quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CASTELO DE LETRAS



Certo dia uma menina disse assim pra mim: "Tia, um dia eu vou ter um Castelo todinho pra mim! E nele vai ter um monte de letrinhas... Algumas iguais e outras diferentes, pra eu poder escrever!". Essa fala não me saiu da cabeça e logo pensei: essa menina não fala apenas da construção de simples palavras, mas inclui nela também a construção de um sonho! Muitas vezes, a alfabetização se mistura com o desejo, o sonho e a fantasia das crianças. Não é raro ouvir as crianças "lendo" as histórias de Conto de Fadas sem ter ainda aprendido a codificar letras e sons. O imaginário, a vontade de ser um dos príncipes ou princesas que habitam esse Castelo faz com que as crianças povoem esse Castelo. Aos poucos o Castelo vazio passa a ser ocupado com esses sonhos que impulsionam o desejo de aprender. As letras começam, então, a ocupar o Castelo e, ao se misturar, formam infinitas combinações de palavras e frases! Assim, vai se compondo o Castelo de cada um/a, com infinitas formas e cores, de acordo com o sonho que cada um/a sonhou!

Imagem disponível em: http://escolacastelodasletras.blogspot.com.br/2012/07/bem-vindos-escola-de-educacao-infantil.html. Acesso em: 11/09/2014.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

RECEITA DA ALFABETIZAÇÃO E ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA

RECEITA DA ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA

Pegue uma criança de 6 anos e lave-a bem. Enxágüe-a com cuidado, enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula. Nas oito primeiras semanas, alimente-a com exercícios de prontidão. Na 9ª semana ponha uma cartilha nas mãos da criança. Tome cuidado para que ela não se contamine no contato com livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos.
Abra a boca da criança e faça com que engula as vogais. Quando tiver digerido as vogais, mande-a mastigar, uma a uma, as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada, no mínimo, 60 vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos. Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia.
Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas. Se isso acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.
Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita tantas vezes forem necessárias. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel pardo e coloque um rótulo: aluno renitente.



Pegue uma criança de 6 anos ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais, livros, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, vários tipos de materiais que estiverem ao seu alcance.
Converse com a turma, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas frases que foram ditas e leia-as em voz alta. Peça às crianças que olhem os escritos que existem por aí, nas lojas, nos ônibus, nas ruas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro e leia-as para a turma.
Deixe as crianças cortarem letras, palavras e frases dos jornais velhos e não esqueça de mandá-las limpar o chão depois, para não criar problema na escola.
Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinha, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhações. Mostre alguns tipos de coisas escritas que elas talvez não conheçam: um catálogo telefônico, um dicionário, um telegrama, uma carta, um bilhete, um livro de receitas de cozinha.
Desafie as crianças a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando elas estiverem escrevendo, deixe-as perguntar ou pedir ajuda ao colega. Não se apavore se uma criança estiver comendo letra: até hoje não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a diretora se ela estiver alarmada.
Invente sua própria cartilha. Use sua capacidade de observação para verificar o que funciona, qual o modo de ensinar que dá certo na sua turma. Leia e estude você também.
Obs.: Os textos “Receita de Alfabetização” e “Alfabetização sem receita” têm circulado em cursos para professores, às vezes, sem indicação da autoria. Foram publicados: no Boletim Informativo n.1, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, jul/1989; pelo Boletim Carpe Diem, Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação, Prefeitura de Belo Horizonte, ano IV, n.4, jan-fev/1994.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

