domingo, 29 de maio de 2016

ALFABE...PIRAR!




Alfabetizar parece ser o desejo de toda criança, de todo pai e toda mãe, de toda professora. Conhecer o alfabeto parece ser o primeiro grande desafio dessa jornada. Juntar as sílabas, algumas vezes, se torna o segundo desafio. Daí por diante, formar palavras simples se torna possível para algumas crianças e mais difícil para outras. É nessas horas que algumas crianças resolvem "retirar-se discretamente, cair fora, dar o pira". E então se instala uma fuga desse aprender - o aprender do alfabeto - que surge como um "evadir-se", um "safar-se". Alfabetizar-se torna-se, assim, uma tarefa enfadonha, cheia de obstáculos, de dificuldades. Mas eis que um dia essa criança descobre que "dar o pira" ou o "pirar" pode ser uma forma de aprender. É quando essa criança resolve dar um "pira" no alfabeto, passando a ver as letras de outro modo, fazendo-as parecer com coisas que já conhece para depois fazê-las dançar juntas ou separadas. Nessa descoberta alegre, as letras mais conhecidas dela passam a se abraçar, a se mexer, até formar alguns sons mais agradáveis, mais audíveis, menos confusos. Alfabetizar deixa de ser uma tarefa e passa a ser uma invenção! Invenção que não tem ordem nem lugar, que não é ensinada e sim aprendida. Uma invenção que permite "pirar" para criar, "pirar" para fazer o alfabeto se movimentar e os encontros das letras alegrar! Quando isso ocorre com essa criança, ela percebe que agora pode se "ALFABE...PIRAR", ou seja, criar um jeito novo e muito próprio de aprender o alfabeto. Assim, ela "pira" a ordem estável das coisas, "pira" seu modo de aprender, "pira" para criar um outro caminho de formar palavras. Ela "pira" as próprias palavras, criando outras e sempre outras, à sua maneira.

Disponível em: https://www.google.com.br/#q=pirarhttp://cantinhodaprofally.blogspot.com.br/2013/01/jogos-para-alfabetizar.html. Acesso em: 29/05/2016.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

LIVROS INFANTIS FEMINISTAS


Não tem como negar que as histórias que ouvimos quando crianças têm efeito sobre nós – até hoje lembro das noites lendo as Fábulas de Esopo ou 1001 noites, e eu já escrevi aqui no site como estudos indicam que ler Harry Potter na infância pode ter tido efeito sobre uma geração inteira.
Por isso essa lista – 10 livros para meninos e meninas que saiam dos estereótipos, com histórias que acostumem as crianças desde cedo com um mundo mais diverso. Os livros foram retirados principalmente da lista do Geledés, do Não Pule a Janela e da ISTOÉ!  Vamos lá!

Tudo Bem Ser Diferente de Todd Parr
Resumo: ‘Tudo bem ser diferente’ trabalha com as diferenças de cada um de maneira divertida, simples e completa, alcançado o universo infantil e trabalhando com assuntos que deixam os adultos de cabelos em pé, como adoção, separação de pais, deficiências físicas, preconceitos raciais.Faixa etária: de 05 a 08 anos.

Menina Bonita Do Laço de Fita de Ana Maria Machado
Resumo: “Menina Bonita do Laço de Fita” traz uma linda história, onde um coelho branquinho queria casar-se e ter uma filha “bem pretinha”. Durante a obra, o coelho tenta descobrir o segredo para conquistar o seu tão sonhado desejo. Leia o livro e acompanhe a busca do coelhinho! Faixa etária:  de 6 até 7 anos.

Até As Princesas Soltam Pum
Resumo: O pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou para a filha algo que ninguém sabia… Descubram esse segredo e não contem pra ninguém. Faixa etária:  de 3 até 12 anos.

Por Que Só As Princesas Se Dão Bem? de Thalita Rebouças
Resumo: O livro é um conto de fada às avessas que vai conquistar as leitoras mirins. Com o estilo bem-humorado que é sua marca registrada, a autora desconstrói o fascínio das meninas pelo universo das princesas ao contar a história de Bia, uma menina apaixonada por esse mundo encantando, até o dia em que ela entra numa história e descobre que vida de princesa pode ser muito chata e solitária. Faixa etária: acima de 7 anos.

