terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ALFABETIZAÇÃO E MATERIAL DIDÁTICO


No processo de alfabetização é muito comum o uso de materiais didáticos sequenciados, organizados pelo grau de dificuldade (do menor para o maior) e com atividades de repetição (daquilo que foi ensinado). Quando esse material não chega pronto (na forma de livro didático ou de cartilhas), o/a professor/a acaba elaborando o seu próprio material em função do que ele/a considera que seja bom para os/as alunos/as e também daquilo que ele acha que as crianças necessitam naquele momento. Aí é que mora o perigo. Geralmente, ao se elaborar um material didático para uma aula, pensa-se na turma enquanto uma coletividade homogênea. Passa-se, então, a mesma sequência didática para todos/as os/as alunos/as. O problema surge não porque as atividades são as mesmas, mas porque os/as alunos/as estão em momentos diferentes da aprendizagem e necessitam de atividades também diferentes, conforme o nível em que se encontram. Nesse sentido, o problema deixa de ser o uso do material didático e passa a ser o modo como ele é usado e em que momento. O livro didático pode ser um aliado na aprendizagem quando, por exemplo, o/a professor/a organiza a turma em grupos (conforme o nível de aprendizagem) e lhes oferece atividades do livro também diferentes. É preciso reformularmos os usos que fazemos dos materiais didáticos, quaisquer que sejam. Está na hora de atentarmos para as especificidades de cada aluno/a e para o que precisam aprender. Assim, a escolha do material passa a decorrer da necessidade do/a aluno/a e não mais da comodidade do/a professor/a ao preparar algo único para todos/as.


Imagem disponível em: http://mtpcefapro.blogspot.com.br/2013/05/seminarios-pnld-2014-assista-online.html. Acesso em: 10/02/2015.

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