APRENDENDO A VER


Aprender a ler é algo que faz parte do nosso viver. Mas aprender a ler tem a ver como o modo como vamos aprendendo a ver as coisas ao nosso redor. Um exemplo disso são as placas, os letreiros, as estampas, os desenhos que vemos em todos os lugares por onde andamos. Para nós que já lemos (decodificando os sons e os significados de acada letra e também de seu conjunto - as palavras), isso se dá de forma automatizada. Contudo, para as crianças, é possível afirmar que há um aprendizado desse "modo de ver". O primeiro aspecto a ser aprendido nesse processo é o da distinção entre uma letra e um outro símbolo qualquer (ex: um número ou um desenho). Para uma criança que ainda não lê, no sentido estrito do termo, seria possível, por exemplo, "ler" que "é proibido fumar no ônibus" ao observar o símbolo de "proibido fumar" no protetor da poltrona. Também seria possível, para uma criança que viaja com frequência pela mesma companhia de ônibus, dizer que aquele era o ônibus da "Progresso", apenas olhando a "logomarca" da empresa. O segundo aprendizado refere-se às distinções entre uma letra e outra (caracterizando suas diferentes formas e sons). Tal distinção seria possível, por exemplo, se a mãe de uma criança, pro exemplo, se chamasse "Paula" e ela concluísse que "o nome de sua mãe começa com a mesma letra da Progresso". Por fim, torna-se necessário perceber que um conjunto de letras formam uma ou mais palavras, as quais podem se tornar compreensíveis e articular um significado de comum compreensão e comunicação entre os seres humanos de um dado grupo cultural. Seria possível, ainda, que alguma criança percebesse no nome "Progresso" uma única palavra, pro estar com a letra diferente (toda em letra palito). Assim, é importante valorizarmos cada momento desses em que as crianças estão envolvidas com tais aprendizagens, para potencializá-las e fazê-las querer aprender cada vez mais. Dominar essas aprendizagens significa liberar-se no mundo da leitura, significa poder ver o que quiser. Isso ficou explícito para mim quando, ao viajar atrás de um menino de em média 6 anos de idade, percebi que ele fazia perguntas sucessivas à avó: "Vovó, você sabe por que o ovo da galinha se racha ao meio?"; "Vovó, por que algumas pessoas são claras e outras são escuras?"; "Vovó por que o refrigerante tem borbolhas?"; "Vovó porque tem dia e noite?". A avó não respondia ao menino e este continuava a fazer perguntas. Talvez seja esse o movimento... Quanto mais se vê, mais se aprende a ver!! Muito além da conformação que a decodificação traz, aprendendo a ver é possível ver com os próprios olhos!! Aquilo que as palavras trazem passa a servir de impulso e não de limite para os seus sonhos, pensamentos e viagens...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO


 

O lúdico é o meio facilitador da alfabetização, pois a criança que tem uma infância segura desenvolve bem os conhecimentos necessários à alfabetização. A alfabetização, com base nas atividades lúdicas, é muito prazerosa, tanto para o professor como para a criança. As atividades lúdicas tornam-se significativas à medida que a criança se desenvolve. Com livre manipulação de materiais, ela passa a reconstruir e reinventar as coisas, o que  exige uma adaptação da criança. Essa adaptação é possível a partir do momento em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita, que é o abstrato. Assim, ela aproveita as atividades lúdicas na aquisição da linguagem escrita e do conhecimento como um todo. Se a escola estiver comprometida com o desenvolvimento da criança e compreender as suas necessidades de correr, brincar, jogar e expandir-se ao invés de torná-la prisioneira por várias horas, com certeza ela terá uma criança alegre e feliz. A escola deve aproveitar todas as manifestações de alegria da criança e canalizá-la emocionalmente através das atividades lúdicas educativas. Essas atividades lúdicas, quando bem direcionadas, trazem benefícios à aprendizagem. Ao utilizar os jogos no processo de alfabetização é possível alcançar inúmeras ações que possibilitam uma aprendizagem eficaz (QUEIROZ, 2003). O jogo pode ser extremamente interessante como instrumento pedagógico, pois incentiva a interação e desperta o interesse pelo tema estudado, além de fomentar o prazer e a curiosidade. Os jogos auxiliam na educação integral do indivíduo, pois pode dar conta de uma manifestação sócio-histórica do movimento humano, oportunizando às crianças investigar, problematizar as práticas, provenientes das mais diversas manifestações culturais presentes no seu cotidiano, tematizando-as para melhor compreensão. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista como apenas diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora com uma boa saúde mental, facilita os processo de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. A formação lúdica de professores é, hoje, uma preocupação constante para aqueles que acreditam na necessidade de transformar o quadro educacional presente, pois da forma como se apresenta fica evidente que não condiz com as reais necessidades dos que procuram a escola com o intuito de absorver o conhecimento, para que tenham condições de reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na sociedade. Com os desafios lúdicos, as professoras ajudam a estimular o pensamento, desenvolver a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim, elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos, de uma forma alegre, dinâmica e criativa. Essa forma de aprender ajuda na preparação para a vida adulta, pois desenvolve as funções intelectuais e desenvolve suas potencialidades. Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). Enquanto a criança brinca, amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e estimula o raciocínio e a concentração, fatores fundamentais para o aprendizado. Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se. É difícil esgotar a riqueza de contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou adultos. O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e leva a criança a avançar em suas hipóteses. Dessa forma, ela desenvolve no processo de ensino-aprendizagem, se alfabetiza e de forma divertida e dinâmica . As atividades lúdicas são fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso. O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a terem avanços na leitura e escrita”. Nas situações de jogar, brincar, os alunos partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a escrever. No dia-a-dia do professor em sala de aula, é preciso buscar novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz. No caderno do Pró-letramento, (p. 6) fala que “o ensino estimulante junta o prazer e o divertimento à aprendizagem”. Diante disso, é necessário criar situações de ensino-aprendizagem possibilitando um trabalho com dimensões lúdicas dentro e fora da sala de aula. Quando a criança é motivada pelo prazer, ela se envolve mais facilmente nas atividades e, consequentemente, fica à disposição para aprender. O caderno do Pró-letramento (p. 6) aponta ainda que “que os jogos e as brincadeiras promovem tanto a apropriação do sistema de escrita alfabética quanto das práticas de leitura, escrita e oralidades significativas”. Daí a necessidade de aplicar estratégias de forma lúdica, seja através das brincadeiras, do ritmo de uma música, das poesias, das rimas ou do envolvimento da turma nas elaborações de atividades. Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, estudioso, são sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom alfabetizador. Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje atividades lúdicas, é preciso que ele acredite que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade. A ludicidade se apresenta como requisito fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança, quanto à socialização e a aprendizagem. Assim, a alfabetização torna-se divertida quando a criança brinca e vai construindo seu aprendizado. Porém, é de suma importância que haja, da parte do professor, um planejamento diversificado almejando, principalmente, o amplo desenvolvimento da criança levando-a ao aperfeiçoamento e avanço na sua aprendizagem. Cabe ao professor, em seu papel de mediador, proporcionar atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em sua totalidade. O lúdico, junto com o imaginário, oferecem caminhos amplos para o desenvolvimento das crianças tornando-as mais críticas, autônomas, criativas, felizes e, com isso, realiza um aprendizado com significação. Dessa forma, possibilita-se uma observação mais ampla do mundo, promovendo o desenvolvimento em todas as dimensões humanas e levando ao sucesso na alfabetização e o letramento. Toda educação, verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania, precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais. O lúdico vem ligar de forma divertida a criança a aprendizagem significativa.