Eugênia E Os Robôs de Janaina Takitaka
Resultado de imagem para eugenia e os robos
Resumo: Eugênia é uma menina de 11 anos apaixonada por mecânica e elétrica e capaz de consertar qualquer aparelho eletrônico. Seu quarto, repleto de fios e outras traquitanas, parece mais um cenário de filme de ficção científica do que o mundinho cor-de-rosa de uma pré-adolescente! Cansada de tentar entender os seres humanos, que ela considera muito complicados, mas sentindo-se sozinha, Eugênia decide criar seus próprios amigos – companheiros, leais e… devidamente programados por ela. Mas será que esses seres previsíveis conseguirão substituir os amigos de carne e osso de quem Eugênia tanto sente falta, com suas atitudes e pensamentos por vezes indecifráveis? Faixa etária: é considerado literatura infanto-juvenil, então para crianças um pouco mais velhas.

O Menino De Vestido de David Walliams
Resumo: A vida de Dennis não é nenhum mar de rosas – ele foi abandonado pela mãe, não se entende com o irmão, o pai está deprimido e, para piorar, há uma regra em casa que proíbe abraços. Só duas coisas o fazem feliz – jogar futebol e olhar vestidos bonitos. Ele é o atacante do time do colégio e adora a revista Vogue. Durante uma detenção, Dennis conhece Lisa, a menina mais bonita da escola e que também se interessa por moda. Os dois se tornam amigos e passam a se encontrar na casa dela. Até que um dia ela o convence a pôr um vestido e ir à aula fingindo ser uma aluna de intercâmbio. É nesse momento que a vida chata e comum de Dennis se transforma em algo extraordinário. Faixa etária: é considerado literatura infanto-juvenil, então para crianças um pouco mais velhas.

A Princesa Sabichona de Babette Cole
Resumo: Um dia a Princesa Sabichona recebeu uma ordem de sua mãe: – Trate de arranjar um marido! Acontece que a menina era cheia de vontades e só queria fazer o que bem entendesse. Tanto fez que acabou ficando sozinha… para a felicidade de todos, dela e de seus pretendentes.Faixa etária: de 05 a 08 anos.

A Princesa e A Ervilha de Rachel Isadora
Resumo: Durante dez anos a escritora e ilustradora Rachel Isadora percorreu vários países da África para se inspirar e adaptar a clássica história de Hans Christian Andersen, A Princesa e a Ervilha. As primorosas ilustrações levam os leitores a um universo africano mágico em que uma ervilha muda os destinos. Descubra como isso é possível lendo o livro. Faixa etária: 3 a 5 anos.

Meninas Negras de Madu Costa
Resumo: Griot é o contador de histórias africano que passa a tradição dos antepassados de geração em geração. O objetivo dessa coleção é trabalhar a identidade afrodescendente na imaginação infantil. E é justamente à imaginação que esses livros falam a partir de uma composição sensível, de textos curtos e poéticos, associados a belas ilustrações. Modo lúdico de reforçar a autoestima da criança a partir da valorização de seus antepassados, de sua cultura e de sua cor. Faixa etária: 3 a 5 anos.

Uma Chapeuzinho Vermelho de Marjolaine Leray
Resumo: Qual a criança que não vive a sensação de medo através da figura do famoso Lobo Mau? Ele é grande, forte, feroz e ruim até o último pelo. Aqui neste livro, ele continua sendo tudo isso, com a diferença de que a Chapeuzinho, além de muito esperta, não tem nenhuma compaixão pela fera. Uma coisa é certa, o final é surpreendente! Faixa etária: 3 a 5 anos.

Príncipe Cinderelo de Babette Cole
Resumo: Coitado do Príncipe Cinderelo… estava sempre limpando, esfregando e cuidando dos seus três irmãos enormes e peludos (que também eram muito fanfarrões). Um sábado à noite, uma fada muito sujinha caiu pela chaminé e prometeu realizar todos os desejos do Príncipe… Faixa etária: 8 a 11 anos.

