meio ambiente... E muito mais. Porém, seguem abaixo algumas dicas de preservação da natureza, afim de que você se sinta mais incentivado de se unir a essa corrente!!! Boa leitura e Prática!!!
  1. Mude a lâmpada: Substituir a lâmpada "quente", por uma lâmpada fluorescente (fria). Poupa aproximadamente 68 kg de carbono por ano;
  2. Dirija menos o carro: Caminhe, ande de bicicleta, compartilhe o carro (caronas) ou use os transportes públicos com mais frequência. Poupará aproximadamente a,5 kg de dióxido de carbono por cada 1,5 km que não conduzir;
  3. Recicle mais: Pode poupar 1000 Kg de dióxido de carbono por ano, reciclando apenas metade do seu desperdício caseiro;
  4. Verifique os pneus do automóvel: Pois mantendo eles devidamente calibrados, pode melhorar o consumo de combustível em mais de 3%. Cada 4 litros de combustível poupado retiram 9 kg de dióxido de carbono da atmosfera;
  5. Use menos a água quente: Aquecer a água consome muita energia. Use menos água quente, instalando um chuveiro de baixa pressão, o que poupará 160 kg de CO2 por ano, e lavar a roupa em água fria ou morna poupa 230 kg de CO2 por ano;
  6. Evite produtos com muita embalagem: Pode poupar até 545 kg  de dióxido de carbono se reduzir o lixo em 10%;
  7. Ajuste o termostato: Apenas 2 graus para baixo no inverno e 2 graus para cima no verão, pode poupar cerca de 900 kg de dióxido de carbono durante a sua vida;
  8. Recicle o lixo: Cada família que adere ao programa de coleta seletiva, reduz em cerca de 1 tonelada por ano a emissão de dióxido de carbono na atmosfera;
  9. Recicle seu telefone celular: Até 80% dos componentes desses aparelhos poder ser reaproveitados. Algumas operadoras de celulares recolhem aparelhos, baterias e acessórios usados de quaisquer marcas;
  10. Plante árvores: Uma única árvore absorve 1 tonelada de dióxido de carbono durante a sua vida.
Façamos a nossa parte, por uma mundo
mais sustentável e saudável de viver!!!

Disponível em: http://gerasaude.blogspot.com.br/2011/11/artigo-10-acoes-de-preservacao-da.html. Acesso em: 20/05/2014.



OPINIÕES SOBRE A

ALFABETIZAÇÃO AOS 6 ANOS

Aos 6 anos, as crianças devem ser alfabetizadas ou só brincar na escola?

Damares Santanna de Paula, Rio Grande, RS


A idéia de que a garotada dessa idade tem só de brincar na escola para quando mais velha ser alfabetizada não coincide com o mundo real, pois já foi comprovado que muitas crianças dessa faixa etária se alfabetizam quando têm muito contato com as práticas de leitura e escrita, inclusive em situações não escolares. Por isso, é importante aproximar os pequenos, desde a Educação Infantil, de livros e de outros tipos de material escrito, além de fazê-los entrar em contato com o próprio nome e o dos amigos a fim de que aprendam a reconhecê-los e escrevê-los. A contação de histórias é outra prática válida para a alfabetização inicial porque influencia positivamente no processo de aquisição da escrita. Nenhuma dessas práticas impede as crianças de brincar e todas contribuem para que já ao fim da Educação Infantil elas estejam imersas na cultura escrita.

Consultoria Silvia Pereira de Carvalho, coordenadora executiva do Instituto Avisa Lá, São Paulo



"SOU CONTRA A ALFABETIZAÇÃO AOS SEIS ANOS DA MANEIRA COMO FOI IMPLANTADA NO BRASIL"

A opinião de de Gilberto Alvarez, o Prof. Giba, Diretor do Cursinho da Poli

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 26, em votação simbólica, o projeto de lei de conversão (PLV) 2/2013, que cria incentivos para a alfabetização de todas as crianças nas escolas públicas até os oito anos de idade, por meio do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Segundo a exposição de motivos assinada pelos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Guido Mantega; e do Planejamento, Miriam Belchior, o objetivo do pacto nacional é proporcionar a todos os estudantes proficiência em língua portuguesa e em matemática até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental da educação básica pública.
“A meta do Governo Federal é alfabetizar todas as crianças brasileiras até os oito anos e erradicar o analfabetismo no Brasil. Sou contra a alfabetização aos seis anos da maneira que foi implantada aqui. A primeira infância vai do zero aos seis anos, e tanto as escolas públicas quanto as particulares não pensaram em preparar um espaço físico para receber essas crianças no primeiro ano. Elas precisam do parque, precisam correr e explorar”, afirma Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.
“Além do espaço não ser apropriado, as professoras do primeiro ano também não estão preparadas para receber um pequeno de seis anos com tantas particularidades da infância”, diz o professor.
“Outros países que adotam a alfabetização aos cinco, pensaram na proposta como um todo e, a grande maioria, tem um olhar construtivista ou sócio construtivista. É só você lembrar do desenho ‘Sid o Cientista’, uma escola americana com crianças de cinco anos, em um espaço adequado e professores preparados. Elas, sem perceber, estão sendo alfabetizadas”, relata Gilberto Alvarez.
A medida prevê a realização de cursos de capacitação para os professores e a distribuição de materiais didáticos específicos de alfabetização dos alunos. Uma emenda aprovada na Câmara fixou o dia 31 de dezembro de 2022, como prazo limite para o cumprimento da meta de alfabetizar as crianças na rede pública até os oito anos de idade. 


QUEM QUER SER UM PROFESSOR?






Lucila Cano


18/10/2013


A Coréia do Sul é sempre lembrada como exemplo de excelência no ensino. Quase toda a população é alfabetizada e mais de 60% dos jovens têm nível universitário. A valorização do professor parece ser o segredo de sucesso do modelo asiático que paga bons salários e que, em contrapartida, exige formação superior em nível de mestrado, a começar por quem leciona em educação básica.
Não podemos, nem devemos comparar o país de cerca de 50 milhões de habitantes e de pouco mais de 99 mil km² com o Brasil. Mas podemos, e devemos, nos inteirar das práticas educacionais que dão certo na Coréia do Sul para, por que não, analisar a sua viabilidade por aqui.
Assim como na Ásia, há boas práticas de ensino em outros países que deveriam ser melhor conhecidas por nós. Na Finlândia, por exemplo, onde todas as escolas são públicas, os professores são selecionados entre os melhores de cada turma de graduados. A atenção ao aluno ultrapassa os limites da sala de aula. Inclui alimentação e cuidados de saúde a cargo de médicos e dentistas.

Bons exemplos

Além daqueles de excelência em infraestrutura, não faltam exemplos de bons métodos de ensino. A Escola da Ponte, em Portugal, exportou para nós uma educação mais humanizada. Derrubou as paredes das salas de aula e um jeito convencional de estudar. O método admirado no Brasil é seguido pela ONG Projeto Âncora, criada há 18 anos e sediada em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. Este ano, a organização está entre as semifinalistas da 10ª edição do Prêmio Itaú-Unicef/Regional São Paulo.
No Ceará, em Eusébio, a Associação Estação da Luz é outro projeto que começou em 2004 como creche, aplicando o programa do indiano Sathya Sai Baba de educação em valores humanos. Hoje, as atividades se estendem a crianças, jovens e até mesmo adultos, através de incentivos à educação, cultura, esporte e profissionalização. Em 2012, com o seu Projeto Educare, a associação foi a vencedora do Prêmio Criança da Fundação Abrinq/Save the Children.
Esses são apenas alguns bons exemplos entre muitos que existem no Brasil, mais por iniciativa de ONGs quase sempre mantidas por empresas e/ou empresários.
Quando o governo federal se compromete a investir mais na educação com os recursos advindos da exploração do pré-sal, tais contribuições deveriam ser vistas com carinho. Educação de qualidade implica altos investimentos. Mas, além do dinheiro, nosso país precisa de uma grande transformação no sistema de ensino.

Vocação para o sacerdócio

Quem quer ser um professor? Todos acham a profissão belíssima, um "verdadeiro sacerdócio", mas fogem dela como nunca antes neste país. Há um déficit anunciado de cerca de 700 mil professores para suprir as demandas do ensino fundamental e do ensino médio.
Sabemos, por notícias recentes, que há escolas fazendo rodízio de aulas por falta de professores de ciências exatas, como química e física. Neste 15 de outubro, professores trocaram a comemoração do seu dia por manifestações em favor de salários mais dignos.
Não são só os salários que estão defasados. O respeito aos professores também. Eles são vítimas de muitas formas de violência, entre elas a falta de oportunidade para estudar mais. Esta é uma profissão em que estudar é preciso, sempre.
O Ministério da Educação procura fazer sua parte, mas parece caminhar em descompasso com a urgência que temos. Em setembro lançou o programa "Quero ser professor, quero ser cientista" que, inicialmente, oferecerá 40 mil bolsas de estudo para despertar a "vocação" de docente entre estudantes do ensino médio da rede pública.
Só se sai bem em qualquer profissão quem gosta do que faz. Ser professor é exercer uma profissão digna, bonita e relevante para o país. Para começar, precisamos trocar o sentido de "vocação" pela valorização de nossos professores. Acredito que, assim, o dinheiro do pré-sal será melhor empregado e nossos estudantes, em todos os níveis, terão condições de se preparar não só para o trabalho, mas para a vida.
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/colunas/lucila-cano/2013/10/18/quem-quer-ser-um-professor.htm. Acesso em: 08/02/2014.


CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

segundo orientação proposta pelo MEC/SEESP (1994)
1. Na área referente às aptidões intelectuais:
                * Superdotados
                * Deficientes Mentais
2. Na área dos distúrbios sensoriais
                * Deficientes visuais
                * Deficientes auditivos
3. Na área neuromuscular e óssea
                * Deficientes físicos
                * Deficientes da fala
                * Paralisia Cerebral
4. Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas
                * Problemas de comportamento
                * Distúrbios emocionais
                * Desajustes sociais
5. Deficiências múltiplas
Área referente às aptidões intelectuais:
                SUPERDOTADOS
Aquelas que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.
                                                                              MEC/SEESP (1994, P. 13)
                Características das crianças talentosas:
                               No domínio da inteligência:
                Vivacidade mental e pensamento linear (boa linguagem e vocabulário rico; senso de humor; curiosidade e interesses variados);
                Profundidade e pensamento não-linear abstrato (boa memória; persistência e compromisso; independência, autonomia e iniciativa).
No domínio da criatividade e do pensamento criador:                Produção superior em artes; distração e desinteresse pelas aulas (mas não são atrasadas); senso crítico (sobre si e os outros); produção de respostas inesperadas e pertinentes.

                               No domínio da capacidade socioafetiva:

                Sensibilidade e bondade; preocupação com o bem-estar alheio; simpatia, amizade, boas relações; liderança, persuasão, capacidade de passar energia e motivação ao grupo.

                               
No domínio das habilidades sensório-motoras:                Desempenho superior em esportes, exercícios físicos, dança e outras formas de expressão rítmica; habilidades manuais e motoras; sentidos muito apurados (acuidade visual e sensibilidade auditiva, tátil, olfativa e gustativa).
 DEFICIENTES MENTAIS
                Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), por deficiência mental entende-se o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sócio-cultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo portador de deficiência mental.
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA MENTAL
                Causas intra-individuais (pré-natais)1-Causas Genéticas: aberrações cromossômicas; alterações gênicas
2-Malformações cerebrais
3-Ambientais: infecções e intoxicações intra-uterinas; exposição a substâncias potencialmente perigosas.

                
Causas PerinataisAnoxia / Prematuridade / Incompatibilidade de fator Rh / Convulsões

                
Causas Pós-nataisInfecções do SNC / Moléstias Desmielinizantes / Traumas cranianos / Subnutrição e privação sócio-econômico-cultural / Intoxicações exógenas / Convulsões / Radiações / etc.
Características das crianças com DM
ÁREA MOTORA:
             Alterações na motricidade fina.
         Em casos com problemáticas mais severas as incapacidades motoras são mais acentuadas, nomeadamente na mobilidade; falta de equilíbrio, dificuldades de locomoção, de coordenação, dificuldades na manipulação.
             As crianças com deficiência mental podem começar a andar um pouco mais tarde, geralmente são de estatura mais baixa e mais susceptível a doenças. Apresenta uma maior incidência de problemas neurológicos, de visão e audição.
ÁREA COGNITIVA:
        As crianças com deficiência mental apresentam dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; em focar a atenção; ao nível da memória, tendem a esquecer mais depressa que os seus colegas sem necessidades educativas especiais; demonstram dificuldades na resolução de problemas e em generalizar para situações novas a informação apreendida, conseguem, no entanto generalizar situações específicas utilizando um conjunto de regras.
ÁREA DA COMUNICAÇÃO: Crianças com deficiência mental apresentam muitas vezes dificuldades. Quer ao nível da fala e sua compreensão, quer no ajustamento social.ÁREA SÓCIO EDUCACIONAL:
 
Dificuldades, na generalização para novas situações, de aquisições e comportamentos anteriormente experimentados, assim como nas interações sociais, pelo que assume capital importância o desenvolvimento desta área para uma real e efetiva inserção na sociedade.
Educação de crianças com Deficiência Mental
                Tendo sempre em mente que todas as aprendizagens têm como objetivo principal a facilitação da vida futura numa perspectiva funcional, ou seja permitir uma inclusão e participação ativa e válida na vida em sociedade visando sempre uma progressiva autonomia do indivíduo, podemos concluir da necessidade de uma significância eminentemente prática destas aprendizagens.
Deficiência mental ligeira não deverá existir uma grande diferença entre os seus currículos e dos outros alunos da classe.
                O efeito provocado nos outros socialmente (entusiasmo, confiança, otimismo, independência, boa postura, boa apresentação, assertividade);
                As Competências sociais (iniciativa para interagir, repostas às interações, comportamentos sociais pessoais, comportamentos específicos de várias situações; escolares, públicas, familiares, no local de trabalho);
                A Cognição social empatia, discriminação e inferência social, compreensão/ entendimento social, compreensão dos motivos dos outros, julgamentos morais e éticos, (resolução de problemas).
Deficiência mental moderada deverá ser também dada uma ênfase especial aos comportamentos adaptativos, nomeadamente:
                - Cuidados Pessoais:
Como se alimentar: saber comer e beber de várias formas e em várias situações utilizando os comportamentos adequados a cada uma destas;
Vestir-se, despir-se e cuidar do seu vestuário;
Aplicar os cuidados básicos de higiene.
                - Motricidade:
Controlar a postura em várias situações: sentado, em pé;
Coordenar movimentos finos: Desfolhar livros, enroscar e desenroscar tampas de frascos, riscar ou escrever com um lápis, rodar manípulos de portas;
Coordenar movimentos amplos: correr, atirar uma bola, trepar, saltar;
- Comunicação:
                Utilizar as formas mais adequadas para:
                Fazer e responder a pedidos;
                Expressar necessidades e desejos;
                Fazer e responder a perguntas;
                Narrar experiências do dia-a-dia;
                               -Aspectos Acadêmicos:
                Sempre numa perspectiva funcional:
                Ler e escrever o nome, a morada, o telefone;
                Utilizar o telefone;
                Ler informações das paragens de autocarro, comboio;
                Ver as horas;
                Fazer trocos;
                               - Aspectos sociais:
                Manter comportamentos adequados em várias situações;
                Relacionar-se com os outros, da sua idade e mais velhos;
                Ser capaz de esperar a sua vez em várias situações;
                Seguir regras em jogos;
Para os alunos mais velhos há que atender ainda aos cuidados a ter:
- No emprego:  Chegar a horas, comportamentos adequados enquanto está a trabalhar e a aspectos específicos do emprego;
- Tarefas domésticas;
- Comportamentos na comunidade: Saber utilizar transportes públicos;
Comportamentos socialmente aceitáveis em áreas de lazer, cinemas, teatros, jardins;
- Saúde;
- Sexualidade.