Disponível em: http://www.ijui.com/artigos/48244-a-importancia-das-atividades-ludicas-no-processo-de-alfabetizacao-e-letramento-dos-educandos-do-1-ano-do-ensino-fundamental-por-loriane-sulzbach.html; http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/utilizacao-ludico-como-ferramenta-pedagogica-para-alfabetizacao-letramento.htm. Acesso em: 08/09/2014. Imagem disponível em: http://terroristasdepalmoemeio.blogspot.com.br/2008/08/alfabetizao.html. Acesso em: 08/09/2014.

domingo, 7 de setembro de 2014

BAÚ DA ALFABETIZAÇÃO



Na Antiguidade, o processo de alfabetização envolvia a representação gráfica do mundo através dos desenhos, da palavra e da escrita. Na escrita primitiva, o sistema de contagem era feito com marcas de cajados e/ou ossos, com o objetivo de representar os símbolos. A invenção das regras de alfabetização permitiu ao leitor: decifrar o que está escrito e saber como funciona o sistema de escrita, de modo a utilizá-lo corretamente. Na Antiguidade, o aprendizado da leitura era feito a partir da cópia, memorizando (decorando) o que foi "lido". Aprender a ler era para lidar com o comércio e até mesmo ler obras religiosas e obter informações culturais da época. Ler era decifrar a escrita a partir da linguagem oral. O princípio Acrofônico propunha a representação do som inicial da letra. A = alfa/ B = beta. Utilizado para simplificar o número de letras, trazia de forma óbvia, como se devia proceder para ler e escrever. A alfabetização consistia em decorar a lista dos nomes das letras (alfa, beta...). Os Gregos resolveram escrever não apenas as consoantes, mas também as vogais, mantendo assim o princípio Acrofônico. Inventaram o primeiro método de ensino de leitura, o método da soletração. A escrita silábica seria o uso somente das sílabas. A escrita alfabética seria o uso das consoantes + vogais. A ortografia fixa a forma da escrita das palavras, evitando que dialetos diferentes escrevam as mesmas palavras de maneiras diferentes. As letras eram identificadas, assim, pelo seu próprio som inicial. A = alfa/ B =  beta. Na Idade Média, as atividades escolares consistiam em: ler, escrever, esporte, arte, preparação para a guerra, escola religiosa, etc. Ensinava-se: o valor fonético das letras do alfabeto; a forma ortográfica das palavras; a interpretação gráfica das letras e suas variações: maiúsculas e minúsculas; aprendizagem de leitura - árdua e demorada, através do método de soletração ,que empregava o nome e não o som das letras. O aparecimento da Cartilha foi durante o Renascimento (século XV e XVI) com o uso da imprensa na Europa. As primeiras obras sobre alfabetização surgiram no século XV e XVIII. No Brasil, as Escolas Normais surgiram no final do Império. O ensino na escola pública surgiu na primeira metade deste século. Se analisarmos a alfabetização hoje, veremos que nossa prática escolar ainda se apóia na cartilha tradicional. O alfabeto costuma focar a relação entre letras e sons, os diferentes sistemas de escrita e a ortografia. Em relação ao método, sabe-se que o melhor método de trabalho é a experiência do professor em sala de aula: organizar suas atividades, o que vai lecionar, quando e como. O processo de alfabetização não deverá ter tempo pré-estabelecido, pois cabe ao aluno o tempo necessário para se alfabetizar. Do professor, deve-se cobrar competência e responsabilidade e não métodos ou adesão ao modismo acadêmico. A alfabetização se dá quando o aluno descobre como o processo da escrita funciona, isto é, quando aprende a ler (segredo da alfabetização), a decifrar a escrita. A escrita não é só uma tarefa escolar ou individual, mas precisa estar engajada nos usos sociais que envolvem uma cultura.

Disponível em: https://www.google.com.br/#q=hist%C3%B3ria+da+alfabetiza%C3%A7%C3%A3o+power+point. Acesso em: 07/09/2014.

















sábado, 6 de setembro de 2014

CAIXA DE PALAVRAS


 


Uma prática que eu comumente realizava junto aos/às meus/minhas alunos/as na alfabetização era a da "Caixa de Palavras". Eu a levava para a sala de aula e ali escrevia em cartolinas coloridas as palavras que havíamos trabalhado durante a semana (em textos literários, músicas, poesias, etc). Escrevia também as sílabas que havíamos aprendido e então ia passando a "Caixa" de carteira em carteira de modo que cada aluno/a retirasse uma sílaba ou uma palavra e tentasse ler. Se fosse sílaba, eu pedia que falassem uma palavra que começasse com aquela sílaba e guardassem-na para depois juntar com outra sílaba e formasse uma palavra. Assim fazíamos uma vez por semana e era muito prazeroso!!

PROFESSORA GABRIELA

Imagem disponível em: http://naninhalili.blogspot.com.br/2012/07/livroa-grande-fabrica-de-palavras.html. Acesso em: 06/09/2014.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A ALFABETIZAÇÃO E AS CORES




O lápis de cor é um recurso comumente utilizado nas escolas. Contudo, se observarmos bem, talvez não seja ele o mais escolhido nas tarefas de alfabetização, em que a prioridade é dada para o lápis de escrever (aquele de cor preta e ponta acinzentada). Isso me faz supor que há um lugar reservado para o lápis de cor na escolarização que não é o da alfabetização. Entretanto, se me aproximo mais das práticas realizadas em salas de aula e dos ensinamentos ali divulgados, logo percebo inúmeras possibilidades de enxergar a alfabetização com "outras cores". Vejo cor nas histórias contadas para as crianças (desde os Contos de Fadas até os Contos Africanos). Vejo cor nas músicas que nos tocam o sentimento, o coração. Vejo cor nas aprendizagens novas realizadas pelos/as alunos/as a cada dia (suas pequenas e grandes conquistas). Vejo cor nos olhares dos alunos e alunas sedentos de conhecimento e de carinho. Vejo cor nas criações, inovações que faço como professora em cada planejamento, em cada aula. Vejo cor nos sorrisos de cada criança por um instante de felicidade. Vejo cor na escola quando nela existe a possibilidade de se misturar tudo isso, todas essas cores, transformando em algo que produza mais cores, mais vida!! E os lápis são o começo disso, pois são instrumento em nossas mãos para criar e construir o que quisermos e desejarmos!! Que venham novas e infinitas misturas!!!

PROFESSORA GABRIELA