A princesa que queria ser rei de Sara Monteiro
Resumo: Desde criança que o seu maior desejo era herdar o trono e governar. Mas o rei e as leis diziam que apenas um homem o podia ocupar. Esta é a história da luta da princesa para provar que é tão boa como qualquer homem. E mesmo melhor. Faixa etária: 5 a 10 anos.

Disponível em: http://naoaguentoquando.com.br/referencias/10-livros-feministas-para-criancas/; http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blogspot.com.br/2012/05/tudo-bem-ser-diferente-de-todd-parr.html; http://aprendizagemafetiva.blogspot.com.br/2012/11/atividades-do-projeto-menina-bonita-do.html; http://pt.slideshare.net/mariaelidias/at-as-princesas-soltam-pum-17712329; http://www.rocco.com.br/livro/?cod=2399; http://www.americanas.com.br/produto/119485754/livro-o-menino-de-vestido; http://www.estantevirtual.com.br/b/babette-cole/a-princesa-sabichona/754257761; http://www.coisas.com/Contos-de-Sempre-A-Princesa-e-a-Ervilha-10-1990,name,217560265,auction_id,auction_details; http://www.buscape.com.br/meninas-negras-col-griot-mirim-madu-costa-8571605181; http://www.revistaemilia.com.br/mostra.php?id=300; http://www.livrariacultura.com.br/p/principe-cinderelo-389475; http://www.fnac.pt/A-Princesa-Que-Queria-Ser-Rei/a101432; https://livrodeinfancia.com/2015/03/17/eugenia-e-os-robos-e-uma-historia-meio-nerd-que-fala-sobre-humanos/; http://prolivro.org.br/home/newsletter/noticias/3984-12-de-outubro-dia-das-criancas-e-dia-nacional-da-leitura-4645. Acesso em: 20/05/2016.

sábado, 14 de maio de 2016

ALGUMAS PRÁTICAS ESSENCIAIS EM ALFABETIZAÇÃO
(REVISTA NOVA ESCOLA)

     


Conheça as ações para fazer toda a turma avançar, as características das atividades desafiadoras em cada um dos seis tópicos e os equívocos comuns


1 Identificar o que cada criança da turma já sabe 
O que é

Avaliar o nível de alfabetização e as intervenções mais adequadas para cada aluno. Antes mesmo de entrar na escola, as crianças já estão cercadas por textos, mas o contato com eles depende dos hábitos de cada família. Assim, uma turma de 1º ano vai apresentar uma variedade enorme de saberes, com estudantes pré-silábicos (quando as letras usadas na escrita não têm relação com a fala), silábicos sem valor sonoro (representando cada sílaba com uma letra aleatória), com valor sonoro (usando uma das letras da sílaba para representá-la), silábico-alfabéticos (que alternam a representação silábica com uma ou mais letras da sílaba) e, finalmente, alfabéticos (que escrevem convencionalmente, apesar de eventuais erros ortográficos). 


Ações
A atividade de diagnóstico mais comum é o ditado de uma lista de palavras dentro de um mesmo campo semântico (por exemplo, uma lista de frutas) com quantidade diferente de sílabas. Com base nela, é possível elaborar um mapa dos saberes da turma e planejar ações (leia o depoimento abaixo). Também vale usar os resultados das sondagens periódicas para informar os pais sobre os avanços de seus filhos.


Mapa dos saberes é a base para formar grupos
Foto: Marcio Lima

"Quando comecei a alfabetizar, não utilizava os resultados dos diagnósticos em sala de aula. Hoje, o mapa da classe funciona como um subsídio obrigatório para a organização de grupos de alunos com saberes próximos. Uma criança pré-silábica precisa de uma ajuda muito diferente de uma alfabética, por exemplo. Além disso, o diagnóstico me ajuda a planejar atividades diferenciadas. Ao mesmo tempo em que trabalho textos de memória com os que estão em hipóteses menos avançadas, promovo a leitura com os que já sabem ler." 