                Relativamente aos alunos com deficiência mental profunda, que necessitam apoios mais intensivos, devem ser desenvolvidos os comportamentos básicos de forma a que a criança responda a diferentes estímulos, pessoas, objetos. Deve-se ensinar a prestar atenção, a orientar o corpo e focar o olhar. Aqui o desenvolvimento da motricidade desempenha um papel fundamental atendendo às freqüentes dificuldades nesta área que estes alunos apresentam, assim como pela importância de que se reveste, seja na locomoção, comunicação ou mesmo na sua vertente lúdica. Outra área de grande importância é a da estimulação sensorial, táctil, visual e auditiva pelo fato de mesmo nos casos de alunos com problemáticas mais profundas permitir uma interação mais positiva entre a criança e o mundo em seu redor (Vieira et al, 1996).
AUTISMO
                Indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características abaixo listadas. Estes sintomas tem âmbito do brando ao severo em intensidade de sintoma. Além disso, o comportamento habitualmente ocorre através de muito diferentes diferentes situações e é consistentemente inapropriado para sua idade.
                Dificuldade de relacionamento com outras crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contato visual; aparente insensibilidade à dor; preferência pela solidão; modos arredios; rotação de objetos; inapropriada fixação em objetos; perceptível hiperatividade ou extrema inatividade; ausência de resposta aos métodos normais de ensino; insistência em repetição; resistÊncia à mudança de rotina; não tem real medo do perigo; procedimento com poses bizarras; ecolalia; recusa colo ou afagos; age como se estivesse surdo; dificuldade em expressar necessidades; usa gesticular e apontar no lugar de palavras; acessos de raiva; irregular habilidade motora.
SÍNDROME DE DOWN
Trata-se de um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras, como das funções mentais. É um dos acidentes cromossômicos mais comuns. Freqüência mais ou menos elevada (1 em cada 700). A chance é de um em mil vezes se a mãe tem idade acima de 30 anos e 1 em 100 vezes acima de 40 anos.
                CARACTERÍSTICAS:
                               Atraso mental; retardo motor com apatia e indiferença;
Fronte baixa, nariz pequeno, cavidade oral pequena (língua protrusa e respiração oral); dentes mal-implantados;
                               Arco plantar não existe;
                               Musculatura hipotônica na infância e articulações frouxas;
                               Nas meninas podem ocorrer menstruação, mas a gravidez é rara;
                               Cardiopatia; problemas pulmonares; colesterol alto;
                               Estatura curta, braços curtos, pés e mãos largos;
Olhos epicantais e amendoados, estrabismo é freqüente, miopia;
Parte posterior do crânio achatada, pescoço curto 

PONTOS FORTES E FRACOS DA SÍNDROME:
Funcionamento motor abaixo das outras condições de RM
Boa performance em natação e ginástica
Grande dificuldade em basquetebol e voleibol
Ótimo em ritmo 
 
HIPOTONIA PROBLEMAS ESQUELÉTICOS
Lordose, cifose, quadris deslocados, peito em forma de pombo, instabilidade atlantoaxial (1ª e 2ª vértebras cervicais), passo arrastado.
EVENTOS MOTORES EM ATRASO: postura em pé, andar, arremessar, alcançar, agarrar e manipular.

SD é amigável, solidário, responsável e cooperativo, muito teimoso à medida que entra na adolescência e fase adulta.
 Área dos distúrbios sensoriais

DEFICIENTES VISUAIS
O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). Segundo a OMS (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa.
Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
                Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.
 DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A D. A foi definida por TELFORD e SAWREY (1984, p.396) como “o grau de perda de audição medido audiometricamente em termos decibéis (db). A perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido na gama da freqüência da fala”.
                A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, MEC/SEESP, 1994, p.13) define a deficiência auditiva como “a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido”.
 TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
O diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da avaliação médica e audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à existência de uma alteração auditiva em crianças muito pequenas é feita pela própria família a partir da observação da ausência de reações a sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e, um pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico também poderá ser originada a partir dos programas de prevenção das deficiências auditivas na infância como o registro de fatores de risco e triagens auditivas.
                O profissional de saúde procurado em primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual encaminhará a criança ao otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento auditivo e procederá o exame físico das estruturas do ouvido, nariz e das diferentes partes da faringe. O passo seguinte é o encaminhamento para a avaliação audiológica.
                No caso de adultos, em geral a queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no caso de trabalhadores expostos a situações de risco para audição o encaminhamento poderá advir de programas de conservação de audição.
Área neuromuscular e óssea

DEFICIENTES FÍSICOS
                Entende-se por deficiência física uma variedade bastante ampla de condições orgânicas que, de alguma forma, alteram o funcionamento normal do aparelho locomotor, comprometendo assim a movimentação e a deambulação do indivíduo. Devemos considerar que as alterações podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular e nervoso.
          CAUSAS:
                Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
                Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
                Lesão medular: por ferimento por arma de fogo ou arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
                Amputações: causas vasculares, metabólicas; traumas; malformações congênitas e outras.
                Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.
                Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
 PARA FAZER A IDENTIFICAÇÃO :
Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê (não firmar a cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado).
                Atenção para perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da sensibilidade para membros superiores ou membros inferiores.
                Identificação de erros inatos do metabolismo.
                Identificação de doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas.
                Controle de gestação de alto-risco.
                A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado favorecem a prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de incapacidade.
DEFICIENTES DA FALA
Caracterizada por “distúrbio articulatório orgânico ou funcional, que segundo ocorre quando “a maneira de falar interfere com a comunicação, quando a maneira da pessoa falar distrai a atenção do que ela diz, ou quando a fala é tal que a própria pessoa sente excessivamente tímida ou apreensiva sobre o seu modo de falar”
                               TELFORD E SAWREY (1976, p. 469)
PARALISIA CEREBRAL
É uma lesão de alguma(S) parte(s) do cérebro.
Acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
                Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas ,alterando o tônus muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar movimentos involuntários , alterações do equilíbrio, do caminhar , da fala, da visão , da audição , da expressão facial . em casos mais graves pode haver comprometimento mental.
Principais causas antes do nascimento:
- Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
- Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez;
- Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
- Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis, toxoplasmose);
- Mãe portadora de diabetes;
- Pressão alta da gestante.
Principais causas durante o parto :- falta de oxigênio ao nascer(o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do Cérebro ).
- lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal );
- trabalho de parto demorado;
- Mau uso do Fórceps , manobras obstétricas violentas;
- os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos ) tem mais chances de apresentar paralisia cerebral.
Principais causas depois do nascimento :- Febre prolongada e muito alta ;
- desidratação com perda significativa de líquidos ;
- Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
- ferimento ou traumatismo na cabeça;
- Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
- Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
- Sarampo ;
- Traumatismo crânio-encefálico ate os três anos de idade
 Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas

PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
A Política Nacional de Educação Especial considera portadores de condutas típicas, aqueles que apresentam manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
 DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
Indivíduos com distúrbios emocionais são aqueles cujas reações às situações de visa são, pessoalmente tão insatisfatórias e inapropriadas que não podem ser aceitas pelos outros.
DESAJUSTES SOCIAIS
Indivíduos com desajustes sociais são aqueles que apresentam um padrão crônicos de repetidas violências e desrespeitos à autoridade e, persistentemente, se recusam a aceitar os padrões mínimos de conduta requeridos pela sociedade.
Os desajustados sociais ou emocionais, são aqueles que apresentam uma dificuldade de interpretar as regras sociais e uma incapacidade ou recusa a se adaptar a uma situação ambiental em particular.

                MARQUES (1992, p. 15) os define como excepcionais psicossociais, “aqueles que apresentam sérios problemas de comportamento”
                                               FLEMING (1978, p. 197)
          DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
A deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/ visual/ auditiva/ física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa. As principais necessidades educativas serão priorizadas e desenvolvidas através das habilidades básicas, nos aspectos social, de auto-ajuda e de comunicação.
                                                                                                                                                             (BRASIL/MEC/SEESP, 1994, p. 13)





BENEFÍCIOS DAS FRUTAS E LEGUMES PARA A NOSSA SAÚDE

Nos alimentarmos de forma correta traz incontáveis benefícios para nossa saúde e o bem-estar. Veja na sequência uma lista mais de 58 frutas e legumes, que pode ser consumidos natural ou em forma de sucos, conheça as suas respectivas propriedades terapêuticas.
abacate

Abacate:

Rico em: vitaminas B, E, potássio e gordura monoinsaturada.
Vantagens: reumatismo, bronquite, cálculos renais, diarreia, dor de cabeça , eczema, pela seca, parasitas intestinais, colesterol, úlcera gástrica e duodenal, tosse, rouquidão e artrite. Alem de saciar a fome, estimula a cicatrização. Por ser rico em vitamina E, é bom para pessoas com doenças cardiovasculares. Pois a vitamina E reforça também o sistema imunitário.

que abacaxi!

Abacaxi:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, cálcio, potássio e bromelaína. É indicado na má digestão, aparelho urinário, pressão arterial, artrite, bronquite, tosse e obesidade. A bromelina  é uma enzima presente no abacaxi que ajuda na digestão, e ainda pode ser eficaz para dissolver coágulo sanguíneos.
Acerolas
Acerola: 
Uma fruta ria em vitaminas A, do complexo B, C, ferro e cálcio. Otimo nos sintomas de resfriado , gripe e anemia.
lunch time
Agrião:
É fonte de vitamina C e ferro, iodo e betacoroteno. Ele atua diretamente no sistema digestivo, circulatório e respiratório. Ideal para quem fuma, pois age como antídoto aos efeitos tóxico do tabaco. Também pode ajudar no tratamento do câncer do pulmão, cãibras e cegueira.
alface1
Alface:
Rica em: potássio, cálcio, fosforo, ferro e vitamina A, C e niacina. A alface age como sedativo, calmante, analgésico, cicatrizante, depurativo e desintoxicante. Auxilia no tratamento contra insónia e perturbações gerais do sistema nervoso, dores de cabeça cronicas e tosse, para além disso pode ajudar o organismo e combater o câncer.
aipo
Aipo:
Rico em: cálcio, potássio, e vitaminas A e  C , suas propriedades dietéticas e ao mesmo tempo hidratante, ainda auxilia na eliminação dos gases intestinais e na eliminação das toxinas, na eliminar do acido úrico do aparelho digestivo. Útil para quem sofre de gota e infecções urinarias. Pode ajuda a reduzir inflamações e artrite.

mais alho

Alho:

Rico em: potássio, magnésio, cálcio. Tem propriedades: Anti-virais, antibiótico, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-asmática, Anti-oxidante, Anti-cancerígeno, colesterol alto, tensão arterial elevada, asma, bronquite, gripe, e tem uma eficácia nos tratamento de câncer de mama e próstata.
alperce
Alperce: 
Rico em: betacaroteno, fibra, magnésio, fósforo, cálcio, flavonóides, ferro, zinco e ainda vitaminas do complexo B e C. É um excelente antioxidante, e fortalece o sistema imunológico.

alcachofra
Alcachofra:

Rica em: fosforo, magnésio,  potássio, sódio, acido folico, as vitaminas B3, C e K. É excelente para purificar o fígado, diurético, auxilia nas dietas de emagrecimento, reduz os níveis de colesterol no sangue.

ameixa
Ameixa:
Rica em: potássio, fosforo, sódio, magnésio, cálcio, betacaroteno, fibras e vitaminas C e E. O suco é um poderoso antioxidante, estimula o sistema imunitário e é útil para combater o envelhecimento, rouquidão, gripe, tosse, problemas digestivos, gastrite e cólicas.
cur_aspargo
Aspargo:
Contem: vitaminas A, C, cálcio e ferro. É indicado para quem tem eczema, doenças de pele, acne, e afecções de rins. Por ser pobre em calorias e hidrato de carbono, é bom para pessoas que precisam manter e perder peso.
azeitonas
Azeitona:
Rica em: vitaminas A, B1, D e E. Indicado nas doenças de pele, como eczema, acne, psoríases, sardas, envelhecimento da pele, problemas digestivo, e falta de apetite sexual.

banana1
Banana:

Rica em: potássio, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, betacaroteno, ácido fólico, vitamina C, e do complexo B. Indicado para pessoas que pratica esporte, quem sofre de depressões, anemia, pois estimula a produção de hemoglobinas, pressão arterial, nervos e ulceras.

batatas1
Batatas:

Rica em: cálcio, potássio, fibras, carotenos e vitamina C. Ajuda no tratamento de câncer, dores de estômago e enfermidades do intestino, evita a formação de coágulo sanguíneo e reduzir o risco de doença cardíaca. E a batata doce  ajuda proteger contra o câncer.