Elienai Sampaio Gonçalves de Brito é professora do 1º ano da EM Barboza Romeu, em Salvador, BA.


2 Realizar atividades com foco no sistema de escrita
O que é
Criar momentos para que os alunos sejam convidados a pensar sobre as relações grafofônicas e as peculiaridades da língua escrita. A intenção é fazer com que eles investiguem quais letras, quantas e onde usá-las para escrever. Alguns exemplos de perguntas para a turma: a palavra que você procura começa com que letra? Termina com qual? Quantas letras você acha que ela tem? É por meio de reflexões desse tipo que as crianças entendem a ligação entre os sons e as possíveis grafias. Algo muito distinto do que se fazia até pouco tempo atrás, quando vigorava a ideia de memorização. Os alunos primeiro repetiam inúmeras vezes as sílabas já formadas (ba, be, bi, bo, bu) e depois tentavam formar palavras e frases utilizando as sílabas que já haviam aprendido ("O burro corria para o correio", "Ivo viu a uva" e outras sem sentido algum). Só depois de guardar todas as possibilidades, a criança começava a escrever pequenos textos. O pior era que, em muitos casos, o momento da produção nunca chegava. 

Ações
Desafiar os alunos a ler e a escrever, por conta própria, textos de complexidade adequada ao seu estágio de alfabetização (leia o depoimento abaixo). No esforço de entender como funciona o sistema alfabético, as crianças vão inicialmente tentar ler com base no que conhecem sobre a escrita e onde ela aparece (cartazes, livros, jornais etc.), utilizando o contexto para identificar palavras ou partes delas. As questões que o professor faz para que a criança justifique o que está escrito e os conflitos cognitivos decorrentes dessas indagações e da interação com os colegas levam à revisão de suas hipóteses.


Listas para desafiar a turma a escrever
Foto: Raoni Maddalena

"Tenho clareza de que as crianças refletem sobre o sistema de escrita quando são desafiadas a ler e a escrever. Meu foco são os que ainda não estão alfabéticos. Para eles, preparo listas (de frutas, dos nomes da chamada etc.) e textos de memória (músicas, adivinhas etc.). Procuro ainda respeitar o tempo de evolução de cada aluno. Não dá para forçar que ele mude de hipótese só mostrando o que está errado. Esse é um processo cognitivo que depende de cada um." 


Angela Viera dos Santos é professora do 2º ano da EE Josefina Maria Barbosa, em São Paulo, SP.


3Realizar atividades com foco nas práticas de linguagem

O que é

Ajudar as crianças a entender como os textos se organizam e os aspectos específicos da linguagem escrita. Mais que enumerar as características dos diferentes gêneros, o importante é levar a turma a perceber as características sociocomunicativas de cada um deles, mostrando que aspectos como o estilo e o formato do material dependem da intenção do texto (por que se escreve) e de seu destinatário (para quem se escreve). "Isso se faz com a produção e a reflexão sobre bons exemplos", diz Neurilene Martins, coordenadora do Instituto Chapada, em Salvador. 

Ações
As atividades mais consagradas são a leitura em voz alta e a produção de texto com o professor como escriba. Nas situações de leitura, o docente atua como um modelo de leitor: ele questiona as intenções do autor ao escolher expressões e palavras, retoma passagens importantes e ajuda na construção do sentido. Já nas ações de produção de texto oral com destino escrito (leia o depoimento abaixo), ao propor que os estudantes ditem um texto, ele discute a estrutura daquele gênero, escreve e revisa coletivamente, sugerindo alterações para tornar a composição mais interessante.


Produzir textos antes mesmo de saber escrever convencionalmente
Foto: Marina Piedade

"Em minha turma, todo dia leio uma história de literatura infantil. Dessa forma, as crianças entram em contato com a linguagem que se escreve - que, em vários casos, tem marcas distintas da oral. Também atuo constantemente como escriba. Quando vou escrever um cartaz, por exemplo, peço para os alunos me ajudarem com as ideias e que pensem na melhor maneira de comunicar o que queremos. É utilizando a língua escrita em contextos reais de comunicação que as crianças aprendem a ler e escrever de forma autônoma". 