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Beterraba:
Rica em: açúcar, proteínas, fibras, vitaminas A, do complexo B, vitamina C, sais minerais como: ferro, zinco, sódio, potássio e magnésio. É muito bom para combater anemia, perda excessiva de líquidos, e problemas de fígado e prisão de ventre.
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Brócolos (brocolis) 
Rico em: vitaminas A, C.Sais minerais: potássio, cálcio, ferro, selênio,  cromo e tambem fibras. Este vegetal tem propriedades antioxidante, e anticancerígenas, age contra o câncer de próstata, pulmão, cólon e mama e ainda ajuda a reduzir o colesterol.

cerejas

Cereja: 

Rica em: vitamina C, acido fólico, betacaroteno, cálcio, potássio, magnésio, fosforo e flavonódes. É um fruto poderoso antioxidante e ajuda fortalecer o sistema imunitário. Muito bom para tratamento de gota, acne, insónia, reumatismo e inflamação da garganta.

caju

Caju:

Rico em: vitaminas do complexo B, vitamina C e ferro. É indicado para caso de febre, impotência sexual, diabetes, bronquite, gripe e tosse e ainda ajuda proteger o sistema imunológico.

cenoura

Cenoura:

Rica em: Vitaminas, A, C, E, fibras, betacoroteno potássio, ferro, cálcio, e zinco.  Tem propriedades dietética, alivia azia, é benéfica para o estômago e o aparelho digestivo. É indispensável para gestante, pois melhora e aumenta a produção do volume sanguíneo  e também a produção do leite. Alguns estudos revela que a cenoura pode proteger contra o câncer da boca.

cebolas
Cebola:

Rica em: vitaminas C e do complexo B, potássio, fosforo, ferro e cálcio. É indicada para enfermidades do estômago, intestino, reumatismo, arteriosclerose , parasitas, resfriados, gripes, tosse, bronquite, asma, ajuda depurar o sangue e o fígado.

couves

Couve:

Rica em: Vitamina C, ferro, cálcio, fosforo, betacaroteno e fibras. Por ser rica em fibras é um otimo laxante, também para dores reumáticas, úlceras gástricas, combate artrite e cálculos renais. Pode ainda ajudar a prevenir e tratar o câncer de mama e doenças cardíacas.

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Couve-de-bruxelas.

Rica em: vitamina C, folatos, potássio e betacaroteno. Possui grande concentração de folatos, necessário para a produção dos glóbulos brancos.

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Couve-galega.

Rica em: vitamina C, ferro, cálcio, caroteno e fibras. Por ser pobre em gordura e baixo teor calórico, é indicado para quem quer emagrecer. Também estimula o sistema imunitário.

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Couve-flor:

Rica em: Vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fosforo, e fonte de folato. Suas folhas é muito eficaz no combate as anemias, falta de apetite e também a prisão de ventre.

chicoria
Chicória:

Rica em: vitaminas A, complexo, B, C e D, potássio, betacaroteno e folatos. É indicado na prevenção da osteoporose, anemia. Por ser de baixo valor calórico, é otimo para dietas de emagrecimento.

coentros
Coentros:

Rico em: vitaminas A, B1, B3, B6, vitamina C, cobre, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, selénio e flavonódes. É um tónico para o estômago e o coração.

coco

Coco:

Rico em: vitaminas A, do complexo B (B1, B2, B5), vitamina C, e sais minerais como, potássio, cálcio, fosforo, magnésio, sódio, e cloro, também é rico em fibras, proteínas, carboidrato e gorduras. São vários benefícios que agua de coco nos proporciona, ajuda a reduzir colesterol, reduz a pressão arterial, desidratação, diarreia, trata ulcera estomacal, depura o sangue, preveni e auxilia no tratamento da artrite, estado febril, hidrata a pele e acima de tudo evita vómitos e náuseas na gravidez.

damasco
Damasco:

Rico em: vitaminas A, B1, B2, B3, C, fosforo, ferro e potássio. É indicado nos casos, afecções do fígado, problemas de visão, nicotina e câncer.

dente-de-leaos1
Dente-de-leão:

Rico em: ferro e cobre. Usado nos casos de diabetes, hemorróidas, gota, artrite, ajuda aliviar a retenção de líquidos e reduz a hipertensão arterial.

ervilhas
Ervilhas:

Rico em: vitaminas A, C, fosforo, cálcio, ferro, e potássio. São vários benefícios que a ervilhas traz a nossa saúde, combate a dores de estômago, intestino, laxante e coágulo no sangue.

espinafre
Espinafre:

Rico em: vitaminas A do complexo B, possui minerais como, ferro, fosforo, cálcio, folatos e betacoroteno. O espinafre é recomendado para pessoas anémicas, desnutridas, também é um bom para combater a pressão arterial, cálculos renais, artrite, diarreias, acima de tudo ajuda a desintoxicar o organismo.

framboesa1
Framboesa:

Rica em: vitaminas A, B1, B5, C, ferro, cálcio, fosforo, magnésio e potássio. A framboesa é utilizada no tratamento de inflamação, na garganta, gengivas, prisão de ventre, hemorróidas, reumatismo, doenças dos rins, fígado.

figo
Figo:

Rico em: fosforo, cálcio, potássio e magnésio. É indicado para dores de garganta, gripe, tosse, bronquites, cálculos, ulceras gástricas e duodenal, diarreia, insónia e queimaduras do sol.

kiwi
Kiwi:

Rico em: vitaminas A, C, cálcio, ferro, carboidratos e fibras. É indicado no casos de problemas digestivos, prisão de ventre, arteriosclerose, artrite, reumatismo, resfriado, gripe.

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Goiaba:

Rico em: vitaminas A, B1, C, fosforo, ferro, cálcio, zinco e fibras. A goiaba é uma fruta de grande beneficio para o nosso organismo, auxilia no combate as infecções, reduz o nível do colesterol, tosse, diarreia, hemorragias e ajuda no emagrecimento.

groselha
Groselha:

Rica em: vitaminas  B, C, E, cobre, ferro, fosforo, potássio e magnésio. É um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, e fortalece o sistema imunológico.

gengibre
Gengibre:

Rico em: selenio e zinco. É muito utilizado em caso de resfriados, dores de garganta, gripe, tosse e também auxilia no caso de emagrecimento.

hortela
Hortelã:

Rico em: magnésio, cálcio, ferro e folatos. É muito útil para a digestão, refresca o hálito, tremores nervoso, vómitos, cólicas, catarro brônquios e auxilia a expectoração.

laranja
Laranja:

Rica principalmente em vitamina C, potássio, caroteno. Ajuda a combater resfriados, gripe, diminui o colesterol, ainda tem propriedades anticancerigenas.

limao
Limão:

Rico em: vitamina C, potássio, cálcio. Eficaz nos tratamento resfriados, gripe, infecções por parasitas, melhor a circulação sanguínea, e muito bom para o sistema nervoso.

maca
Maçã:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, E, magnésio, cálcio, fosforo, potássio, cobre e zinco, e ainda peticina. É eficaz nos tratamento da obesidade, problema intestinal, digestivo, fígado, colesterol, cálculos, reumatismo, arteriosclerose, artrite, febre, resfriado, cistite e fortalece o sistema imunitário. Sua casca possui nutrientes, antioxidante e substancia que evitam a proliferação de células cancerígenas, incluindo as células do cólon, da mama e do fígado.

mamao
Mamão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, ferro, cálcio, fosforo e potássio. Este fruto possui uma enzima chamada papaína, que auxilia na digestão, fígado, prisão de ventre, gripe, hérnias, desidratação. Além de proteger o organismo contra o câncer.

manga
Manga:

Rico em: vitaminas C, do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, ferro, fosforo, potássio, fibras e caroteno. São vários os benefícios que a manga traz para nossa saúde, auxilia no combate acidez, doença do estômago, problemas cardíacos, diurético e ainda ajuda controlar a tensão arterial, a tratar anemia e fortalece o sistema imunitário.

morango
Morango:

Rico em: vitaminas B5, vitamina C, ferro, potássio e fibras. O morango é muito bom para dietas de emagrecimento, ajuda prevenir o câncer, e algumas doenças cardíacas, e a reduzir o nível do colesterol, males dos rins, anemias, fadigas e doenças da pele.

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Melancia:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, potássio, fosforo e betacaroteno. Ajuda amenizar os sinais de envelhecimento, previne contra o câncer, auxilia na eliminação de acido úrico, além de limpar o estômago, intestino e obesidade.

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Melão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C, cálcio, magnésio, potássio,  fosforo e betacaroteno. Ajuda na desintoxicação alimentar, males dos rins, é um hidratante, também auxilia contra a obesidade, o seu suco é otimo na menopausa.

nabo
Nabo:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, cálcio,  ferro, fibras e betacaroteno. Por ser rico em fibras é eficaz no tratamento intestinal, reduz o colesterol, diabetes, cálculos, obesidade e ajuda preveni contra o câncer .

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Pepino:

Rico em: ferro, enxofre, potássio, fosforo e betacaroteno. O pepino é diurético, e ajuda a eliminar o excesso acido úrico, é muito bom para a pele e o envelhecimento.

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Pêra:

Rica em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C. silício, ferro, magnésio, enxofre, cálcio, potássio e fibras. A pêra é indicada para diabéticos, e para quem faz dieta para emagrecer, prisão de ventre, inflamação do intestino, bexiga,aparelho urinário, indigestão, complicações pulmonares, tratamento da próstata, febre, enjoo e má circulação.

pessegos
Pêssego:

Rico em: vitaminas A, C, D, iodo, magnésio, ferro, cobre, fosforo, cálcio, fibras, caroteno e flavonóides. Pelo os nutrientes que possui, beneficia o intestino, aparelho digestivo, sistema nervoso, reduz o colesterol, reumatismo, reduz a hipertensão arterial, e ainda pode contribui para proteger contra o câncer e doença cardíaca.

rabanete
Rabanete:

Rico em: vitaminas B2, C, cálcio, fosforo, ferro e potássio. o rabanete tem varias vantagens para nossa saúde, estimula a digestão, purifica o sangue, os rins, bexiga, reumatismo, artrite, alivia a congestão nasal, bronquite, resfriado, inflamações interna, erupções da pele, previne a formação de coágulos  e contribui para a diminuir o risco de câncer do pulmão e estômago.

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Repolho:

Rico em: vitaminas A, C, potássio, cálcio, e fosforo. O repolho ajuda a purificar o sangue, estimula a digestão, age contra o envelhecimento precoce, auxilia na queima de gordura, diabetes, colesterol, ulceras e canceres.

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Romã:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, ferro e  cálcio. A romã é otimo para visão, pele, auxilia na má circulação, também ajuda na eliminação de líquidos, e é capaz de afastar doenças cardíacas e tumores.

salsas
Salsa:

Rico em: vitaminas A, C. A salsa é anticancerígena, alivia dores de estômago e ajuda na eliminação de gases, é diurético, elimina o excesso de líquidos, da celulite, inflamações da vias urinarias, cálculos renais, melhora os distúrbios menstruais, refresca o hálito e fortalece estrutura do colagénio da pele.

toranja
Toranja:

Rica em: vitamina C, potássio, cálcio folatos e caroteno. A toranja é muito bom para a visão, evitando a formação de cataratas, facilita a digestão, ainda é recomendado para a proteção contra o câncer do cólon e do estômago.

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Tomate:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, ferro, magnésio, potássio, fibras, licopeno, betacaroteno. São varias vantagens do tomate que nos traz para nossa saúde. Podemos citar algumas como: previne contra o câncer, artrites, gota, reumatismos, próstata, cistite, furúnculos, prisão de ventre, problemas estomacal e garganta.

uva
Uva:

Rico em: vitaminas do complexo B, C, potássio e carotenos. A uva é uma fruta saborosa e de grande vantagens para saúde. É indicado nos casos de ácido úrico, colesterol, obesidade, prisão de ventre, bronquite, previne contra o câncer, reduz a hipertensão arterial e alivia as perturbações urinarias.



Observação: Ensinar às crianças o valor de cada alimento os impulsiona, anima a consumi-los com mais vontade, compreendendo os benefícios para o nosso organismo e as consequências positivas para a nossa saúde.

Informações disponíveis em: http://ritasousa.net/conheca-os-beneficios-de-58-frutas-e-legumes-que-traz-a-saude. Acesso em: 25/02/2014.

As particularidades das escritas silábico-alfabéticas

A evolução da escrita silábico-alfabética para a alfabética é repleta de especificidades. Conhecê-las é fundamental para avaliar adequadamente o desenvolvimento dos alunos e melhor ajudá-los a avançar

Saber a teoria para ensinar bem. Foto: Danny Yin
Danielle selecionou dois pares de nomes de animais que começam com C e terminam com a mesma letra. Dessa forma, leva o aluno a buscar outro índice gráfico que não só a letra inicial e a final.
Imagine-se numa sala de concertos, apreciando uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria dos leigos em música considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na transição da hipótese de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência.



Análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, foram a base da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiada a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas justapostas", pontua Emilia.



Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de sodae de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emilia, é chamado de alternâncias grafofônicas.



Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:



Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela.

A    P A E    A

á               gua



AM     OA

ma      çã 
Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. 

O   MA    B

to   ma   te



AB    CI

ca    qui 
Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. 

BI    H     D   RO

bri  ga  dei   ro



K   SA

ca  sa
Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética. A informação tem grande valor para o trabalho de professores como Danielle Araujo, da EMEF Madalena Caltabiano Salum Benjamim, em Pindamonhangaba, a 146 quilômetros de São Paulo, e da EMEF Professor Ernani Giannico, em Tremembé, a 135 quilômetros da capital paulista.



Para não confundir esses avanços com retrocessos, ela procura fazer avaliações criteriosas. Esse é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emilia sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos, Danielle se vale das sondagens individuais.



Ao identificar que o estudante está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio. O trabalho de Danielle se desdobra com Laiane de Oliveira, do 4º ano, que tem deficiência intelectual. Para que ela aprenda a ler e escrever, a professora flexibiliza as atividades (leia o quadro na próxima página).
Os erros mais comuns

- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.



- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.



- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml. Acesso em: 21/07/2014.




10 AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DA 

NATUREZA


10 SIMPLES AÇÕES PARA AJUDAR O PLANETA

(Extraído de folder informativo e complemtado por Enfª Patrícia Trasmontano)




Amar a natureza e contribuir positivamente para o planeta Terra, depende de todos nós! Há muitas ações que podem ser realizadas, como: defender a causa dos animais em extinção, contribuir na redução da miséria e da fome no mundo, compartilhar o amor, ser mais altruísta em relação ao seu próximo, cuidar do meio ambiente, racionalizar o consumo de matérias-primas extraídas da natureza, criar e desenvolver tecnologias que não agridam o meio ambiente... E muito mais. Porém, seguem abaixo algumas dicas de preservação da natureza, afim de que você se sinta mais incentivado de se unir a essa corrente!!! Boa leitura e Prática!!!
  1. Mude a lâmpada: Substituir a lâmpada "quente", por uma lâmpada fluorescente (fria). Poupa aproximadamente 68 kg de carbono por ano;
  2. Dirija menos o carro: Caminhe, ande de bicicleta, compartilhe o carro (caronas) ou use os transportes públicos com mais frequência. Poupará aproximadamente a,5 kg de dióxido de carbono por cada 1,5 km que não conduzir;
  3. Recicle mais: Pode poupar 1000 Kg de dióxido de carbono por ano, reciclando apenas metade do seu desperdício caseiro;
  4. Verifique os pneus do automóvel: Pois mantendo eles devidamente calibrados, pode melhorar o consumo de combustível em mais de 3%. Cada 4 litros de combustível poupado retiram 9 kg de dióxido de carbono da atmosfera;
  5. Use menos a água quente: Aquecer a água consome muita energia. Use menos água quente, instalando um chuveiro de baixa pressão, o que poupará 160 kg de CO2 por ano, e lavar a roupa em água fria ou morna poupa 230 kg de CO2 por ano;
  6. Evite produtos com muita embalagem: Pode poupar até 545 kg  de dióxido de carbono se reduzir o lixo em 10%;
  7. Ajuste o termostato: Apenas 2 graus para baixo no inverno e 2 graus para cima no verão, pode poupar cerca de 900 kg de dióxido de carbono durante a sua vida;
  8. Recicle o lixo: Cada família que adere ao programa de coleta seletiva, reduz em cerca de 1 tonelada por ano a emissão de dióxido de carbono na atmosfera;
  9. Recicle seu telefone celular: Até 80% dos componentes desses aparelhos poder ser reaproveitados. Algumas operadoras de celulares recolhem aparelhos, baterias e acessórios usados de quaisquer marcas;
  10. Plante árvores: Uma única árvore absorve 1 tonelada de dióxido de carbono durante a sua vida.
Façamos a nossa parte, por uma mundo
mais sustentável e saudável de viver!!!

Disponível em: http://gerasaude.blogspot.com.br/2011/11/artigo-10-acoes-de-preservacao-da.html. Acesso em: 20/05/2014.



OPINIÕES SOBRE A

ALFABETIZAÇÃO AOS 6 ANOS

Aos 6 anos, as crianças devem ser alfabetizadas ou só brincar na escola?

Damares Santanna de Paula, Rio Grande, RS


A idéia de que a garotada dessa idade tem só de brincar na escola para quando mais velha ser alfabetizada não coincide com o mundo real, pois já foi comprovado que muitas crianças dessa faixa etária se alfabetizam quando têm muito contato com as práticas de leitura e escrita, inclusive em situações não escolares. Por isso, é importante aproximar os pequenos, desde a Educação Infantil, de livros e de outros tipos de material escrito, além de fazê-los entrar em contato com o próprio nome e o dos amigos a fim de que aprendam a reconhecê-los e escrevê-los. A contação de histórias é outra prática válida para a alfabetização inicial porque influencia positivamente no processo de aquisição da escrita. Nenhuma dessas práticas impede as crianças de brincar e todas contribuem para que já ao fim da Educação Infantil elas estejam imersas na cultura escrita.

Consultoria Silvia Pereira de Carvalho, coordenadora executiva do Instituto Avisa Lá, São Paulo



"SOU CONTRA A ALFABETIZAÇÃO AOS SEIS ANOS DA MANEIRA COMO FOI IMPLANTADA NO BRASIL"

A opinião de de Gilberto Alvarez, o Prof. Giba, Diretor do Cursinho da Poli

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 26, em votação simbólica, o projeto de lei de conversão (PLV) 2/2013, que cria incentivos para a alfabetização de todas as crianças nas escolas públicas até os oito anos de idade, por meio do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Segundo a exposição de motivos assinada pelos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Guido Mantega; e do Planejamento, Miriam Belchior, o objetivo do pacto nacional é proporcionar a todos os estudantes proficiência em língua portuguesa e em matemática até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental da educação básica pública.
“A meta do Governo Federal é alfabetizar todas as crianças brasileiras até os oito anos e erradicar o analfabetismo no Brasil. Sou contra a alfabetização aos seis anos da maneira que foi implantada aqui. A primeira infância vai do zero aos seis anos, e tanto as escolas públicas quanto as particulares não pensaram em preparar um espaço físico para receber essas crianças no primeiro ano. Elas precisam do parque, precisam correr e explorar”, afirma Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.
“Além do espaço não ser apropriado, as professoras do primeiro ano também não estão preparadas para receber um pequeno de seis anos com tantas particularidades da infância”, diz o professor.
“Outros países que adotam a alfabetização aos cinco, pensaram na proposta como um todo e, a grande maioria, tem um olhar construtivista ou sócio construtivista. É só você lembrar do desenho ‘Sid o Cientista’, uma escola americana com crianças de cinco anos, em um espaço adequado e professores preparados. Elas, sem perceber, estão sendo alfabetizadas”, relata Gilberto Alvarez.
A medida prevê a realização de cursos de capacitação para os professores e a distribuição de materiais didáticos específicos de alfabetização dos alunos. Uma emenda aprovada na Câmara fixou o dia 31 de dezembro de 2022, como prazo limite para o cumprimento da meta de alfabetizar as crianças na rede pública até os oito anos de idade. 


QUEM QUER SER UM PROFESSOR?






Lucila Cano


18/10/2013


A Coréia do Sul é sempre lembrada como exemplo de excelência no ensino. Quase toda a população é alfabetizada e mais de 60% dos jovens têm nível universitário. A valorização do professor parece ser o segredo de sucesso do modelo asiático que paga bons salários e que, em contrapartida, exige formação superior em nível de mestrado, a começar por quem leciona em educação básica.
Não podemos, nem devemos comparar o país de cerca de 50 milhões de habitantes e de pouco mais de 99 mil km² com o Brasil. Mas podemos, e devemos, nos inteirar das práticas educacionais que dão certo na Coréia do Sul para, por que não, analisar a sua viabilidade por aqui.
Assim como na Ásia, há boas práticas de ensino em outros países que deveriam ser melhor conhecidas por nós. Na Finlândia, por exemplo, onde todas as escolas são públicas, os professores são selecionados entre os melhores de cada turma de graduados. A atenção ao aluno ultrapassa os limites da sala de aula. Inclui alimentação e cuidados de saúde a cargo de médicos e dentistas.

Bons exemplos

Além daqueles de excelência em infraestrutura, não faltam exemplos de bons métodos de ensino. A Escola da Ponte, em Portugal, exportou para nós uma educação mais humanizada. Derrubou as paredes das salas de aula e um jeito convencional de estudar. O método admirado no Brasil é seguido pela ONG Projeto Âncora, criada há 18 anos e sediada em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. Este ano, a organização está entre as semifinalistas da 10ª edição do Prêmio Itaú-Unicef/Regional São Paulo.
No Ceará, em Eusébio, a Associação Estação da Luz é outro projeto que começou em 2004 como creche, aplicando o programa do indiano Sathya Sai Baba de educação em valores humanos. Hoje, as atividades se estendem a crianças, jovens e até mesmo adultos, através de incentivos à educação, cultura, esporte e profissionalização. Em 2012, com o seu Projeto Educare, a associação foi a vencedora do Prêmio Criança da Fundação Abrinq/Save the Children.
Esses são apenas alguns bons exemplos entre muitos que existem no Brasil, mais por iniciativa de ONGs quase sempre mantidas por empresas e/ou empresários.
Quando o governo federal se compromete a investir mais na educação com os recursos advindos da exploração do pré-sal, tais contribuições deveriam ser vistas com carinho. Educação de qualidade implica altos investimentos. Mas, além do dinheiro, nosso país precisa de uma grande transformação no sistema de ensino.

Vocação para o sacerdócio

Quem quer ser um professor? Todos acham a profissão belíssima, um "verdadeiro sacerdócio", mas fogem dela como nunca antes neste país. Há um déficit anunciado de cerca de 700 mil professores para suprir as demandas do ensino fundamental e do ensino médio.
Sabemos, por notícias recentes, que há escolas fazendo rodízio de aulas por falta de professores de ciências exatas, como química e física. Neste 15 de outubro, professores trocaram a comemoração do seu dia por manifestações em favor de salários mais dignos.
Não são só os salários que estão defasados. O respeito aos professores também. Eles são vítimas de muitas formas de violência, entre elas a falta de oportunidade para estudar mais. Esta é uma profissão em que estudar é preciso, sempre.
O Ministério da Educação procura fazer sua parte, mas parece caminhar em descompasso com a urgência que temos. Em setembro lançou o programa "Quero ser professor, quero ser cientista" que, inicialmente, oferecerá 40 mil bolsas de estudo para despertar a "vocação" de docente entre estudantes do ensino médio da rede pública.
Só se sai bem em qualquer profissão quem gosta do que faz. Ser professor é exercer uma profissão digna, bonita e relevante para o país. Para começar, precisamos trocar o sentido de "vocação" pela valorização de nossos professores. Acredito que, assim, o dinheiro do pré-sal será melhor empregado e nossos estudantes, em todos os níveis, terão condições de se preparar não só para o trabalho, mas para a vida.
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/colunas/lucila-cano/2013/10/18/quem-quer-ser-um-professor.htm. Acesso em: 08/02/2014.


CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

segundo orientação proposta pelo MEC/SEESP (1994)
1. Na área referente às aptidões intelectuais:
                * Superdotados
                * Deficientes Mentais
2. Na área dos distúrbios sensoriais
                * Deficientes visuais
                * Deficientes auditivos
3. Na área neuromuscular e óssea
                * Deficientes físicos
                * Deficientes da fala
                * Paralisia Cerebral
4. Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas
                * Problemas de comportamento
                * Distúrbios emocionais
                * Desajustes sociais
5. Deficiências múltiplas
Área referente às aptidões intelectuais:
                SUPERDOTADOS
Aquelas que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.
                                                                              MEC/SEESP (1994, P. 13)
                Características das crianças talentosas:
                               No domínio da inteligência:
                Vivacidade mental e pensamento linear (boa linguagem e vocabulário rico; senso de humor; curiosidade e interesses variados);
                Profundidade e pensamento não-linear abstrato (boa memória; persistência e compromisso; independência, autonomia e iniciativa).
No domínio da criatividade e do pensamento criador:                Produção superior em artes; distração e desinteresse pelas aulas (mas não são atrasadas); senso crítico (sobre si e os outros); produção de respostas inesperadas e pertinentes.

                               No domínio da capacidade socioafetiva:

                Sensibilidade e bondade; preocupação com o bem-estar alheio; simpatia, amizade, boas relações; liderança, persuasão, capacidade de passar energia e motivação ao grupo.

                               
No domínio das habilidades sensório-motoras:                Desempenho superior em esportes, exercícios físicos, dança e outras formas de expressão rítmica; habilidades manuais e motoras; sentidos muito apurados (acuidade visual e sensibilidade auditiva, tátil, olfativa e gustativa).
 DEFICIENTES MENTAIS
                Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), por deficiência mental entende-se o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sócio-cultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo portador de deficiência mental.
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA MENTAL
                Causas intra-individuais (pré-natais)1-Causas Genéticas: aberrações cromossômicas; alterações gênicas
2-Malformações cerebrais
3-Ambientais: infecções e intoxicações intra-uterinas; exposição a substâncias potencialmente perigosas.

                
Causas PerinataisAnoxia / Prematuridade / Incompatibilidade de fator Rh / Convulsões

                
Causas Pós-nataisInfecções do SNC / Moléstias Desmielinizantes / Traumas cranianos / Subnutrição e privação sócio-econômico-cultural / Intoxicações exógenas / Convulsões / Radiações / etc.
Características das crianças com DM
ÁREA MOTORA:
             Alterações na motricidade fina.
         Em casos com problemáticas mais severas as incapacidades motoras são mais acentuadas, nomeadamente na mobilidade; falta de equilíbrio, dificuldades de locomoção, de coordenação, dificuldades na manipulação.
             As crianças com deficiência mental podem começar a andar um pouco mais tarde, geralmente são de estatura mais baixa e mais susceptível a doenças. Apresenta uma maior incidência de problemas neurológicos, de visão e audição.
ÁREA COGNITIVA:
        As crianças com deficiência mental apresentam dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; em focar a atenção; ao nível da memória, tendem a esquecer mais depressa que os seus colegas sem necessidades educativas especiais; demonstram dificuldades na resolução de problemas e em generalizar para situações novas a informação apreendida, conseguem, no entanto generalizar situações específicas utilizando um conjunto de regras.
ÁREA DA COMUNICAÇÃO: Crianças com deficiência mental apresentam muitas vezes dificuldades. Quer ao nível da fala e sua compreensão, quer no ajustamento social.ÁREA SÓCIO EDUCACIONAL:
 
Dificuldades, na generalização para novas situações, de aquisições e comportamentos anteriormente experimentados, assim como nas interações sociais, pelo que assume capital importância o desenvolvimento desta área para uma real e efetiva inserção na sociedade.
Educação de crianças com Deficiência Mental
                Tendo sempre em mente que todas as aprendizagens têm como objetivo principal a facilitação da vida futura numa perspectiva funcional, ou seja permitir uma inclusão e participação ativa e válida na vida em sociedade visando sempre uma progressiva autonomia do indivíduo, podemos concluir da necessidade de uma significância eminentemente prática destas aprendizagens.
Deficiência mental ligeira não deverá existir uma grande diferença entre os seus currículos e dos outros alunos da classe.
                O efeito provocado nos outros socialmente (entusiasmo, confiança, otimismo, independência, boa postura, boa apresentação, assertividade);
                As Competências sociais (iniciativa para interagir, repostas às interações, comportamentos sociais pessoais, comportamentos específicos de várias situações; escolares, públicas, familiares, no local de trabalho);
                A Cognição social empatia, discriminação e inferência social, compreensão/ entendimento social, compreensão dos motivos dos outros, julgamentos morais e éticos, (resolução de problemas).
Deficiência mental moderada deverá ser também dada uma ênfase especial aos comportamentos adaptativos, nomeadamente:
                - Cuidados Pessoais:
Como se alimentar: saber comer e beber de várias formas e em várias situações utilizando os comportamentos adequados a cada uma destas;
Vestir-se, despir-se e cuidar do seu vestuário;
Aplicar os cuidados básicos de higiene.
                - Motricidade:
Controlar a postura em várias situações: sentado, em pé;
Coordenar movimentos finos: Desfolhar livros, enroscar e desenroscar tampas de frascos, riscar ou escrever com um lápis, rodar manípulos de portas;
Coordenar movimentos amplos: correr, atirar uma bola, trepar, saltar;
- Comunicação:
                Utilizar as formas mais adequadas para:
                Fazer e responder a pedidos;
                Expressar necessidades e desejos;
                Fazer e responder a perguntas;
                Narrar experiências do dia-a-dia;
                               -Aspectos Acadêmicos:
                Sempre numa perspectiva funcional:
                Ler e escrever o nome, a morada, o telefone;
                Utilizar o telefone;
                Ler informações das paragens de autocarro, comboio;
                Ver as horas;
                Fazer trocos;
                               - Aspectos sociais:
                Manter comportamentos adequados em várias situações;
                Relacionar-se com os outros, da sua idade e mais velhos;
                Ser capaz de esperar a sua vez em várias situações;
                Seguir regras em jogos;
Para os alunos mais velhos há que atender ainda aos cuidados a ter:
- No emprego:  Chegar a horas, comportamentos adequados enquanto está a trabalhar e a aspectos específicos do emprego;
- Tarefas domésticas;
- Comportamentos na comunidade: Saber utilizar transportes públicos;
Comportamentos socialmente aceitáveis em áreas de lazer, cinemas, teatros, jardins;
- Saúde;
- Sexualidade.