Luciana Kornatzki é professora do 1º ano da Escola Desdobrada Jurerê, em Florianópolis, SC.


4 Utilizar projetos didáticos para alfabetizar
Contemplar, na rotina da classe, um processo planejado com a participação dos alunos que resulte em um produto final escrito (uma carta, um livro, um seminário etc.). Esse tipo de organização do trabalho preserva a intenção comunicativa dos textos (informar, entreter etc.), respeitando o destinatário real da produção. Com isso, fornece um sentido maior para as atividades a ser realizadas pelos alunos, já que eles sabem que o resultado final será lido por outras pessoas, além da professora. Nos projetos didáticos, as crianças enfrentam situações e desafios reais de produção. "Com isso, aprendem usos e funções da escrita enquanto aprendem a escrever", explica Cristiane Pelisssari. Uma das principais vantagens do trabalho com projetos didáticos é a possibilidade de articulação entre momentos de reflexão sobre o sistema alfabético e sobre as práticas de linguagem. Outro ponto positivo é a criação de um contexto para a leitura e a escrita: por estarem debruçados sobre determinado assunto, os alunos conseguem ativar um repertório de conhecimentos sobre o tema que estão pesquisando para antecipar o que ler e saber o que escrever (leia o depoimento abaixo).



Ações
Geralmente, os projetos estão relacionados à pesquisa de temas de interesse da criançada. Os alunos são convidados a buscar informações, relacionar conhecimentos, realizar registros, produzir textos e revisá-los. Uma das vantagens dos projetos é que eles proporcionam uma organização flexível do tempo: de acordo com o objetivo que se pretende atingir, um projeto pode ocupar somente alguns dias ou se desenvolver ao longo de vários meses.


Escrever para ser lido e compreendido
Foto: Raoni Maddalena

"Nos projetos didáticos, as crianças têm mais facilidade para tentar ler e escrever autonomamente porque conhecem o tema em que estão trabalhando. Outro destaque é a possibilidade de aliar a discussão do sistema e das práticas de linguagem. Num projeto sobre lixo, por exemplo, escrevemos listas de objetos recicláveis e mergulhamos na análise de bons modelos de panfletos informativos para criar coletivamente nossas próprias versões." 


Ana Karina Zambaldi é professora do 1º ano da EMEB Professor Nelson Neves de Souza, Mogi-Mirim, SP.


5Trabalhar com sequências didáticas



O que é 
Lançar mão de série de atividades focadas num conteúdo específico, em que uma etapa está ligada à outra. Na alfabetização, as sequências podem ser usadas para focar aspectos tanto da leitura como do sistema de escrita. 

Ações
Na leitura, uma opção é ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero, variadas obras de um mesmo autor, textos sobre um mesmo tema ou versões de uma mesma história (leia o depoimento abaixo). A sequência deve estar ligada aos propósitos leitores que se quer aprofundar. Se a ideia é ler para saber mais, a sequência deve contemplar as diversas etapas de pesquisa, da localização ao registro de informações. Se o objetivo é a leitura para entreter, a turma pode avaliar os recursos linguísticos utilizados para provocar suspense, comicidade etc. e criar um arquivo de expressões úteis para as próprias produções. Uma sequência semelhante pode ser preparada para apresentar desafios relacionados ao sistema de escrita. Numa lista de livros de bruxa, por exemplo, a garotada pode ser convidada a criar um título que tenha palavras específicas (como "a bruxinha malvada").


Ler várias versões para conhecer recursos de linguagem
Foto: Raoni Maddalena

"Uma das minhas sequências preferidas é a leitura de várias versões de um mesmo conto. Cada aluno se identifica mais com uma versão. Debatemos as diferenças entre as versões e nos focamos na linguagem. Às vezes, leio um livro cuja história começa com 'viveram felizes para sempre'. De cara, a reação dos estudantes é de estranheza, mas contribuo para que eles entendam que existem muitas formas de contar uma história, que a escolha das palavras e da ordem do texto muda muito a própria história e o sentido que ela traz." 