                Relativamente aos alunos com deficiência mental profunda, que necessitam apoios mais intensivos, devem ser desenvolvidos os comportamentos básicos de forma a que a criança responda a diferentes estímulos, pessoas, objetos. Deve-se ensinar a prestar atenção, a orientar o corpo e focar o olhar. Aqui o desenvolvimento da motricidade desempenha um papel fundamental atendendo às freqüentes dificuldades nesta área que estes alunos apresentam, assim como pela importância de que se reveste, seja na locomoção, comunicação ou mesmo na sua vertente lúdica. Outra área de grande importância é a da estimulação sensorial, táctil, visual e auditiva pelo fato de mesmo nos casos de alunos com problemáticas mais profundas permitir uma interação mais positiva entre a criança e o mundo em seu redor (Vieira et al, 1996).
AUTISMO
                Indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características abaixo listadas. Estes sintomas tem âmbito do brando ao severo em intensidade de sintoma. Além disso, o comportamento habitualmente ocorre através de muito diferentes diferentes situações e é consistentemente inapropriado para sua idade.
                Dificuldade de relacionamento com outras crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contato visual; aparente insensibilidade à dor; preferência pela solidão; modos arredios; rotação de objetos; inapropriada fixação em objetos; perceptível hiperatividade ou extrema inatividade; ausência de resposta aos métodos normais de ensino; insistência em repetição; resistÊncia à mudança de rotina; não tem real medo do perigo; procedimento com poses bizarras; ecolalia; recusa colo ou afagos; age como se estivesse surdo; dificuldade em expressar necessidades; usa gesticular e apontar no lugar de palavras; acessos de raiva; irregular habilidade motora.
SÍNDROME DE DOWN
Trata-se de um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras, como das funções mentais. É um dos acidentes cromossômicos mais comuns. Freqüência mais ou menos elevada (1 em cada 700). A chance é de um em mil vezes se a mãe tem idade acima de 30 anos e 1 em 100 vezes acima de 40 anos.
                CARACTERÍSTICAS:
                               Atraso mental; retardo motor com apatia e indiferença;
Fronte baixa, nariz pequeno, cavidade oral pequena (língua protrusa e respiração oral); dentes mal-implantados;
                               Arco plantar não existe;
                               Musculatura hipotônica na infância e articulações frouxas;
                               Nas meninas podem ocorrer menstruação, mas a gravidez é rara;
                               Cardiopatia; problemas pulmonares; colesterol alto;
                               Estatura curta, braços curtos, pés e mãos largos;
Olhos epicantais e amendoados, estrabismo é freqüente, miopia;
Parte posterior do crânio achatada, pescoço curto 

PONTOS FORTES E FRACOS DA SÍNDROME:
Funcionamento motor abaixo das outras condições de RM
Boa performance em natação e ginástica
Grande dificuldade em basquetebol e voleibol
Ótimo em ritmo 
 
HIPOTONIA PROBLEMAS ESQUELÉTICOS
Lordose, cifose, quadris deslocados, peito em forma de pombo, instabilidade atlantoaxial (1ª e 2ª vértebras cervicais), passo arrastado.
EVENTOS MOTORES EM ATRASO: postura em pé, andar, arremessar, alcançar, agarrar e manipular.

SD é amigável, solidário, responsável e cooperativo, muito teimoso à medida que entra na adolescência e fase adulta.
 Área dos distúrbios sensoriais

DEFICIENTES VISUAIS
O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). Segundo a OMS (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa.
Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
                Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.
 DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A D. A foi definida por TELFORD e SAWREY (1984, p.396) como “o grau de perda de audição medido audiometricamente em termos decibéis (db). A perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido na gama da freqüência da fala”.
                A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, MEC/SEESP, 1994, p.13) define a deficiência auditiva como “a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido”.
 TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
O diagnóstico das deficiências de audição é realizado a partir da avaliação médica e audiológica. Em geral a primeira suspeita quanto à existência de uma alteração auditiva em crianças muito pequenas é feita pela própria família a partir da observação da ausência de reações a sons, comportamento diferente do usual (a criança que é muito quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos) e, um pouco mais velha, não desenvolve linguagem. A busca pelo diagnóstico também poderá ser originada a partir dos programas de prevenção das deficiências auditivas na infância como o registro de fatores de risco e triagens auditivas.
                O profissional de saúde procurado em primeiro lugar é geralmente o pediatra, o qual encaminhará a criança ao otorrinolaringologista, quando se iniciará o diagnóstico. Este profissional fará um histórico do caso, observará o comportamento auditivo e procederá o exame físico das estruturas do ouvido, nariz e das diferentes partes da faringe. O passo seguinte é o encaminhamento para a avaliação audiológica.
                No caso de adultos, em geral a queixa de alteração auditiva é do próprio indivíduo, e, no caso de trabalhadores expostos a situações de risco para audição o encaminhamento poderá advir de programas de conservação de audição.
Área neuromuscular e óssea

DEFICIENTES FÍSICOS
                Entende-se por deficiência física uma variedade bastante ampla de condições orgânicas que, de alguma forma, alteram o funcionamento normal do aparelho locomotor, comprometendo assim a movimentação e a deambulação do indivíduo. Devemos considerar que as alterações podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular e nervoso.
          CAUSAS:
                Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
                Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
                Lesão medular: por ferimento por arma de fogo ou arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
                Amputações: causas vasculares, metabólicas; traumas; malformações congênitas e outras.
                Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.
                Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
 PARA FAZER A IDENTIFICAÇÃO :
Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê (não firmar a cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado).
                Atenção para perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da sensibilidade para membros superiores ou membros inferiores.
                Identificação de erros inatos do metabolismo.
                Identificação de doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas.
                Controle de gestação de alto-risco.
                A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado favorecem a prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de incapacidade.
DEFICIENTES DA FALA
Caracterizada por “distúrbio articulatório orgânico ou funcional, que segundo ocorre quando “a maneira de falar interfere com a comunicação, quando a maneira da pessoa falar distrai a atenção do que ela diz, ou quando a fala é tal que a própria pessoa sente excessivamente tímida ou apreensiva sobre o seu modo de falar”
                               TELFORD E SAWREY (1976, p. 469)
PARALISIA CEREBRAL
É uma lesão de alguma(S) parte(s) do cérebro.
Acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
                Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas ,alterando o tônus muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar movimentos involuntários , alterações do equilíbrio, do caminhar , da fala, da visão , da audição , da expressão facial . em casos mais graves pode haver comprometimento mental.
Principais causas antes do nascimento:
- Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
- Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez;
- Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
- Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis, toxoplasmose);
- Mãe portadora de diabetes;
- Pressão alta da gestante.
Principais causas durante o parto :- falta de oxigênio ao nascer(o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do Cérebro ).
- lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal );
- trabalho de parto demorado;
- Mau uso do Fórceps , manobras obstétricas violentas;
- os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos ) tem mais chances de apresentar paralisia cerebral.
Principais causas depois do nascimento :- Febre prolongada e muito alta ;
- desidratação com perda significativa de líquidos ;
- Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
- ferimento ou traumatismo na cabeça;
- Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
- Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
- Sarampo ;
- Traumatismo crânio-encefálico ate os três anos de idade
 Os desajustados sociais e/ou emocionais ou portadores de condutas típicas

PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
A Política Nacional de Educação Especial considera portadores de condutas típicas, aqueles que apresentam manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
 DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
Indivíduos com distúrbios emocionais são aqueles cujas reações às situações de visa são, pessoalmente tão insatisfatórias e inapropriadas que não podem ser aceitas pelos outros.
DESAJUSTES SOCIAIS
Indivíduos com desajustes sociais são aqueles que apresentam um padrão crônicos de repetidas violências e desrespeitos à autoridade e, persistentemente, se recusam a aceitar os padrões mínimos de conduta requeridos pela sociedade.
Os desajustados sociais ou emocionais, são aqueles que apresentam uma dificuldade de interpretar as regras sociais e uma incapacidade ou recusa a se adaptar a uma situação ambiental em particular.

                MARQUES (1992, p. 15) os define como excepcionais psicossociais, “aqueles que apresentam sérios problemas de comportamento”
                                               FLEMING (1978, p. 197)
          DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
A deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/ visual/ auditiva/ física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa. As principais necessidades educativas serão priorizadas e desenvolvidas através das habilidades básicas, nos aspectos social, de auto-ajuda e de comunicação.
                                                                                                                                                             (BRASIL/MEC/SEESP, 1994, p. 13)





BENEFÍCIOS DAS FRUTAS E LEGUMES PARA A NOSSA SAÚDE

Nos alimentarmos de forma correta traz incontáveis benefícios para nossa saúde e o bem-estar. Veja na sequência uma lista mais de 58 frutas e legumes, que pode ser consumidos natural ou em forma de sucos, conheça as suas respectivas propriedades terapêuticas.
abacate

Abacate:

Rico em: vitaminas B, E, potássio e gordura monoinsaturada.
Vantagens: reumatismo, bronquite, cálculos renais, diarreia, dor de cabeça , eczema, pela seca, parasitas intestinais, colesterol, úlcera gástrica e duodenal, tosse, rouquidão e artrite. Alem de saciar a fome, estimula a cicatrização. Por ser rico em vitamina E, é bom para pessoas com doenças cardiovasculares. Pois a vitamina E reforça também o sistema imunitário.

que abacaxi!

Abacaxi:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, cálcio, potássio e bromelaína. É indicado na má digestão, aparelho urinário, pressão arterial, artrite, bronquite, tosse e obesidade. A bromelina  é uma enzima presente no abacaxi que ajuda na digestão, e ainda pode ser eficaz para dissolver coágulo sanguíneos.
Acerolas
Acerola: 
Uma fruta ria em vitaminas A, do complexo B, C, ferro e cálcio. Otimo nos sintomas de resfriado , gripe e anemia.
lunch time
Agrião:
É fonte de vitamina C e ferro, iodo e betacoroteno. Ele atua diretamente no sistema digestivo, circulatório e respiratório. Ideal para quem fuma, pois age como antídoto aos efeitos tóxico do tabaco. Também pode ajudar no tratamento do câncer do pulmão, cãibras e cegueira.
alface1
Alface:
Rica em: potássio, cálcio, fosforo, ferro e vitamina A, C e niacina. A alface age como sedativo, calmante, analgésico, cicatrizante, depurativo e desintoxicante. Auxilia no tratamento contra insónia e perturbações gerais do sistema nervoso, dores de cabeça cronicas e tosse, para além disso pode ajudar o organismo e combater o câncer.
aipo
Aipo:
Rico em: cálcio, potássio, e vitaminas A e  C , suas propriedades dietéticas e ao mesmo tempo hidratante, ainda auxilia na eliminação dos gases intestinais e na eliminação das toxinas, na eliminar do acido úrico do aparelho digestivo. Útil para quem sofre de gota e infecções urinarias. Pode ajuda a reduzir inflamações e artrite.

mais alho

Alho:

Rico em: potássio, magnésio, cálcio. Tem propriedades: Anti-virais, antibiótico, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-asmática, Anti-oxidante, Anti-cancerígeno, colesterol alto, tensão arterial elevada, asma, bronquite, gripe, e tem uma eficácia nos tratamento de câncer de mama e próstata.
alperce
Alperce: 
Rico em: betacaroteno, fibra, magnésio, fósforo, cálcio, flavonóides, ferro, zinco e ainda vitaminas do complexo B e C. É um excelente antioxidante, e fortalece o sistema imunológico.

alcachofra
Alcachofra:

Rica em: fosforo, magnésio,  potássio, sódio, acido folico, as vitaminas B3, C e K. É excelente para purificar o fígado, diurético, auxilia nas dietas de emagrecimento, reduz os níveis de colesterol no sangue.

ameixa
Ameixa:
Rica em: potássio, fosforo, sódio, magnésio, cálcio, betacaroteno, fibras e vitaminas C e E. O suco é um poderoso antioxidante, estimula o sistema imunitário e é útil para combater o envelhecimento, rouquidão, gripe, tosse, problemas digestivos, gastrite e cólicas.
cur_aspargo
Aspargo:
Contem: vitaminas A, C, cálcio e ferro. É indicado para quem tem eczema, doenças de pele, acne, e afecções de rins. Por ser pobre em calorias e hidrato de carbono, é bom para pessoas que precisam manter e perder peso.
azeitonas
Azeitona:
Rica em: vitaminas A, B1, D e E. Indicado nas doenças de pele, como eczema, acne, psoríases, sardas, envelhecimento da pele, problemas digestivo, e falta de apetite sexual.

banana1
Banana:

Rica em: potássio, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, betacaroteno, ácido fólico, vitamina C, e do complexo B. Indicado para pessoas que pratica esporte, quem sofre de depressões, anemia, pois estimula a produção de hemoglobinas, pressão arterial, nervos e ulceras.

batatas1
Batatas:

Rica em: cálcio, potássio, fibras, carotenos e vitamina C. Ajuda no tratamento de câncer, dores de estômago e enfermidades do intestino, evita a formação de coágulo sanguíneo e reduzir o risco de doença cardíaca. E a batata doce  ajuda proteger contra o câncer.

beterrabas2
Beterraba:
Rica em: açúcar, proteínas, fibras, vitaminas A, do complexo B, vitamina C, sais minerais como: ferro, zinco, sódio, potássio e magnésio. É muito bom para combater anemia, perda excessiva de líquidos, e problemas de fígado e prisão de ventre.
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Brócolos (brocolis) 
Rico em: vitaminas A, C.Sais minerais: potássio, cálcio, ferro, selênio,  cromo e tambem fibras. Este vegetal tem propriedades antioxidante, e anticancerígenas, age contra o câncer de próstata, pulmão, cólon e mama e ainda ajuda a reduzir o colesterol.

cerejas

Cereja: 

Rica em: vitamina C, acido fólico, betacaroteno, cálcio, potássio, magnésio, fosforo e flavonódes. É um fruto poderoso antioxidante e ajuda fortalecer o sistema imunitário. Muito bom para tratamento de gota, acne, insónia, reumatismo e inflamação da garganta.

caju

Caju:

Rico em: vitaminas do complexo B, vitamina C e ferro. É indicado para caso de febre, impotência sexual, diabetes, bronquite, gripe e tosse e ainda ajuda proteger o sistema imunológico.

cenoura

Cenoura:

Rica em: Vitaminas, A, C, E, fibras, betacoroteno potássio, ferro, cálcio, e zinco.  Tem propriedades dietética, alivia azia, é benéfica para o estômago e o aparelho digestivo. É indispensável para gestante, pois melhora e aumenta a produção do volume sanguíneo  e também a produção do leite. Alguns estudos revela que a cenoura pode proteger contra o câncer da boca.

cebolas
Cebola:

Rica em: vitaminas C e do complexo B, potássio, fosforo, ferro e cálcio. É indicada para enfermidades do estômago, intestino, reumatismo, arteriosclerose , parasitas, resfriados, gripes, tosse, bronquite, asma, ajuda depurar o sangue e o fígado.

couves

Couve:

Rica em: Vitamina C, ferro, cálcio, fosforo, betacaroteno e fibras. Por ser rica em fibras é um otimo laxante, também para dores reumáticas, úlceras gástricas, combate artrite e cálculos renais. Pode ainda ajudar a prevenir e tratar o câncer de mama e doenças cardíacas.

couve-de-bruxelas
Couve-de-bruxelas.