Valdeci Gomes Oliveira da Silva, 48 anos, professora do 2º ano da EE Benedito Gomes, em Santo André, SP


Incluir atividades permanentes na rotina



O que é
Prever atividades diárias para colocar os alunos em contato constante com determinados conteúdos importantes para conseguir ler e escrever de forma convencional. "No caso da escrita, o domínio do sistema alfabético requer sucessivas aproximações e tentativas de escrever adequadamente", afirma Neurilene Martins. Outro foco é a aprendizagem de procedimentos e comportamentos leitores e escritores: por onde e como começo a ler? Como tomar pequenas notas na hora de pesquisa? Como expressar preferências literárias e trocar informações sobre os livros? 

Ações
Em termos de escrita, destaque para listas, textos de memória (como parlendas e poemas) e atividades com o nome próprio e os dos colegas de classe e com a troca de recomendações literárias. Quando se trata de ler, a possibilidade mais consagrada é a leitura diária feita pelo professor em voz alta de textos variados (leia o depoimento abaixo).


Desafios diários de leitura e escrita
Foto: Marcelo Almeida

"Meus alunos já sabem que todo dia vamos ler um texto diferente. Em alguns dias, são contos e, em outros, lendas ou textos informativos. Aproveito que eles conhecem muitas histórias para colocar os títulos preferidos no quadro e desafiar a turma a ler o que está escrito. Além disso, todo dia as crianças escrevem textos variados: listas, cruzadinhas, bilhetes... É uma forma de ajudá-las a se aproximar, ao mesmo tempo, das características do sistema e da linguagem." 


Elaine Barli Bacilli é professora do 1º ano da EM Rui Barbosa, em Umuarama, PR.


Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/alfabetizacao-6-praticas-essenciais-letramento-618025.shtml?page=5. Acesso em: 14/05/2016.
Imagens disponíveis em: http://www.novalimaperfil.com.br/site_nlperfil/index.php?option=com_content&view=article&id=465:alfabetizacao-e-letramento-a-arte-de-ensinar-a-ler-e-escrever-para-a-vida-toda&catid=4:educacao&Itemid=125; http://petpedagogia.blogspot.com.br/2012/12/alfabetizar-letrando-o-uso-de-textos-na.html; http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/alfabetizacao-como-trabalhar-linguagem-reflexao-sistema-juntos-683013.shtml; http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/213/apos-a-alfabetizacao-desafio-do-professor-e-inserir-as-criancas-335640-1.asp; http://semed.manaus.am.gov.br/discutir-para-melhorar/; https://escolatarga.wordpress.com/2011/01/27/programa-de-alfabetizacao/. Acesso em: 14/05/2016.

domingo, 8 de maio de 2016

FELIZ DIA PARA AS MÃES 
QUE SÃO DIFERENTES!!!

 


Oi, mãe! Sou eu, sua filha. Quero lhe dizer que gosto muito 

do seu jeito de me acarinhar, de falar comigo, de cuidar de 

mim e de me contar histórias antes de dormir!

Gosto muito de saber que és diferente de mim. Diferente na 

cor da pele, do cabelo, nas feições do rosto...

Gosto de ter uma mãe assim diferente como você!

Diferente de mim? Nem sei... Já me sinto muito parecida 

com você em muitas coisas.

Talvez você apenas seja uma mãe diferente das outras.

Diferente porque você me escolheu para ser sua filha, 

porque não cresci em seu ventre...

Diferente porque sabe que eu também te escolhi para ser 

minha mãe!

Olha, mãe... Tenho muito orgulho de ter você como mãe!

Sou muito feliz de ser sua filha!

Parabéns, por ser essa mãe diferente e linda! Diferente e 

amiga! Diferente e uma lição de vida pra mim!

Beijos no seu coração!


Imagem disponível em: https://www.facebook.com/edna.coisasqueeusei/photos/a.333190936720249.73529.332459973460012/1094651337240868/?type=3&theater. Acesso em: 08/05/2016.