Rica em: vitamina C, folatos, potássio e betacaroteno. Possui grande concentração de folatos, necessário para a produção dos glóbulos brancos.

couve-galega
Couve-galega.

Rica em: vitamina C, ferro, cálcio, caroteno e fibras. Por ser pobre em gordura e baixo teor calórico, é indicado para quem quer emagrecer. Também estimula o sistema imunitário.

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Couve-flor:

Rica em: Vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fosforo, e fonte de folato. Suas folhas é muito eficaz no combate as anemias, falta de apetite e também a prisão de ventre.

chicoria
Chicória:

Rica em: vitaminas A, complexo, B, C e D, potássio, betacaroteno e folatos. É indicado na prevenção da osteoporose, anemia. Por ser de baixo valor calórico, é otimo para dietas de emagrecimento.

coentros
Coentros:

Rico em: vitaminas A, B1, B3, B6, vitamina C, cobre, cálcio, ferro, fosforo, magnésio, selénio e flavonódes. É um tónico para o estômago e o coração.

coco

Coco:

Rico em: vitaminas A, do complexo B (B1, B2, B5), vitamina C, e sais minerais como, potássio, cálcio, fosforo, magnésio, sódio, e cloro, também é rico em fibras, proteínas, carboidrato e gorduras. São vários benefícios que agua de coco nos proporciona, ajuda a reduzir colesterol, reduz a pressão arterial, desidratação, diarreia, trata ulcera estomacal, depura o sangue, preveni e auxilia no tratamento da artrite, estado febril, hidrata a pele e acima de tudo evita vómitos e náuseas na gravidez.

damasco
Damasco:

Rico em: vitaminas A, B1, B2, B3, C, fosforo, ferro e potássio. É indicado nos casos, afecções do fígado, problemas de visão, nicotina e câncer.

dente-de-leaos1
Dente-de-leão:

Rico em: ferro e cobre. Usado nos casos de diabetes, hemorróidas, gota, artrite, ajuda aliviar a retenção de líquidos e reduz a hipertensão arterial.

ervilhas
Ervilhas:

Rico em: vitaminas A, C, fosforo, cálcio, ferro, e potássio. São vários benefícios que a ervilhas traz a nossa saúde, combate a dores de estômago, intestino, laxante e coágulo no sangue.

espinafre
Espinafre:

Rico em: vitaminas A do complexo B, possui minerais como, ferro, fosforo, cálcio, folatos e betacoroteno. O espinafre é recomendado para pessoas anémicas, desnutridas, também é um bom para combater a pressão arterial, cálculos renais, artrite, diarreias, acima de tudo ajuda a desintoxicar o organismo.

framboesa1
Framboesa:

Rica em: vitaminas A, B1, B5, C, ferro, cálcio, fosforo, magnésio e potássio. A framboesa é utilizada no tratamento de inflamação, na garganta, gengivas, prisão de ventre, hemorróidas, reumatismo, doenças dos rins, fígado.

figo
Figo:

Rico em: fosforo, cálcio, potássio e magnésio. É indicado para dores de garganta, gripe, tosse, bronquites, cálculos, ulceras gástricas e duodenal, diarreia, insónia e queimaduras do sol.

kiwi
Kiwi:

Rico em: vitaminas A, C, cálcio, ferro, carboidratos e fibras. É indicado no casos de problemas digestivos, prisão de ventre, arteriosclerose, artrite, reumatismo, resfriado, gripe.

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Goiaba:

Rico em: vitaminas A, B1, C, fosforo, ferro, cálcio, zinco e fibras. A goiaba é uma fruta de grande beneficio para o nosso organismo, auxilia no combate as infecções, reduz o nível do colesterol, tosse, diarreia, hemorragias e ajuda no emagrecimento.

groselha
Groselha:

Rica em: vitaminas  B, C, E, cobre, ferro, fosforo, potássio e magnésio. É um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, e fortalece o sistema imunológico.

gengibre
Gengibre:

Rico em: selenio e zinco. É muito utilizado em caso de resfriados, dores de garganta, gripe, tosse e também auxilia no caso de emagrecimento.

hortela
Hortelã:

Rico em: magnésio, cálcio, ferro e folatos. É muito útil para a digestão, refresca o hálito, tremores nervoso, vómitos, cólicas, catarro brônquios e auxilia a expectoração.

laranja
Laranja:

Rica principalmente em vitamina C, potássio, caroteno. Ajuda a combater resfriados, gripe, diminui o colesterol, ainda tem propriedades anticancerigenas.

limao
Limão:

Rico em: vitamina C, potássio, cálcio. Eficaz nos tratamento resfriados, gripe, infecções por parasitas, melhor a circulação sanguínea, e muito bom para o sistema nervoso.

maca
Maçã:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, E, magnésio, cálcio, fosforo, potássio, cobre e zinco, e ainda peticina. É eficaz nos tratamento da obesidade, problema intestinal, digestivo, fígado, colesterol, cálculos, reumatismo, arteriosclerose, artrite, febre, resfriado, cistite e fortalece o sistema imunitário. Sua casca possui nutrientes, antioxidante e substancia que evitam a proliferação de células cancerígenas, incluindo as células do cólon, da mama e do fígado.

mamao
Mamão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, ferro, cálcio, fosforo e potássio. Este fruto possui uma enzima chamada papaína, que auxilia na digestão, fígado, prisão de ventre, gripe, hérnias, desidratação. Além de proteger o organismo contra o câncer.

manga
Manga:

Rico em: vitaminas C, do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, ferro, fosforo, potássio, fibras e caroteno. São vários os benefícios que a manga traz para nossa saúde, auxilia no combate acidez, doença do estômago, problemas cardíacos, diurético e ainda ajuda controlar a tensão arterial, a tratar anemia e fortalece o sistema imunitário.

morango
Morango:

Rico em: vitaminas B5, vitamina C, ferro, potássio e fibras. O morango é muito bom para dietas de emagrecimento, ajuda prevenir o câncer, e algumas doenças cardíacas, e a reduzir o nível do colesterol, males dos rins, anemias, fadigas e doenças da pele.

melancia

Melancia:

Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, potássio, fosforo e betacaroteno. Ajuda amenizar os sinais de envelhecimento, previne contra o câncer, auxilia na eliminação de acido úrico, além de limpar o estômago, intestino e obesidade.

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Melão:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C, cálcio, magnésio, potássio,  fosforo e betacaroteno. Ajuda na desintoxicação alimentar, males dos rins, é um hidratante, também auxilia contra a obesidade, o seu suco é otimo na menopausa.

nabo
Nabo:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, cálcio,  ferro, fibras e betacaroteno. Por ser rico em fibras é eficaz no tratamento intestinal, reduz o colesterol, diabetes, cálculos, obesidade e ajuda preveni contra o câncer .

pepinos
Pepino:

Rico em: ferro, enxofre, potássio, fosforo e betacaroteno. O pepino é diurético, e ajuda a eliminar o excesso acido úrico, é muito bom para a pele e o envelhecimento.

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Pêra:

Rica em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C. silício, ferro, magnésio, enxofre, cálcio, potássio e fibras. A pêra é indicada para diabéticos, e para quem faz dieta para emagrecer, prisão de ventre, inflamação do intestino, bexiga,aparelho urinário, indigestão, complicações pulmonares, tratamento da próstata, febre, enjoo e má circulação.

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Pêssego:

Rico em: vitaminas A, C, D, iodo, magnésio, ferro, cobre, fosforo, cálcio, fibras, caroteno e flavonóides. Pelo os nutrientes que possui, beneficia o intestino, aparelho digestivo, sistema nervoso, reduz o colesterol, reumatismo, reduz a hipertensão arterial, e ainda pode contribui para proteger contra o câncer e doença cardíaca.

rabanete
Rabanete:

Rico em: vitaminas B2, C, cálcio, fosforo, ferro e potássio. o rabanete tem varias vantagens para nossa saúde, estimula a digestão, purifica o sangue, os rins, bexiga, reumatismo, artrite, alivia a congestão nasal, bronquite, resfriado, inflamações interna, erupções da pele, previne a formação de coágulos  e contribui para a diminuir o risco de câncer do pulmão e estômago.

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Repolho:

Rico em: vitaminas A, C, potássio, cálcio, e fosforo. O repolho ajuda a purificar o sangue, estimula a digestão, age contra o envelhecimento precoce, auxilia na queima de gordura, diabetes, colesterol, ulceras e canceres.

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Romã:

Rico em: vitaminas A, do complexo B, ferro e  cálcio. A romã é otimo para visão, pele, auxilia na má circulação, também ajuda na eliminação de líquidos, e é capaz de afastar doenças cardíacas e tumores.

salsas
Salsa:

Rico em: vitaminas A, C. A salsa é anticancerígena, alivia dores de estômago e ajuda na eliminação de gases, é diurético, elimina o excesso de líquidos, da celulite, inflamações da vias urinarias, cálculos renais, melhora os distúrbios menstruais, refresca o hálito e fortalece estrutura do colagénio da pele.

toranja
Toranja:

Rica em: vitamina C, potássio, cálcio folatos e caroteno. A toranja é muito bom para a visão, evitando a formação de cataratas, facilita a digestão, ainda é recomendado para a proteção contra o câncer do cólon e do estômago.

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Tomate:

Rico em: vitaminas A, B, C, fosforo, ferro, magnésio, potássio, fibras, licopeno, betacaroteno. São varias vantagens do tomate que nos traz para nossa saúde. Podemos citar algumas como: previne contra o câncer, artrites, gota, reumatismos, próstata, cistite, furúnculos, prisão de ventre, problemas estomacal e garganta.

uva
Uva:

Rico em: vitaminas do complexo B, C, potássio e carotenos. A uva é uma fruta saborosa e de grande vantagens para saúde. É indicado nos casos de ácido úrico, colesterol, obesidade, prisão de ventre, bronquite, previne contra o câncer, reduz a hipertensão arterial e alivia as perturbações urinarias.



Observação: Ensinar às crianças o valor de cada alimento os impulsiona, anima a consumi-los com mais vontade, compreendendo os benefícios para o nosso organismo e as consequências positivas para a nossa saúde.

Informações disponíveis em: http://ritasousa.net/conheca-os-beneficios-de-58-frutas-e-legumes-que-traz-a-saude. Acesso em: 25/02/2014.




ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA



Observação: A "alfabetização cartográfica" refere-se à "aquisição dos conhecimentos cartográficos em um processo de alfabetização" (SIMIELLI apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 1). Conforme aponta Ribeiro (apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 2), "a alfabetização cartográfica é o objetivo básico das séries iniciais e ela propõe atividades que desenvolvam as seguintes noções: pontos, linha, área, lateralidade, orientação, localização, referências, noção de espaço e tempo". Dentre os conceitos trabalhados na "alfabetização cartográfica", cito os seguintes, com base em Morais e Lastória (2011, p. 161):

VISÃO OBLÍQUA E VERTICAL: todo mapa possui uma visão vertical que em contraponto a visão humana dos objetos é lateral ou oblíqua. Essa diferença de perspectiva constitui um desafio para crianças (principalmente dos 1º e 2º anos do ensino fundamental), pois a adoção de outro ponto de vista (que não o real) demanda.

IMAGEM TRIDIMENSIONAL E BIDIMENSIONAL: o espaço de vivência da criança (real) é tridimensional. Já o espaço do papel é bidimensional e, por isso, demanda a adoção de um único ponto de vista para representação. Sua compreensão é complexa e no início pode ocasionar “rebatimentos” de objetos representados pelas crianças (nos desenhos). A opção metodológica de trabalhar primeiro com o espaço real (maquetes) é defendido por Simelli (2007), Almeida (1999) e outros autores. 

REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS: são feitas a partir de elementos básicos como ponto, linha e área. Inicia-se representando objetos do cotidiano (desenho) e depois se amplia para fotografias aéreas, a criança fará a seleção dos elementos que tem na foto. 

ESTRUTURAÇÃO DA LEGENDA: apresenta alto grau de dificuldade e exige que o professor possua noções fundamentais de observação, identificação, hierarquia, agrupamento, etc. 

PROPORÇÃO E ESCALA: é indicado o trabalho primeiro com a noção de proporção, as opções de atividades para o ensino da proporção são muitas e extrapolam o campo da Geografia, para a Matemática, as Artes, as Ciências da Natureza, etc. A noção de escala, mais elaborada, é abordada no 4º e 5º ano, porém será melhor compreendida a partir dos anos finais do ensino fundamental. 

LATERALIDADE, REFERÊNCIAS E ORIENTAÇÃO ESPACIAL: para Simielli (2007) são os conceitos nos quais os professores tem demonstrado maior dificuldade. O conceito de orientação espacial deve ser trabalhado a partir das noções de lateralidade e referências. O papel do professor é fundamental na organização das atividades, que devem ser realizadas primeiro no plano tridimensional para depois passar para o  bidimensional. Construir noções de lateralidade e referências, por meio do plano bidimensional é um equívoco cometido por muitos docentes que, por não compreender o processo de aquisição do conceito, dificulta a aprendizagem dos alunos. 


REFERÊNCIAS:

Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2011/geografia_artigos/6art_alfab_carto_series_iniciais.pdf. Acesso em: 22/02/2014.

- Disponível em: http://cartografiaescolar2011.files.wordpress.com/2012/03/cartografiaescolaranosiniciaisalfabetizacaocartograficapraticasprofessores.pdf. Acesso em: 22/02/2014.





A RE-INVENÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE



Corpos, imagens, luzes, sons... Toda a agitação permitida, todas as danças, os ritmos, as cores rememoravam o ano de 68, o movimento hippie e o Woodstock. Era a Parada do Orgulho Gay em Poços de Caldas e eu observava a celebração do amor livre entre todas as pessoas em um dia que parece haver apenas a proibição de proibir.
As paradas gay que ocorrem pelo mundo todo começaram com a primeira marcha de gays e lésbicas pelas ruas de São Francisco, após uma invasão ao bar Stonewall, largamente frequentado por gays na década de 70, com um álibi policial de contrabando de bebidas na época da lei seca norte-americana, diversos gays e lésbicas do local foram agredidos e presos. Indignados, articularam um movimento que daria origem as paradas gay, relembrando toda uma história de luta e de celebração a tolerância e ao amor livre. As conquistas juvenis dos anos de 68 e o discurso desse movimento estão inscrito nos corpos e nas cores vibrantes das paradas gay, na música gritante, nos beijos demorados pelas ruas das cidades onde ocorrem, nas drag queens bem montadas que reinam do alto dos trios. Quem não é visto não é lembrado, ao que me parece, e uma vez por ano milhões de pessoas marcham pelas ruas para serem vistas, lembradas.



Atualmente no Brasil existem algumas políticas públicas municipais e estaduais afirmativas e pouquíssimas de nível nacional, como o programa Brasil sem homofobia, inaugurado em 2004 e que quase nunca é levado a sério. A intenção do Brasil sem homofobia era exatamente criar núcleos de instrução e discussão com toda a sociedade sobre a homossexualidade, expondo-a cada vez mais como uma condição natural e totalmente possível de vivência da sexualidade para que através da conscientização haja uma diminuição do preconceito. 



Até pouco tempo achávamos que o Brasil era uma país de samba e carnaval, onde não existe pecado ao sul do Equador e todas as pessoas são aceitas e felizes, porém, o crescimento vertiginoso dos movimentos gays[1] trouxe a tona também a grande carga de preconceito que ainda está imbricado nos discursos recorrentes, sejam pedagógicos, religiosos ou médico-higienistas, existe sempre um trabalho da linguagem que lança a homossexualidade a invisibilidade e ao ilegítimo. Por esses motivos, e em protesto aos homossexuais que são assassinados em crimes comprovadamente de homofobia e outros que são violentados, espancados, agredidos verbalmente, demitidos de seus empregos por sua condição sexual, ocorre durante todo o ano em diferentes lugares do país, as paradas do orgulho gay.



Até o final do século XVII, a homossexualidade não existia como vemos hoje, mas ela toma seu tom, ocupa um papel e um lugar de discurso entre as sexualidades com o nascimento da psiquiatria e com a destra do conhecimento científico em detrimento do discurso religioso. Até então, ninguém precisava ser gay, não era preciso se orgulhar de nada. No momento em que ela se torna um problema de saúde e higiene física e mental, os homossexuais são convidados a se confessar, a confessar as suas práticas – essas pessoas ditas pederastas, masturbadoras, sodomitas – passam a ser classificadas como homossexuais e serem medidas e valoradas na sociedade por aquilo que fazem na cama e com quem fazem na cama. Surge então uma classe psiquiátrica, baseada em um desvio e um conceito vitoriano de moral: os homossexuais.

Já no século XX, após o surgimento da psicanálise, da psicologia e da fenomenologia, posteriormente, com a ascensão dos movimentos feministas, os homossexuais assumem definitivamente sua posição no discurso das sexualidades e partem para a reivindicação de políticas igualitárias. É após os anos de 68 que os homossexuais são “convocados”, como dizia Harvey Milk em seus discursos políticos nos Estados Unidos, a serem gays. Todos são chamados a se orgulharem disso. Chegamos as paradas gay e a um movimento que precisa se orgulhar de ser gay para que não tenham sua liberdade cerceada, seus direitos castrados ou seus amores trancados nos armários. O orgulho gay representa um grande grito de pessoas que se sentem chamadas a lutar por um mundo de maior dignidade e respeito mútuo. Isso está na base ideológica do movimento gay.
Surge um outro termo: os assumidos, ou como dizem os norte-americanos, queers. Essas pessoas que frequentam os lugares gays, como as boates, bares e as paradas, comportam-se dentro de toda uma especialidade semiótica que abarca linguagens e signos próprios, que abraçam (ainda que inconscientemente) todas essas práticas sociais ligadas a homossexualidade serão sempre os assumidos, os que sairão do armário e sentem e vivem as dores e as delícias da vida fora do armário. Do outro lado, ficam os enrustidos, milhares de pessoas que preferem seus belos armários, que é a metáfora utilizada pra quem não se assume. Vivem suas relações as escuras, tentam se distanciar do universo gay ou mesmo o que faça menção a isso. Não são pintosas, como se refere no mundo gay a pessoas pertencentes a essa esfera de comportamentos ditos queer, mas se mantém no silêncio, muitas vezes em sofrimento, mais em prol de livrar-se do preconceito declarado, para não serem feridos ou porque simplesmente não admitem essa transição histórica que convida a vida privada a ser pública.
Nessa perspectiva, pensemos que as práticas homossexuais sempre existiram inscritas em nossa história, dos gregos com seus pupilos, cultos a Afrodite, ilha de Lesbos com suas bravas amazonas-amantes até o momento atual de casamentos gay e adoção por homossexuais, essas práticas devem permanecer, contudo, é recente o fenômeno da Homossexualidade, essa homossexualidade com H maiúsculo, esse gay, essa parada, esse universo de práticas discursivas e ideológicas que comportam o que é ser homossexual no século XXI e convidam a todos aqueles, que uma vez iniciados nas práticas homossexuais, se inscrevam nessa posição de discurso. Vejam, a homossexualidade acaba de ser inventada e já se depara com uma sociedade que se acua cada vez mais ao ver os seus valores morais sendo revisitados por um bando de bichas. Concordo, pra quem olhar de fora, deve ser assustador e por isso, as paradas precisam ser constantes. É preciso o beijo gay na novela, as meninas que andam de mãos dadas, os homens que não temem se abraçar em público para que a homossexualidade seja re-inventada, de um jeito que cada pessoa possa ser do jeito que quiser, amando a quem quiser. O amor livre torna-se amor fati e os territórios de heteros, bi e gays são substituídos por um lugar das relações, fora desses sítios ideológicos que se digladiam constantemente.
Sim, parece pretensiosa essa anarquia da sexualidade, porém me parece tão autêntica que são muitos os que se dão conta desse novo amanhecer e por isso inflamam seus discursos de ódio, intolerância e discriminação. Lembremos, que há menos de dois séculos os negros eram escravizados com naturalidade e hoje já podemos olhar para isso como uma grande barbárie. Espero que em breve as paradas Gay do Brasil sejam apenas uma grande festa que comemora a alforria dos que protestaram, a memória dos que morreram; que seja uma lembrança alegre de uma resposta dada ao vitorianismo, ao patriarcalismo burguês, até mesmo as estruturas capitalísticas do social através de uma ideologia construída, territorializada, significada com uma bandeira de arco-íris que insiste em vibrar ainda que em meio a uma grande tempestade.


[1] Principalmente a partir de 1975, conforme Edith Modesto na obra “Vidas em arco-íris: depoimentos sobre a homossexualidade.”
Posted 20th August 2012 by Christopher Rodrigues


Acesso em: 26/04/2013




ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA



Observação: A "alfabetização cartográfica" refere-se à "aquisição dos conhecimentos cartográficos em um processo de alfabetização" (SIMIELLI apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 1). Conforme aponta Ribeiro (apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 2), "a alfabetização cartográfica é o objetivo básico das séries iniciais e ela propõe atividades que desenvolvam as seguintes noções: pontos, linha, área, lateralidade, orientação, localização, referências, noção de espaço e tempo". Dentre os conceitos trabalhados na "alfabetização cartográfica", cito os seguintes, com base em Morais e Lastória (2011, p. 161):

VISÃO OBLÍQUA E VERTICAL: todo mapa possui uma visão vertical que em contraponto a visão humana dos objetos é lateral ou oblíqua. Essa diferença de perspectiva constitui um desafio para crianças (principalmente dos 1º e 2º anos do ensino fundamental), pois a adoção de outro ponto de vista (que não o real) demanda.

IMAGEM TRIDIMENSIONAL E BIDIMENSIONAL: o espaço de vivência da criança (real) é tridimensional. Já o espaço do papel é bidimensional e, por isso, demanda a adoção de um único ponto de vista para representação. Sua compreensão é complexa e no início pode ocasionar “rebatimentos” de objetos representados pelas crianças (nos desenhos). A opção metodológica de trabalhar primeiro com o espaço real (maquetes) é defendido por Simelli (2007), Almeida (1999) e outros autores. 

REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS: são feitas a partir de elementos básicos como ponto, linha e área. Inicia-se representando objetos do cotidiano (desenho) e depois se amplia para fotografias aéreas, a criança fará a seleção dos elementos que tem na foto. 

ESTRUTURAÇÃO DA LEGENDA: apresenta alto grau de dificuldade e exige que o professor possua noções fundamentais de observação, identificação, hierarquia, agrupamento, etc. 

PROPORÇÃO E ESCALA: é indicado o trabalho primeiro com a noção de proporção, as opções de atividades para o ensino da proporção são muitas e extrapolam o campo da Geografia, para a Matemática, as Artes, as Ciências da Natureza, etc. A noção de escala, mais elaborada, é abordada no 4º e 5º ano, porém será melhor compreendida a partir dos anos finais do ensino fundamental. 

LATERALIDADE, REFERÊNCIAS E ORIENTAÇÃO ESPACIAL: para Simielli (2007) são os conceitos nos quais os professores tem demonstrado maior dificuldade. O conceito de orientação espacial deve ser trabalhado a partir das noções de lateralidade e referências. O papel do professor é fundamental na organização das atividades, que devem ser realizadas primeiro no plano tridimensional para depois passar para o  bidimensional. Construir noções de lateralidade e referências, por meio do plano bidimensional é um equívoco cometido por muitos docentes que, por não compreender o processo de aquisição do conceito, dificulta a aprendizagem dos alunos. 


REFERÊNCIAS:

Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2011/geografia_artigos/6art_alfab_carto_series_iniciais.pdf. Acesso em: 22/02/2014.

- Disponível em: http://cartografiaescolar2011.files.wordpress.com/2012/03/cartografiaescolaranosiniciaisalfabetizacaocartograficapraticasprofessores.pdf. Acesso em: 22/02/2014.





A RE-INVENÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE



Corpos, imagens, luzes, sons... Toda a agitação permitida, todas as danças, os ritmos, as cores rememoravam o ano de 68, o movimento hippie e o Woodstock. Era a Parada do Orgulho Gay em Poços de Caldas e eu observava a celebração do amor livre entre todas as pessoas em um dia que parece haver apenas a proibição de proibir.
As paradas gay que ocorrem pelo mundo todo começaram com a primeira marcha de gays e lésbicas pelas ruas de São Francisco, após uma invasão ao bar Stonewall, largamente frequentado por gays na década de 70, com um álibi policial de contrabando de bebidas na época da lei seca norte-americana, diversos gays e lésbicas do local foram agredidos e presos. Indignados, articularam um movimento que daria origem as paradas gay, relembrando toda uma história de luta e de celebração a tolerância e ao amor livre. As conquistas juvenis dos anos de 68 e o discurso desse movimento estão inscrito nos corpos e nas cores vibrantes das paradas gay, na música gritante, nos beijos demorados pelas ruas das cidades onde ocorrem, nas drag queens bem montadas que reinam do alto dos trios. Quem não é visto não é lembrado, ao que me parece, e uma vez por ano milhões de pessoas marcham pelas ruas para serem vistas, lembradas.



Atualmente no Brasil existem algumas políticas públicas municipais e estaduais afirmativas e pouquíssimas de nível nacional, como o programa Brasil sem homofobia, inaugurado em 2004 e que quase nunca é levado a sério. A intenção do Brasil sem homofobia era exatamente criar núcleos de instrução e discussão com toda a sociedade sobre a homossexualidade, expondo-a cada vez mais como uma condição natural e totalmente possível de vivência da sexualidade para que através da conscientização haja uma diminuição do preconceito. 



Até pouco tempo achávamos que o Brasil era uma país de samba e carnaval, onde não existe pecado ao sul do Equador e todas as pessoas são aceitas e felizes, porém, o crescimento vertiginoso dos movimentos gays[1] trouxe a tona também a grande carga de preconceito que ainda está imbricado nos discursos recorrentes, sejam pedagógicos, religiosos ou médico-higienistas, existe sempre um trabalho da linguagem que lança a homossexualidade a invisibilidade e ao ilegítimo. Por esses motivos, e em protesto aos homossexuais que são assassinados em crimes comprovadamente de homofobia e outros que são violentados, espancados, agredidos verbalmente, demitidos de seus empregos por sua condição sexual, ocorre durante todo o ano em diferentes lugares do país, as paradas do orgulho gay.



Até o final do século XVII, a homossexualidade não existia como vemos hoje, mas ela toma seu tom, ocupa um papel e um lugar de discurso entre as sexualidades com o nascimento da psiquiatria e com a destra do conhecimento científico em detrimento do discurso religioso. Até então, ninguém precisava ser gay, não era preciso se orgulhar de nada. No momento em que ela se torna um problema de saúde e higiene física e mental, os homossexuais são convidados a se confessar, a confessar as suas práticas – essas pessoas ditas pederastas, masturbadoras, sodomitas – passam a ser classificadas como homossexuais e serem medidas e valoradas na sociedade por aquilo que fazem na cama e com quem fazem na cama. Surge então uma classe psiquiátrica, baseada em um desvio e um conceito vitoriano de moral: os homossexuais.

Já no século XX, após o surgimento da psicanálise, da psicologia e da fenomenologia, posteriormente, com a ascensão dos movimentos feministas, os homossexuais assumem definitivamente sua posição no discurso das sexualidades e partem para a reivindicação de políticas igualitárias. É após os anos de 68 que os homossexuais são “convocados”, como dizia Harvey Milk em seus discursos políticos nos Estados Unidos, a serem gays. Todos são chamados a se orgulharem disso. Chegamos as paradas gay e a um movimento que precisa se orgulhar de ser gay para que não tenham sua liberdade cerceada, seus direitos castrados ou seus amores trancados nos armários. O orgulho gay representa um grande grito de pessoas que se sentem chamadas a lutar por um mundo de maior dignidade e respeito mútuo. Isso está na base ideológica do movimento gay.
Surge um outro termo: os assumidos, ou como dizem os norte-americanos, queers. Essas pessoas que frequentam os lugares gays, como as boates, bares e as paradas, comportam-se dentro de toda uma especialidade semiótica que abarca linguagens e signos próprios, que abraçam (ainda que inconscientemente) todas essas práticas sociais ligadas a homossexualidade serão sempre os assumidos, os que sairão do armário e sentem e vivem as dores e as delícias da vida fora do armário. Do outro lado, ficam os enrustidos, milhares de pessoas que preferem seus belos armários, que é a metáfora utilizada pra quem não se assume. Vivem suas relações as escuras, tentam se distanciar do universo gay ou mesmo o que faça menção a isso. Não são pintosas, como se refere no mundo gay a pessoas pertencentes a essa esfera de comportamentos ditos queer, mas se mantém no silêncio, muitas vezes em sofrimento, mais em prol de livrar-se do preconceito declarado, para não serem feridos ou porque simplesmente não admitem essa transição histórica que convida a vida privada a ser pública.
Nessa perspectiva, pensemos que as práticas homossexuais sempre existiram inscritas em nossa história, dos gregos com seus pupilos, cultos a Afrodite, ilha de Lesbos com suas bravas amazonas-amantes até o momento atual de casamentos gay e adoção por homossexuais, essas práticas devem permanecer, contudo, é recente o fenômeno da Homossexualidade, essa homossexualidade com H maiúsculo, esse gay, essa parada, esse universo de práticas discursivas e ideológicas que comportam o que é ser homossexual no século XXI e convidam a todos aqueles, que uma vez iniciados nas práticas homossexuais, se inscrevam nessa posição de discurso. Vejam, a homossexualidade acaba de ser inventada e já se depara com uma sociedade que se acua cada vez mais ao ver os seus valores morais sendo revisitados por um bando de bichas. Concordo, pra quem olhar de fora, deve ser assustador e por isso, as paradas precisam ser constantes. É preciso o beijo gay na novela, as meninas que andam de mãos dadas, os homens que não temem se abraçar em público para que a homossexualidade seja re-inventada, de um jeito que cada pessoa possa ser do jeito que quiser, amando a quem quiser. O amor livre torna-se amor fati e os territórios de heteros, bi e gays são substituídos por um lugar das relações, fora desses sítios ideológicos que se digladiam constantemente.
Sim, parece pretensiosa essa anarquia da sexualidade, porém me parece tão autêntica que são muitos os que se dão conta desse novo amanhecer e por isso inflamam seus discursos de ódio, intolerância e discriminação. Lembremos, que há menos de dois séculos os negros eram escravizados com naturalidade e hoje já podemos olhar para isso como uma grande barbárie. Espero que em breve as paradas Gay do Brasil sejam apenas uma grande festa que comemora a alforria dos que protestaram, a memória dos que morreram; que seja uma lembrança alegre de uma resposta dada ao vitorianismo, ao patriarcalismo burguês, até mesmo as estruturas capitalísticas do social através de uma ideologia construída, territorializada, significada com uma bandeira de arco-íris que insiste em vibrar ainda que em meio a uma grande tempestade.


[1] Principalmente a partir de 1975, conforme Edith Modesto na obra “Vidas em arco-íris: depoimentos sobre a homossexualidade.”
Posted 20th August 2012 by Christopher Rodrigues


Acesso em: 26/04/2013



ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA



Observação: A "alfabetização cartográfica" refere-se à "aquisição dos conhecimentos cartográficos em um processo de alfabetização" (SIMIELLI apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 1). Conforme aponta Ribeiro (apud SANTOS, BANDEIRA e LIMA, 2011, p. 2), "a alfabetização cartográfica é o objetivo básico das séries iniciais e ela propõe atividades que desenvolvam as seguintes noções: pontos, linha, área, lateralidade, orientação, localização, referências, noção de espaço e tempo". Dentre os conceitos trabalhados na "alfabetização cartográfica", cito os seguintes, com base em Morais e Lastória (2011, p. 161):

VISÃO OBLÍQUA E VERTICAL: todo mapa possui uma visão vertical que em contraponto a visão humana dos objetos é lateral ou oblíqua. Essa diferença de perspectiva constitui um desafio para crianças (principalmente dos 1º e 2º anos do ensino fundamental), pois a adoção de outro ponto de vista (que não o real) demanda.

IMAGEM TRIDIMENSIONAL E BIDIMENSIONAL: o espaço de vivência da criança (real) é tridimensional. Já o espaço do papel é bidimensional e, por isso, demanda a adoção de um único ponto de vista para representação. Sua compreensão é complexa e no início pode ocasionar “rebatimentos” de objetos representados pelas crianças (nos desenhos). A opção metodológica de trabalhar primeiro com o espaço real (maquetes) é defendido por Simelli (2007), Almeida (1999) e outros autores. 

REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS: são feitas a partir de elementos básicos como ponto, linha e área. Inicia-se representando objetos do cotidiano (desenho) e depois se amplia para fotografias aéreas, a criança fará a seleção dos elementos que tem na foto. 

ESTRUTURAÇÃO DA LEGENDA: apresenta alto grau de dificuldade e exige que o professor possua noções fundamentais de observação, identificação, hierarquia, agrupamento, etc. 

PROPORÇÃO E ESCALA: é indicado o trabalho primeiro com a noção de proporção, as opções de atividades para o ensino da proporção são muitas e extrapolam o campo da Geografia, para a Matemática, as Artes, as Ciências da Natureza, etc. A noção de escala, mais elaborada, é abordada no 4º e 5º ano, porém será melhor compreendida a partir dos anos finais do ensino fundamental. 

LATERALIDADE, REFERÊNCIAS E ORIENTAÇÃO ESPACIAL: para Simielli (2007) são os conceitos nos quais os professores tem demonstrado maior dificuldade. O conceito de orientação espacial deve ser trabalhado a partir das noções de lateralidade e referências. O papel do professor é fundamental na organização das atividades, que devem ser realizadas primeiro no plano tridimensional para depois passar para o  bidimensional. Construir noções de lateralidade e referências, por meio do plano bidimensional é um equívoco cometido por muitos docentes que, por não compreender o processo de aquisição do conceito, dificulta a aprendizagem dos alunos. 


REFERÊNCIAS:

Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2011/geografia_artigos/6art_alfab_carto_series_iniciais.pdf. Acesso em: 22/02/2014.

- Disponível em: http://cartografiaescolar2011.files.wordpress.com/2012/03/cartografiaescolaranosiniciaisalfabetizacaocartograficapraticasprofessores.pdf. Acesso em: 22/02/2014.





A RE-INVENÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE



Corpos, imagens, luzes, sons... Toda a agitação permitida, todas as danças, os ritmos, as cores rememoravam o ano de 68, o movimento hippie e o Woodstock. Era a Parada do Orgulho Gay em Poços de Caldas e eu observava a celebração do amor livre entre todas as pessoas em um dia que parece haver apenas a proibição de proibir.
As paradas gay que ocorrem pelo mundo todo começaram com a primeira marcha de gays e lésbicas pelas ruas de São Francisco, após uma invasão ao bar Stonewall, largamente frequentado por gays na década de 70, com um álibi policial de contrabando de bebidas na época da lei seca norte-americana, diversos gays e lésbicas do local foram agredidos e presos. Indignados, articularam um movimento que daria origem as paradas gay, relembrando toda uma história de luta e de celebração a tolerância e ao amor livre. As conquistas juvenis dos anos de 68 e o discurso desse movimento estão inscrito nos corpos e nas cores vibrantes das paradas gay, na música gritante, nos beijos demorados pelas ruas das cidades onde ocorrem, nas drag queens bem montadas que reinam do alto dos trios. Quem não é visto não é lembrado, ao que me parece, e uma vez por ano milhões de pessoas marcham pelas ruas para serem vistas, lembradas.



Atualmente no Brasil existem algumas políticas públicas municipais e estaduais afirmativas e pouquíssimas de nível nacional, como o programa Brasil sem homofobia, inaugurado em 2004 e que quase nunca é levado a sério. A intenção do Brasil sem homofobia era exatamente criar núcleos de instrução e discussão com toda a sociedade sobre a homossexualidade, expondo-a cada vez mais como uma condição natural e totalmente possível de vivência da sexualidade para que através da conscientização haja uma diminuição do preconceito. 



Até pouco tempo achávamos que o Brasil era uma país de samba e carnaval, onde não existe pecado ao sul do Equador e todas as pessoas são aceitas e felizes, porém, o crescimento vertiginoso dos movimentos gays[1] trouxe a tona também a grande carga de preconceito que ainda está imbricado nos discursos recorrentes, sejam pedagógicos, religiosos ou médico-higienistas, existe sempre um trabalho da linguagem que lança a homossexualidade a invisibilidade e ao ilegítimo. Por esses motivos, e em protesto aos homossexuais que são assassinados em crimes comprovadamente de homofobia e outros que são violentados, espancados, agredidos verbalmente, demitidos de seus empregos por sua condição sexual, ocorre durante todo o ano em diferentes lugares do país, as paradas do orgulho gay.



Até o final do século XVII, a homossexualidade não existia como vemos hoje, mas ela toma seu tom, ocupa um papel e um lugar de discurso entre as sexualidades com o nascimento da psiquiatria e com a destra do conhecimento científico em detrimento do discurso religioso. Até então, ninguém precisava ser gay, não era preciso se orgulhar de nada. No momento em que ela se torna um problema de saúde e higiene física e mental, os homossexuais são convidados a se confessar, a confessar as suas práticas – essas pessoas ditas pederastas, masturbadoras, sodomitas – passam a ser classificadas como homossexuais e serem medidas e valoradas na sociedade por aquilo que fazem na cama e com quem fazem na cama. Surge então uma classe psiquiátrica, baseada em um desvio e um conceito vitoriano de moral: os homossexuais.

Já no século XX, após o surgimento da psicanálise, da psicologia e da fenomenologia, posteriormente, com a ascensão dos movimentos feministas, os homossexuais assumem definitivamente sua posição no discurso das sexualidades e partem para a reivindicação de políticas igualitárias. É após os anos de 68 que os homossexuais são “convocados”, como dizia Harvey Milk em seus discursos políticos nos Estados Unidos, a serem gays. Todos são chamados a se orgulharem disso. Chegamos as paradas gay e a um movimento que precisa se orgulhar de ser gay para que não tenham sua liberdade cerceada, seus direitos castrados ou seus amores trancados nos armários. O orgulho gay representa um grande grito de pessoas que se sentem chamadas a lutar por um mundo de maior dignidade e respeito mútuo. Isso está na base ideológica do movimento gay.
Surge um outro termo: os assumidos, ou como dizem os norte-americanos, queers. Essas pessoas que frequentam os lugares gays, como as boates, bares e as paradas, comportam-se dentro de toda uma especialidade semiótica que abarca linguagens e signos próprios, que abraçam (ainda que inconscientemente) todas essas práticas sociais ligadas a homossexualidade serão sempre os assumidos, os que sairão do armário e sentem e vivem as dores e as delícias da vida fora do armário. Do outro lado, ficam os enrustidos, milhares de pessoas que preferem seus belos armários, que é a metáfora utilizada pra quem não se assume. Vivem suas relações as escuras, tentam se distanciar do universo gay ou mesmo o que faça menção a isso. Não são pintosas, como se refere no mundo gay a pessoas pertencentes a essa esfera de comportamentos ditos queer, mas se mantém no silêncio, muitas vezes em sofrimento, mais em prol de livrar-se do preconceito declarado, para não serem feridos ou porque simplesmente não admitem essa transição histórica que convida a vida privada a ser pública.
Nessa perspectiva, pensemos que as práticas homossexuais sempre existiram inscritas em nossa história, dos gregos com seus pupilos, cultos a Afrodite, ilha de Lesbos com suas bravas amazonas-amantes até o momento atual de casamentos gay e adoção por homossexuais, essas práticas devem permanecer, contudo, é recente o fenômeno da Homossexualidade, essa homossexualidade com H maiúsculo, esse gay, essa parada, esse universo de práticas discursivas e ideológicas que comportam o que é ser homossexual no século XXI e convidam a todos aqueles, que uma vez iniciados nas práticas homossexuais, se inscrevam nessa posição de discurso. Vejam, a homossexualidade acaba de ser inventada e já se depara com uma sociedade que se acua cada vez mais ao ver os seus valores morais sendo revisitados por um bando de bichas. Concordo, pra quem olhar de fora, deve ser assustador e por isso, as paradas precisam ser constantes. É preciso o beijo gay na novela, as meninas que andam de mãos dadas, os homens que não temem se abraçar em público para que a homossexualidade seja re-inventada, de um jeito que cada pessoa possa ser do jeito que quiser, amando a quem quiser. O amor livre torna-se amor fati e os territórios de heteros, bi e gays são substituídos por um lugar das relações, fora desses sítios ideológicos que se digladiam constantemente.
Sim, parece pretensiosa essa anarquia da sexualidade, porém me parece tão autêntica que são muitos os que se dão conta desse novo amanhecer e por isso inflamam seus discursos de ódio, intolerância e discriminação. Lembremos, que há menos de dois séculos os negros eram escravizados com naturalidade e hoje já podemos olhar para isso como uma grande barbárie. Espero que em breve as paradas Gay do Brasil sejam apenas uma grande festa que comemora a alforria dos que protestaram, a memória dos que morreram; que seja uma lembrança alegre de uma resposta dada ao vitorianismo, ao patriarcalismo burguês, até mesmo as estruturas capitalísticas do social através de uma ideologia construída, territorializada, significada com uma bandeira de arco-íris que insiste em vibrar ainda que em meio a uma grande tempestade.


[1] Principalmente a partir de 1975, conforme Edith Modesto na obra “Vidas em arco-íris: depoimentos sobre a homossexualidade.”
Posted 20th August 2012 by Christopher Rodrigues


Acesso em: 26/04/2013

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